Foi o que eu quis dizer. Você disse que depende do contexto ai postei esse do hermes e renato.café c/ leite escreveu:Rap da Crueldade e massa pô.
CLOSE TOPICKaramazov escreveu:Mas é possível satirizar situações, não pessoas, nem esteriótipos. Mais que situações, caso seja necessário um alvo, para eu achar graça, esse alvo tem q ter poder. Pode ser político, empresário, qualquer "otoridade". Humor q ridiculariza pé de chinelo, ou usa a bengala de esteriótipos (humor mais fácil impossível) para fazer graça, não me agrada. Para mim é complicado rir do sofrimento -concreto- alheio. Acho complicado essa história de comparar, ah, os mamonas, ah, os trapalhões. Como disseram, é menos resultado do politicamente correto e mais de uma sociedade q mudou e evoluiu. Para mim é qse como falar "bom mesmo era o tempo q podíamos colocar um negro numa jaula num circo como aberração para as pessoas tirarem sarro"
Tenho convicção de q se os mamonas chegassem hj, não fariam as músicas com aquele conteúdo, o debate é outro. As músicas dos mamonas foram, para sua época, uma quebra de tabu imensa. Falavam q ser gay era massa, q os machões (robocop) podiam soltar a franga, falavam de suruba...Hj esses tabus são bem menos fortes. Mas isso é achismo mesmo, não dá apra saber a postura dos caras.
Também repetindo oq colocaram, vejo trapalhões e não dou uma risada, olho o Viva o Gordo e passo rindo. Eu ainda tenho as referências q ele trabalhava, mas mesmo para quem é novo, desde q tenha um razoável conhecimento histórico, dá para pegar legal. E ele basicamente fazia humor em cima de situações políticas, economicas da época da ditadura. Mesmo qdo trabalhava esteriótipos, tipo capitão gay, ele sabia não ser ofensivo, e, como no caso dos mamonas, para época estava quebrando um puta tabu.
Mudando de exemplo, é qse como ficar chateado q músicas como amélia (e outras muito piores) não são feitas hj em dia. Quer escutar uma música q diga q mulher boa é mulher submissa, q estimule a violência contra a mulher, consulte a produção do início do século 20, não vá querer q produzam isso em pleno século 21...
O nome disso é Mito da Era de Ouro.Urubu Rei escreveu:Acho que não falta nada, pois também acho que boa parte da antipatia em relação ao humor atual é puro saudosismo. Como disserem aí, na maioria das vezes o humor é algo datado, e me parece que há pessoas que permanecem com o gosto datado também. As coisas mudam e elas não aceitam, não compreendem ou não fazem questão. Já conversei com pessoas que não conheciam quase nada dos humoristas atuais mas enchiam a boca pra falar que "humor de verdade" era Costinha, Jô, Chico Anysio e velharia ilimitada.
Há humoristas muito bons por aí, criando conteúdo de qualidade, original, criativo. Já vi muita coisa de humoristas antigos e, sinceramente, não vejo tanta diferença de competência nas piadas, nos personagens ou nas interpretações em comparação com os de hoje. Havia humoristas excelentes, outros medianos e outros terrivelmente fracos. Hoje acontece o mesmo. As diferenças se concentram na abordagem, estilo e matéria prima.
O Chaves é um exemplo. Eu ainda gosto, mas muito mais por simpática nostálgica do que por continuar achando super engraçado. Os personagens são folclóricos, aliás, creio que o programa se consagrou muito por causa do carisma dos personagens. Agora o texto, as piadas e as histórias funcionam bem, mas não têm nada de excepcional e penso na época não era diferente. É um humor simplesinho, repetitivo e eficiente que foi consagrado e perdurou por gerações. E o pessoal idolatra como se fosse algo genial, há até quem diga que trata-se da melhor série de humor já feita, hehe. Sem partir pra generalização, acho que muito disso é saudosismo. As pessoas não só gostam, elas têm verdadeiro carinho por Chaves, Trapalhões etc.
Há casos e casos. No caso do Gentili e do carinha do Zorra, não creio que houve intenção de ofender. Às vezes (não que seja o caso desses dois) o sujeito pode fazer uma piada que é racionalmente interpretada como racista, porém ele não é racista, apenas pisou na bola. Outras vezes há racismo intencional mesmo. Particularmente acho que negros, gays e demais minorias precisam ser respeitados, não intocáveis. Eu tinha um amigo negro que ficava extremamente envergonhado quando no colégio surgia o assunto racismo e os professores forçavam a barra no discurso vitimista. O problema não era o assunto em si, mas sim o exagero. Ele só faltava cavar um buraco no chão pra enfiar a cara. Acho que não gostava de ser tratado como intocável, como coitadinho indefeso que merece tratamento especial, era do tipo que gostava de igualdade em todos os sentidos.
AEGIS escreveu:Estou esperando a hora do Gentili se fuder bonito.... racista filho da puta.
Só aqui mesmo para acharem aquilo inteligente, irreverente... nego cai que nem pato.
Existem estilos diferentes. Eu aprendi a gostar do humor norte-americano - aquele que quase ninguém acha graça por aqui - e lhe digo que é possível fazer rir sem comparações estapafúrdias ou exageros de estereotipos, que como eu apontei, geram aquelas condições de ganha-perde ao invés do ganha-ganha. E isso é cultural. A nossa tradicional dicotomia não nos permite ver muito além de "nós" e "eles", "sim" e "não", "meu" e "seu"... por isso tudo acaba se tornando comparações e, por conseguinte, competições lúdicas... ao perdedor, a chacota da piada.NoWayOut escreveu:Se você conseguir fazer uma piada onde ninguém seja alvo -- Seja um comportamento ou pessoa -- Você resolve todos os problemas, mas a questão é a seguinte, piadas sempre tem um alvo, SEMPRE... O humor é isso, satirizar algo, não existe humor sem que exista isso. Eu particularmente gosto de piadas mais ácidas, sarcasmo e etc. Que é provavelmente o campo do humor mais perseguido hoje em dia!
Os próprios comentários desse tópico não te deixam mentir.ophoda escreveu:Falta liberdade. O mimimi politicamente correto praticamente censurou o humor no br.
Urubu Rei escreveu:Os próprios comentários desse tópico não te deixam mentir.
Não tem jeito, as pessoas estão sensíveis demais hoje em dia. Esses tempos atrás minha irmã me contou que o marido dela ficou chateado porque ela fez uma piada com o cabelo dele (ele é negro). Foi uma piada boba que nem me lembro direito agora, mas tinha a ver com o fato do cabelo dele quase nunca parecer molhado ou coisa do tipo. Minha irmã é uma pessoa livre de qualquer tipo de preconceito e ele sabe disso, ela só fez a piada porque obviamente pensou que tinha intimidade suficiente pra isso. Mas o cara ficou magoadinho, se sentiu desrespeitado. O mais surpreendente é que além de gente boa, ele sempre foi muito brincalhão e zoeiro, sempre passou uma imagem oposta a essas pessoas frescas que se sentem ofendidas por qualquer coisa. Só posso pensar que foi influenciado por essa onda atual de vitimismo e mimimi, é a única explicação.
Essa frase resumiu bem. kkkkkUrubu Rei escreveu:Os próprios comentários desse tópico não te deixam mentir.
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Liberdade mascarada só se for, pois hoje existe sim uma pressão do politicamente correto pra que os humoristas (que é do que estamos tratando aqui) andem na linha. Se não andarem, vão ter problemas. Há uma constante patrulha que passa muito longe de ser normal e aceitável.Germer escreveu:liberdade temos mais do que nunca, aumentou a vigilância pela mesma razão que aumentou a liberdade... e eu acho que existe o mimimi em cima do mimimi... tudo é culpa do politicamente correto, virou resposta automática... alguém achou a piada do rafinha bastos sem graça? ah, deve ser porque é adepto do politicamente correto, e não porque ele é sem graça ou a piada foi ruim
da mesma forma que o cara pode ser zoeiro, brincalhão, pode se sentir zoado por algo aparentemente inofensivo, um não exclui o outro... ou pode ter sido um momento de fraqueza/imaturidade da parte dele também
quanto ao tema do tópico, concordo que tem muito saudosismo, muita nostalgia... o humor de hoje tem coisas incomparavelmente mais engraçadas do que aquilo feito no passado
Mas isso é seu gosto, o que eu vejo aqui é muita gente censurando o humor que outras pessoas gostam, eu gosto de humor auto-depreciativo, e gosto de humor ácido, já ouvi piadas sobre o holocausto que me fizeram rir (Contadas por um humorista judeu inclusive, não que isso fosse necessário para ele ter o direito de fazê-la), já fiz piadas sobre a morte da minha mãe e todos riram quando todos estavam chorando. O riso é algo provocado e não controlado, a piada não é feita para ser levada a sério, não é um panfleto, não é propaganda, é piada! Como eu disse, não existe piada sem um alvo, de Bolaños que acertava o Vivar com uma bola, até o Adam Sandler que faz piada com tudo, todos tem um alvo, seja o atrapalho do chaves, ou você mesmo como alvo. Existem piadas que tomam como alvo algo genérico, o gay, o negro, o português, a loira, o papagaio. Isso não é ninguém, é uma ideia genérica, aqui no Brasil temos uma cultura muito diferente dos EUA, onde nossos humoristas para terem direito de falar disso tinham que se vestir e fazer piadas auto-depreciativas ou com esses grupos como um personagem. Ou seja, não é diferente quando o Miguel Falabela entra no personagem Caco Antibes e fala sobre pobres, de se eu chegar hoje em um Stand up e começar a falar sobre pobres. O Chico Anisio tinha o café bola preta, onde branco não entra, os Trapalhões tinha o Didi perguntando, cadê o macaco, e o Muçum perguntava: "O que tem eu?". Hoje tem um programa na Multishow onde 2 homossexuais fazem piadas com homossexuais e com pobres, e ninguém patrulha os caras, porque parece que eles tem licença para tal por fazerem parte do grupo, o que é de uma idiotice sem tamanho. Você não achar graça da piada não é motivo para classificar alguém como racista, ou qualquer outro "ista" da vida.Bublegamers escreveu:Existem estilos diferentes. Eu aprendi a gostar do humor norte-americano - aquele que quase ninguém acha graça por aqui - e lhe digo que é possível fazer rir sem comparações estapafúrdias ou exageros de estereotipos, que como eu apontei, geram aquelas condições de ganha-perde ao invés do ganha-ganha. E isso é cultural. A nossa tradicional dicotomia não nos permite ver muito além de "nós" e "eles", "sim" e "não", "meu" e "seu"... por isso tudo acaba se tornando comparações e, por conseguinte, competições lúdicas... ao perdedor, a chacota da piada.
A gente chega lá. Tudo evolui.
Se fosse apenas a discordância estava tranquilo, como eu disse, tem todo o direito de não consumir, de não achar graça e etc. O foda é o pessoal que quer proibir, prender, criminalizar. Pior que isso é utilizar uma piada, como se fosse o pensamento do autor dela, como se fosse algo para levar a sério, e utilizar trechos de um show para sustentar a falsa ideia das características que você diz que o autor tem. Não chamar isso de censura, e aceitar a calunia como forma de liberdade, é como se você tivesse militando pelo seu direito de praticar um crime! Entende? É como se eu pegasse o personagem do Matheus Solano naquela novela, e acusasse ele de abandono de incapaz, e tentativa de homicídio utilizando as filmagens da novela. ISSO NÃO É LIBERDADE, cara, foi mal.Karamazov escreveu:Engraçado q os defensores do politicamente incorreto tratam toda discordância como "censura"... Aí já se vê quem defende mais ou menos liberdade
Nobre eu realmente tive bastante dificuldade em entender o que você quis dizer. Não entendi...Batman escreveu:Post da Aegis é um perfeito exemplo do q há de errado com o humor hj em dia.
Querem agradar a todos e andar em cascas de ovos. Todo mundo mt sensivel e seletivo
se eu faço um negro num desenho falando nigga toda hora e com calça nos joelhos n eh racismo. Não é todonegro que e assim, apenas uma minoria no gueto. Como agem é estúpido e apenas acontece q sao negros, entao chamar eles de estupidos n eh o mesmo q chamar a raça toda
a n ser q seja o chris rock fazendo a piada, dai o pessoal sensivel sabe discernir
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