Sedução escreveu:Pq já, elvis?
Basicamente, sua suplica e da jornalista lorinha ali é por um grande pai. O mundo "pós moderno" caminha no enfrentamernto pra reduzir relações de poder e dominação. Tudo bem bem q tem se exagerado em nome desses dois negócios. O homem ser lobo do homem é só uma estratégia de sobrevivencia que foi funcional ao longo de um periodo extenso, o qual cabe perfeitamente a interpretação de uma "figura fálica" do homem - e, ironicamente, se reproduz nas estrategias de ganhar notoriedade dos oprimidos que querem autoritariamente impor esse mundinho pos modernoso.
O que essa tendencias a repetição das coisas mesmas que a jornalista e vc pedem, é só uma modo de encarar o mundo e que tá caindo em desuso. Apenas vicilizações vistas como "selvagens" é que fazem uso. Outro ponto de vista e jeito de planejar as culturas é o tal pós modernismo que vc fala. Tdos querem viver sem uma força macabra q causa sofrimento. E é função da cultura garantir que o bem coletivo seja superior ao poder individual. Se for como vc diz, é melhor voltrarmos às leis do talião e a do mais forte...a viver na selva.
Não podemos esquecer q antes de qualquer arroto de verdade, estamos falando de modos de conduzir nossas vidas. É válida uma cultura beligerante, dominantes, autoritaria, ou uma outra com mais liberdades e garantias de direitos individuais?
Amigo forista, você tocou em um excelente ponto. Na verdade, pontos.
A entrevistada e eu não suplicamos por um grande pai. O "grande pai" sempre irá existir, quer queira... Quer não. A questão é a posição desse pai, pois sua ausência não quer dizer sua inexistência. Agora, há o entendimento que o "grande pai" é um símbolo metafórico, que irá representar o que é puramente abstrato. Pode chamar de "grande padrasto", "grande amante", "grande mãe", "grande avó", "grande sílvio santos"... Do que quiser, desde que represente poder, domínio e virilidade.
O "homem é o lobo do homem" é uma citação baseada em Thomas Hobbes, que talvez você saiba. Veja bem, não estou querendo ser pedante, apenas explicativo para que seja interpretado o máximo dentro do contexto o que digo. O que ele quis dizer é que ser natural é egoísta e preza a autopreservação. Pausa aqui:
- Leia-se NATURAL, pois não somos seres em essência natural, vivências, noções, desejos, dor e alegrias (entre outras situações) influência a nossa vida diretamente e moldam (juntamente com estruturas natas nossas) o que somos, num processo incessante - por mais irascível que seja o sujeito "normal", ou neurótico.
Voltando do ponta da pausa, por mais que a filosofia liberal pregue o contrário e que Rousseau tenha sacramentado de maneira muito mais cômoda que é a sociedade (que corrompe) o maior perigo para o homem, acho muito difícil ("acho", apenas para não soar arrogante) que o homem se exclua quanto ser egoísta e que busca a autopreservação quando acuado. Aqui se faz outra pausa:
- Leia-se EGOÍSTA, mas não no sentido puro (ou somente) daquele que age em deterioramento do outro em prol de si mesmo, mas daquele que se alimenta da perspectiva do outro - seja admiração, poder, inveja, elogios... Medo. Isso é importante salientar porque embasa o seu ponto levantado: aqui (1), "Apenas vicilizações vistas como "selvagens" é que fazem uso" (relações de poder e domínio); aqui (2) "Tdos querem viver sem uma força macabra q causa sofrimento"; aqui (3) "é função da cultura garantir que o bem coletivo seja superior ao poder individual"; e aqui (4) "Se for como vc diz, é melhor voltrarmos às leis do talião e a do mais forte...a viver na selva".
.1 - Não, amigo forista... Não são apenas civilizações selvagens que fazem uso. O poder é simbólico porque não é um domínio de força (física), mas um domínio de percepção. Não há um ser humano, que tenha suas faculdades mentais sãs, que não tenha prazer/sofrimento relacionados com o seu Ego, o modo como você é visto - ou melhor, que você idealiza ser visto. No momento, o europeu é visto sim como um povo fraco, e aí que se dará o sofrimento, pois a outra cultura vai se aproveitar disso. Sabe por quê?
- É o Ego que vai intermediar o que desejo e o que "grande pai" impõe como sistema de vivência (lei, ordem...) - em psicanálise "rupestre", para não ficar ainda mais longo o texto. Se ego (a imagem) do povo imigrante é ameaçado pelo o outro sistema (o europeu), ele tem duas opções: ele ignora a sua história, na qual baseou a sua construção da personalidade e, principalmente, os seus DESEJOS
ou fica consciente que está sendo beneficiado por um ato de bondade e tenta viver em paz com esse novo bom povo lutando contra os seus receios. Contudo, aí entra a AUTOPRESERVAÇÃO: será que eles serão sempre legais? Será que o meu deus vai me punir por conviver e comunhar com esse povo gentio? Será que não seria melhor nos impormos, pois somos mais fortes, e impedir que um dia eles nos marginalizem, dominem ou impeçam nossa cultura?
MEDO, cara forista... Instinto básico humano. Você pode defender que os bandidos merecem x benefícios, mas não quer passar sua noite com um, por mais que ele se diga recuperado. E o medo de não poder prevalecer o desejo frente a um "grande pai europeu" que não é o meu "grande pai islã", será sempre uma constante enquanto a cultura do Oriente Médio islâmico prevalecer na formação desses sujeitos. Sejam selvagens ou sejam pessoas cultas.
O sujeito só perde o seu senso de autopreservação quando o seu Ego é inflado demais, e ele se acha doutrinador da verdade dele e dança desconsiderando os desejos subjetivos do outro.
.2 - Sim, todos querem, mas poucos querem se desprender do que dão valor para que isso ocorra NA MEDIDA do possível. Digo na medida do possível porque da força macabra (?) o sujeito pode se desprender, do sofrimento NUNCA. Só temos 3 certezas na vida: nascemos, sofremos e morremos. Abdicar é sofrer, quem imigra tem que, teoricamente, se abdicar de muitas coisas. Quem recebe o imigrante, também. Agora, os dois têm que ter valores uníssonos para que a convivência pacífica exista e, assim, coexistam de uma maneira onde seja possível uma vida MAIS PRAZEROSA E MENOS SOFRIDA - menos, jamais sem sofrimento. Agora, será que as duas partes querem realmente ceder? E não falamos de partes dotadas de um sujeito, somente, mas de povos formados por sujeitos que levam sua história da mais diferente maneira, e muitos de forma inexorável. Isso é cultura, cultura não são os livros de Rousseau. As liberdades e garantias de direitos individuais, que você cita, para muitos é apenas questão de ponto de vista. Na cultura deles, o conceito de liberdade é regido por muitas outras coisas, e o livre arbítrio esbarra em outras mais.
Sem perceber, sua boa visão otimista (não estou sendo irônico no "boa") acaba sendo, de certa forma, um desrespeito aos direitos deles - ou como eles veem.
.3 - Não tem nenhuma regra ou teoria estudada que baseie isso. Se tem, provavelmente não é considerada dessa forma ou é algo bem distante do que eu me especializei - o que é possível, CLARO. Talvez tenha se baseado em Durkheim, mas baseado apenas de longe - ou se inspirado em quem de longe se baseou em Durkheim. Aliás, vale a leitura.
.4 - O mais forte tem que ser o Estado, que fomenta as leis, o sistema e as regras. Agora, não estou dizendo que precisa de uma ditadura militar, CLARO QUE NÃO. Estado forte não é estado opressor, mas é um Estado que dá segurança, educação, condições de desenvolvimento e liberdade, mas tudo isso baseado em sua cultura. Não é questão de "não queremos outros de outras culturas", mas "aqui é a nossa cultura, se adapte a ela". Obviamente, com o tempo, as culturas tendem sempre pescar o que lhe interessa da outra. Mas sempre dentro daquilo que não a agrida, que a faça perder a identidade de maneira súbita - e, principalmente, ameaçar o Estado.
Todavia, se você acredita que um êxodo em massa de um povo de cultura, ética, moral, crença e valores totalmente diferentes se adaptariam ao seu sonho baseado no liberalismo, EU RESPEITO. Contudo, EU DISCORDO.