
Marlon Moraes está naquela lista de atletas que não são do UFC, mas que os fãs de MMA contam as horas para que sua ida para lá aconteça. Campeão peso-galo do World Series Of Fighting desde o início de 2014, e invicto há 12 lutas, o atleta recebeu propostas da companhia nos últimos meses, mas preferiu renovar com o WSOF, tendo em vista a participação no evento do dia 31, em Nova Iorque, o maior da história da organização, quando defende seu cinturão contra o compatriota Naldo Silva. Apesar disso, Moraes vê um acerto futuro com o Ultimate como uma certeza. Mas ele não tem pressa.
- Acho que um dia vai ser inevitável. Independente de contrato, eu sou um lutador. Luto para mostrar minhas qualidades. Não me aposentaria sem ter o gostinho de lutar no UFC. [...] Mas tenho que continuar trilhando meu caminho, quero ser o melhor, vou continuar trabalhando para isso. Se não for 2017, vamos em 2018. Se não for 18, vamos em 19. Não vou desistir, vou trabalhar. Estou novo, não tenho muita pressa. Mas quero ser o melhor. - diz, em entrevista por telefone ao Combate.com.
O brasileiro confirma que não assinou para apenas mais uma luta com o WSOF. No entanto, não pôde revelar a quantidade de confrontos que ainda tem pela frente na organização. Marlon diz também que o que fez com que renovasse o contrato não foi apenas a proposta financeira, mas o medo de ficar "na geladeira" do UFC.
- A questão não é nem perder muito dinheiro. O principal é que a gente vê no UFC muita gente ficando muito tempo sem lutar. Eu não sei quando lutaria, essa luta de dezembro era uma luta com data. Tá muito difícil, todo mundo no UFC quer lutar, mas não tem espaço para todos, tem muito lutador. Não assinaria com outro evento sem data para lutar. Ficar na geladeira não é legal. Quero ter atividade, estou novo, esse esporte é muito difícil - conclui.
Apesar de estar fora do Ultimate e, consequentemente, não enfrentar os atletas mais competitivos do seu peso, Moraes é tido como um dos melhores da divisão. No ranking dos sites agregadores de atletas "Sherdog" e "Tapology", o brasileiro é 3º e 11º colocado no ranking, respectivamente. O próprio Marlon, por sua vez, se reconhece entre os 10 melhores galos do mundo, e afirma que outros brasileiros que não estão no UFC, como Dudu Dantas e Bibiano Fernandes, se encontram na mesma situação.
- Me vejo no top 10, mas com condição de vencer qualquer um. Vejo outros atletas fora do UFC com condição de encaixar nesse ranking. O Dudu, o Bibiano, que também são atletas que vêm vencendo há algum tempo, e acho que até meu próprio oponente, o Naldo Silva, é um top 10, só não teve oportunidade de lutar contra os melhores - afirma.
Marlon acredita ainda que seria um oponente duro para o atual campeão do UFC e número um da categoria, Dominick Cruz. Mas não quis dar a receita para uma possível vitória.
- Eu acho que é uma luta muito dura, difícil opinar, não vai acontecer agora, mas, se for acontecer algum dia, eu iria apresentar minhas armas. Confio em mim para trocar com qualquer um do mundo. Seria uma luta muito dura, mas eu me vejo preparado. A gente sabe algumas coisas (para vencer Cruz), não quero dar a receita para outro, quero ser o primeiro para fazer isso - analisa.
Fonte; http://sportv.globo.com/site/combate/no ... tavel.html