Analise da abordagem policial ao ciclista
- Qui-Gon Jinn
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Re: Analise da abordagem policial ao ciclista
rpz se vc vai para um espaço destinado para praticar esporte e toma um baculejo desse, imagina em outra localidade, o cara so agiu dessa maneira pois tinha filmagem, e fez certo ao confrontar os policiais sabendo que o cel lhe dava essa segurança
TEAM Sagraódio
- Professor Ludovico
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Re: Analise da abordagem policial ao ciclista
Se você for parado por policiais seja em blitz ou não a regra é clara. Tenha respeito, obedeça as ordens, mostre os documentos e pode seguir
em frente sossegado. Querer bater boca e contestar ordens simples tem mais é que se foder seja preto ou branco.
Eu conheço um cara que bateu boca em uma blitz normal em Jaraguá do Sul e ainda mandou o policial tomar no cu.
Ele teve que se mudar para Joinville de tanto ser perseguido lá. Não podia sair de carro que tomava multa, chegaram até a plantar drogas
no carro dele e indicia-lo, segundo ele por pura perseguição e corporativismo dos milicos.
Quase quebraram o camarada e fizeram isto por um bom tempo.
Obs. Não sei que fim levou, pois não esta mais em Joinville.
Não duvido que o sujeito da Bike se ficar agitando na Net não vá sofrer as consequências.
em frente sossegado. Querer bater boca e contestar ordens simples tem mais é que se foder seja preto ou branco.
Eu conheço um cara que bateu boca em uma blitz normal em Jaraguá do Sul e ainda mandou o policial tomar no cu.
Ele teve que se mudar para Joinville de tanto ser perseguido lá. Não podia sair de carro que tomava multa, chegaram até a plantar drogas
no carro dele e indicia-lo, segundo ele por pura perseguição e corporativismo dos milicos.
Quase quebraram o camarada e fizeram isto por um bom tempo.
Obs. Não sei que fim levou, pois não esta mais em Joinville.
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Executarei neles grande vingança e os castigarei na minha ira. Então, quando eu me vingar deles, saberão que eu sou o Senhor".
- Raul Nutti
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Re: Analise da abordagem policial ao ciclista
Então bater boca com a PM numa blitz é motivo pra apanhar, ter drogas plantadas no carro e ser perseguido?Professor Ludovico escreveu: ↑01 Jun 2021 21:01Se você for parado por policiais seja em blitz ou não a regra é clara. Tenha respeito, obedeça as ordens, mostre os documentos e pode seguir
em frente sossegado. Querer bater boca e contestar ordens simples tem mais é que se foder seja preto ou branco.
Eu conheço um cara que bateu boca em uma blitz normal em Jaraguá do Sul e ainda mandou o policial tomar no cu.
Ele teve que se mudar para Joinville de tanto ser perseguido lá. Não podia sair de carro que tomava multa, chegaram até a plantar drogas
no carro dele e indicia-lo, segundo ele por pura perseguição e corporativismo dos milicos.
Quase quebraram o camarada e fizeram isto por um bom tempo.
Obs. Não sei que fim levou, pois não esta mais em Joinville.
Não duvido que o sujeito da Bike se ficar agitando na Net não vá sofrer as consequências.
Tendi
"In wars, boy, fools kill other fools for foolish causes"


- leo-laranjeiras
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Re: Analise da abordagem policial ao ciclista
Queria entender de onde vem a tara do brasileiro por militares... O PM mandou vc ficar pelado no meio na rua? Sim senhor. Obedeça e depois reclame. Vsf né!
Sucesso é sucesso!!!
- Professor Ludovico
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Re: Analise da abordagem policial ao ciclista
Não. Más pode ser uma consequência. Ou tu acha que isto não ocorre.Raul Nutti escreveu: ↑01 Jun 2021 21:06Então bater boca com a PM numa blitz é motivo pra apanhar, ter drogas plantadas no carro e ser perseguido?
Tendi
E este fato aconteceu ai na tua cidade ou bem pertinho.
E o cara nem fumava uma marijuana.
Já se fosse contigo?



Executarei neles grande vingança e os castigarei na minha ira. Então, quando eu me vingar deles, saberão que eu sou o Senhor".
- cardonelli
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Re: Analise da abordagem policial ao ciclista
Se fosse nos EUA tinha levado um teaser e seria processado e preso
Queria saber o desfecho disse, tenho quase certeza que o parque estava fechado e ele invadiu pra brilhar
Queria saber o desfecho disse, tenho quase certeza que o parque estava fechado e ele invadiu pra brilhar
America needs Trump.
The World needs Mr. Trump.
Give peace a chance. "THE GREAT WHITE HOPE"
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Re: Analise da abordagem policial ao ciclista
Sua aparência ajuda muito tbm mestre Brutus. Vc é um homem lindoBrutus escreveu: ↑01 Jun 2021 13:12Alguns meses atrás fui levar minhas guitarras no meu luthier que fica no ABC. Como é um pouco longe, levei um baseado para me acompanhar no caminho.
Não costumo fumar no carro, mas quando faço, abro o teto solar e deixo os vidros do carro fechados.
Estava num semáforo, e quando percebi tinha um policial de moto do meu lado, olhando pra dentro do carro.... ele já havia percebido que eu estava fumando, pela fumaça saindo pelo teto, além do baseado estar na minha mão quando eu vi ele olhando....
Tinha certeza que seria enquadrado ali, mas tava tranquilo pq não tinha nada comigo, só aquele baseado. O outro policial inclusive encostou com a moto na frente do carro e ficou olhando pra mim. Eis que o semáforo abriu, e os 2 seguiram o caminho deles como se nada tivesse acontecido.
Será que teria acontecido da mesma forma se eu fosse negro e tivesse num carro mais humilde?
Re: Analise da abordagem policial ao ciclista
Bem explanado. Pra mim, isso é sinal de inteligência. Estava falando outro dia com a mulher sobre isso. Grande parte das divergências atuais acontece pq alguém está dizendo como as coisas deveriam ser, enquanto a outra pessoa está dizendo como elas são. Extrapolando um pouco, até na arte vc vê isso. As pessoas dizem, "Ah, mas as atrizes negras só fazem papel de empregada ou babá. Isso não pode pq reforça o preconceito e racismo." Mas e se a arte quiser retratar as coisas como elas são? Não estou dizendo que está certo ou errado ou que as coisas deveriam ser assim. Podem existir filmes que subvertem a ordem vigente e mostram negros ou mulheres em posições dominantes também. Talvez esse tipo de arte queira gerar reflexão. Agora, querer impor um tipo de arte ou perspectiva única é que é dose. Cabe a cada um explicitar de que ponto de vista está falando.Sharivan escreveu: ↑01 Jun 2021 15:10As pessoas deveriam saber separar o mundo idealizado em suas opiniões do mundo real, o que tornaria as coisas muito mais simples: se eu sei que há uma grande probabilidade de ser assaltado ao passar numa determinada rua num determinado horário, vou evitar passar por lá; se a moça detesta ser "cantada", ela deve evitar passar quase pelada na frente de uma obra; se o cara sabe que existe truculência policial e percebe que a abordagem está mais exataldada do que o esperado, ele evita inflamar mais as coisas. E por aí vai! Claro que as coisas não deveriam ser assim, mas, infelizmente, são! Cabe a quem tem um mínimo de noção saber lidar com essa realidade. Isso não quer dizer que não existam limites e que a pessoa não possa, por exemplo, no momento oportuno, representar contra um agente público que agiu de maneira inadequada. O que não adianta é achar que você sozinho e numa ocasião isolada vá mudar todo o sistema de uma só vez.
- Hans de Sulivan
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Re: Analise da abordagem policial ao ciclista
Exatamente. Carrao com teto solar. Cara de playboy. Infelizmente a polícia está preparada para não enquadrar o playboy, mesmo em situações claras que pediriam isso eles ainda exitam. O contrário tb é verdade. O cara negão, mesmo em situações em que não há justificativa p ser enquadrado as vezes toma enquadrada e feia.Brutus escreveu: ↑01 Jun 2021 13:12Alguns meses atrás fui levar minhas guitarras no meu luthier que fica no ABC. Como é um pouco longe, levei um baseado para me acompanhar no caminho.
Não costumo fumar no carro, mas quando faço, abro o teto solar e deixo os vidros do carro fechados.
Estava num semáforo, e quando percebi tinha um policial de moto do meu lado, olhando pra dentro do carro.... ele já havia percebido que eu estava fumando, pela fumaça saindo pelo teto, além do baseado estar na minha mão quando eu vi ele olhando....
Tinha certeza que seria enquadrado ali, mas tava tranquilo pq não tinha nada comigo, só aquele baseado. O outro policial inclusive encostou com a moto na frente do carro e ficou olhando pra mim. Eis que o semáforo abriu, e os 2 seguiram o caminho deles como se nada tivesse acontecido.
Será que teria acontecido da mesma forma se eu fosse negro e tivesse num carro mais humilde?
Os gracie qd eram adolescentes e invadiam diversos lugares p tocar o zaralho. Podiam ter até matado alguém numa dessas. Invadiam festas de família, prédios, casas. Qd não era por pura diversão era p bater em alguém. Chegava a polícia e via um Monte de adolescentes com cara de playboy na zona sul e não sabia lidar com a situação. Se fossem adolescentes da Rocinha fazendo a mesma coisa, sem intuito de roubar, já teriam morrido pelo menos uns 4.
- Hans de Sulivan
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Re: Analise da abordagem policial ao ciclista
Cara, deve ser mt escroto mesmo o cara estar praticando um esporte. Trajado como atleta, em local apropriado, com equipamento de filmagem e vir a polícia e abordar.
A abordagem depende de fundada suspeita. Blz pode ser flexibilizado. De qlquer forma não é direito do policial abordar, mas sim um dever legal quando há uma mínima suspeita.
A abordagem depende de fundada suspeita. Blz pode ser flexibilizado. De qlquer forma não é direito do policial abordar, mas sim um dever legal quando há uma mínima suspeita.
- Kabeça Grande BJJ
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Re: Analise da abordagem policial ao ciclista
Na cabeça de alguns policiais doentes? Infelizmente sim.Raul Nutti escreveu: ↑01 Jun 2021 21:06Então bater boca com a PM numa blitz é motivo pra apanhar, ter drogas plantadas no carro e ser perseguido?
Tendi
Qual a melhor solução nesse caso? Evite o stress irmão.
Eu busco sempre a menor incomodaçao pra mim, não preciso lamber bota nem ser otário, só não preciso de confusão grátis com alguém que eu sei que tem poder e parceiros pra me ferrar.
E isso vale pra tudo. Sabe aqueles caras da quebrada da minha mãe que conheço da escola e viraram bandido? Não me misturo, mas passo cumprimento e boas. Vou arrumar confusão tbm? Não.
Saber chegar e sair de qq lugar sem causar confusão é o básico pra sobreviver bro
"Faz teu corre não e depende desses ladrões aí, pra ver" - Xira4e21
Re: Analise da abordagem policial ao ciclista
Quando eu tinha dezoitos anos comprei o meu primeiro carro de um policial civil (esse policial civil é um negrão ultimo tom, e tem uns 2 metros de altura), mas como ele tinha comprado em leilão, o veículo estava sem placas, então ele sugeriu ir comigo emplacar o carro pra não ter que pagar o guincho, então fomos eu (pardo e usando boné), ele e paramos no caminho e demos uma carona para o pedreiro dele que também era pardo e estava de boné.
Sei que no caminho esbarramos com uma viatura que estava abordando um motoqueiro, notei que os policiais ficaram nos olhando, mas passamos por eles e paramos em um posto de combustível na mesma rua, desci do carro e andei até o caixa pra pagar enquanto o carro era abastecido, o pedreiro ficou dentro do carro e o policial civil bem próximo ao veículo e à uns 5 metros de mim. Enquanto passo o cartão, vejo uma viatura vindo na contramão, uma outra subindo a rua, e olho para o outro lado e vejo uns 8 policiais militares em fila, entrando no posto meio que em posição tática com fuzil e escudo.
O engraçado é que eu e o pedreiro pardo não fomos sequer abordados, todo o aparato policial foi diretamente no policial civil, que era o mais preto entre nós, e isso deixou ele em fúria, depois dele ter se identificado como policial civil e ter dito que estava armado, os militares tentaram desarmar ele, que institivamente acabou sacando a arma e por muito pouco não ocorreu um tiroteio naquele posto, ele inclusive representou os policiais militares na corregedoria e tive que dar depoimento como testemunha no BPM.
Eu sei que no nosso caso existia a "fundada suspeita", carro sem placas, três homens "negros", dois deles de boné, mas o racismo ficou tão explícito no caso, que eles nem sequer apreenderam o veículo, nós saímos daquele posto com o veículo sem placas e continuamos o nosso rumo, eles se desculparam a todo momento, mesmo estando "corretos" na situação.
Sei que no caminho esbarramos com uma viatura que estava abordando um motoqueiro, notei que os policiais ficaram nos olhando, mas passamos por eles e paramos em um posto de combustível na mesma rua, desci do carro e andei até o caixa pra pagar enquanto o carro era abastecido, o pedreiro ficou dentro do carro e o policial civil bem próximo ao veículo e à uns 5 metros de mim. Enquanto passo o cartão, vejo uma viatura vindo na contramão, uma outra subindo a rua, e olho para o outro lado e vejo uns 8 policiais militares em fila, entrando no posto meio que em posição tática com fuzil e escudo.
O engraçado é que eu e o pedreiro pardo não fomos sequer abordados, todo o aparato policial foi diretamente no policial civil, que era o mais preto entre nós, e isso deixou ele em fúria, depois dele ter se identificado como policial civil e ter dito que estava armado, os militares tentaram desarmar ele, que institivamente acabou sacando a arma e por muito pouco não ocorreu um tiroteio naquele posto, ele inclusive representou os policiais militares na corregedoria e tive que dar depoimento como testemunha no BPM.
Eu sei que no nosso caso existia a "fundada suspeita", carro sem placas, três homens "negros", dois deles de boné, mas o racismo ficou tão explícito no caso, que eles nem sequer apreenderam o veículo, nós saímos daquele posto com o veículo sem placas e continuamos o nosso rumo, eles se desculparam a todo momento, mesmo estando "corretos" na situação.
Editado pela última vez por Silvino em 02 Jun 2021 10:07, em um total de 5 vezes.
- Professor Ludovico
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Re: Analise da abordagem policial ao ciclista
Se tivesse só batido boca o prejuízo seria apenas as multas, más mandar os dois policiais tomar no cú não foi um atitude muito inteligente do manolo. Pagou caro pela burrice extrema. Tem um ditado que diz: "Quem procura acha"Kabeça Grande BJJ escreveu: ↑02 Jun 2021 08:49Na cabeça de alguns policiais doentes? Infelizmente sim.
Qual a melhor solução nesse caso? Evite o stress irmão.
Eu busco sempre a menor incomodaçao pra mim, não preciso lamber bota nem ser otário, só não preciso de confusão grátis com alguém que eu sei que tem poder e parceiros pra me ferrar.
E isso vale pra tudo. Sabe aqueles caras da quebrada da minha mãe que conheço da escola e viraram bandido? Não me misturo, mas passo cumprimento e boas. Vou arrumar confusão tbm? Não.
Saber chegar e sair de qq lugar sem causar confusão é o básico pra sobreviver bro
Executarei neles grande vingança e os castigarei na minha ira. Então, quando eu me vingar deles, saberão que eu sou o Senhor".
Re: Analise da abordagem policial ao ciclista
Eu acho a questão da “abordagem racista” extremamente problemática. Acho que policiais abordam baseado em noções pré concebidas de como um criminoso se parece, baseado em quem eles prendem todos os dias.
Se tiver de um lado um cara branca de óculos juliette, todo tatuado, em cima de uma moto e pinta de funkeiro e do outro estiver um negão de 2m de terno e uma Bíblia em cima do braço é muuuito provável que os policiais parem o cara branco, já que estatisticamente ele se enquadra em um grupo que é conhecido por cometer delitos (delito esse podendo ser só ter maconha no bolso, por exemplo).
Eu não sou negro. Nos EUA eu era considerado “brown”, então eu diria que sou um “branco” beeem queimado de sol. Me enquadro no perfil de surfista, então ando com frequência com prancha dentro do carro, sem camisa, bermuda de surf, olhos vermelhos (por causa da água salgada), etc. É impressionante o tanto que eu sou parado. No Rio de Janeiro quase TODA vez que eu vejo uma blitz eu sou parado, e o discurso é sempre o mesmo - “vou revistar seu carro a procura de drogas”. Uma vez fui parado as 4 da manhã no pé da rocinha em carro insufilmado com 4 fuzis apontados pra mim. Isso me incomoda? Não, porque de fato eu me enquadro em um grupo de pessoas mais propícias a carregar maconha (surfista nos seus 20 e poucos anos de idade que trafega de madrugada perto de comunidades). Inclusive TODOS meus amigos que surfam fumam maconha e TODOS já foram pegos (ou quase pegos) em blitz com maconha no carro.
Em suma - acho que policiais tendem a te colocar dentro de um determinado grupo imaginário assim que eles te veem e baseado nisso decidem te parar ou não. Isso não justifica a truculência policial, mas deixa evidente porque certas pessoas são paradas com mais frequência que as outras.
Se tiver de um lado um cara branca de óculos juliette, todo tatuado, em cima de uma moto e pinta de funkeiro e do outro estiver um negão de 2m de terno e uma Bíblia em cima do braço é muuuito provável que os policiais parem o cara branco, já que estatisticamente ele se enquadra em um grupo que é conhecido por cometer delitos (delito esse podendo ser só ter maconha no bolso, por exemplo).
Eu não sou negro. Nos EUA eu era considerado “brown”, então eu diria que sou um “branco” beeem queimado de sol. Me enquadro no perfil de surfista, então ando com frequência com prancha dentro do carro, sem camisa, bermuda de surf, olhos vermelhos (por causa da água salgada), etc. É impressionante o tanto que eu sou parado. No Rio de Janeiro quase TODA vez que eu vejo uma blitz eu sou parado, e o discurso é sempre o mesmo - “vou revistar seu carro a procura de drogas”. Uma vez fui parado as 4 da manhã no pé da rocinha em carro insufilmado com 4 fuzis apontados pra mim. Isso me incomoda? Não, porque de fato eu me enquadro em um grupo de pessoas mais propícias a carregar maconha (surfista nos seus 20 e poucos anos de idade que trafega de madrugada perto de comunidades). Inclusive TODOS meus amigos que surfam fumam maconha e TODOS já foram pegos (ou quase pegos) em blitz com maconha no carro.
Em suma - acho que policiais tendem a te colocar dentro de um determinado grupo imaginário assim que eles te veem e baseado nisso decidem te parar ou não. Isso não justifica a truculência policial, mas deixa evidente porque certas pessoas são paradas com mais frequência que as outras.
Re: Analise da abordagem policial ao ciclista
Eu viajo para a Europa todo ano. Parei agora por causa da pandemia. Recordo que a primeira vez que eu fui, li todos os sites e blogs sobre viagens e levei um monte de comprovantes (de emprego, renda, passagem de volta, limites de cartão, hospedagem, etc.). Na primeira vez, fizeram mais perguntas. Com o decorrer das viagens, noto que o cara da migração já nem pergunta mais nada. Ele só olha o passaporte, carimba e dá boas vindas. Ainda assim, levo sempre documentos que possam comprovar algo que eles duvidem. Daí, entro em grupos de viajantes, e uns caras querem ir para a Europa só com a passagem de ida, sem grana, e querendo trabalhar clandestinamente. Depois, são barrados pela migração e se fazem de vítimas, dizendo que sofreram preconceito. De vez em quando, algum conhecido me pede dicas, eu tento explicar, mas os FDPs sempre acham que na hora poderá usar o famoso jeitinho brasileiro. A polícia tem o poder de fazer abordagens. Quanto mais você puder colaborar, mais fácil será a sua vida.
Eu nunca passeei em camburão ou fui achacado pela polícia. Meu irmão, chegado na maconha, já tomou uns esculachos e chegou a perder um relógio em uma abordagem, pois estava com flagrante.
Eu nunca passeei em camburão ou fui achacado pela polícia. Meu irmão, chegado na maconha, já tomou uns esculachos e chegou a perder um relógio em uma abordagem, pois estava com flagrante.
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