'Aquarius' sai sem prêmio do Festival de Cannes
'Aquarius' sai sem prêmio do Festival de Cannes
CANNES - Drama sobre um marceneiro em guerra contra a burocracia da previdência social, o drama “I, Daniel Blake”, de Ken Loach, foi consagrado com a Palma de Ouro do 69º Festival de Cannes, encerrado na noites deste domingo (22). É a segunda vitória do realizador britânico, que em 2006 ganhou o troféu pelo drama histórico “Ventos da liberdade”. Loach derrotou favoritos como a produção francesa "Elle", do holandês Paul Verhoeven, e o brasileiro "Aquarius", de Kleber Mendonça Filho.
Em seu discurso, Loach, de 79 anos, criticou o neoliberalismo que "deixa milhões na miséria":
— Quando há desespero, os grupos da extrema direita tomam vantagem da situação — lembrou Loach, dizendo-se desconfortável com o fato de receber a honraria em um ambiente glamouroso como o de Cannes, em contraste com as condições de vida daqueles que inspiraram seu filme. — Mas devemos afirmar que um outro mundo é possível e necessário.
A premiação da 69ª edição do Festival de Cannes teve início pela entrega do prêmio de melhor curta-metragem. O vencedor foi “Time code”, de Juanjo Gimenez. O candidato brasileiro “A moça que dançou com o diabo”, de João Paulo Miranda Maria, levou uma menção especial do júri, presidido pela cineasta japonesa Naomi Kawase.
Na sequência, foi anunciado o prêmio Camera D’Or, para diretor estreante, entregue à franco-marroquina Houda Benyamina, pelo filme “Divines”, sobre adolescentes dos subúrbios de Paris envolvidas com drogas. A diretora subiu ao palco do Grand Théàtre Lumière acompanhado das atrizes do longa e foi responsável por um dos mais longos e performáticos discursos de agradecimento da noite.
O cineasta Arnaud Desplechin entregou uma Palma de Ouro honorária, pelo conjunto da carreira, para o ator francês Jean-Pierre Léaud, ator fetiche do cineasta François Truffaut (1932-1984), protagonista de filmes como “Os incompreendidos”, “Beijos proibidos” (1968). O ator de 71 anos foi autor de outro longo discurso, no qual relembrou momentos da carreira e encontros marcantes com diversos realizadores.
O prêmio de melhor ator acabou nas mãos de Shahab Hosseini, pela performance em “Forushande”, do iraniano Asghar Farhadi. No novo filme do diretor de “A separação”, premiado em Berlim com o Urso de Ouro, ele interpreta um professor e ator de teatro amador de busca vingar a mulher, agredida em casa por um homem desconhecido.
A atriz Kirsten Dunst entregou o prêmio do júri à diretora Andrea Arnold, autora de “American honey”, road movie sobre uma gangue de adolescentes que vendem assinaturas de revistas de porta em porta pelo interior dos Estados Unidos. O filme é protagonizada pela estreante Sasha Lane.
O prêmio de melhor intepretação feminina foi para Jaclyn Jose, protagonista de “Ma’ Rosa”, do filipino Brillante Mendoza. A intérprete de uma matriarca de uma família pobre de Manilla derrotou concorrentes favoritas como a francesa Isabelle Huppert, de “Elle”, e a brasileira Sonia Braga, estrela de “Aquarius”, de Kleber Mendonça Filho.
O iraniano Asghar Farhadi voltou ao palco do Grand Théâtre Lumière para receber o prêmio de melhor roteiro por “Forushande”.
O prêmio de direção foi divido entre o romeno Cristian Mungiu, por “Bacalaureat”, e o francês Olivier Assayas, por “Personal shopper”, um dos concorrentes mais vaiados pela plateia de jornalistas.
— Quero agradecer a chance de estar em Cannes com esse filme, porque o cinema de autor ainda é um nicho, e o festival ajuda a promover projetos não comerciais – disse Mungiu, vencedor da Palma de Ouro de 2007 com “4 meses, 3 semanas e 2 dias”.
O jovem diretor canadense Xavier Dolan também surpreendeu, levando o Grande Prêmio do Júri, correspondente a um segundo lugar, pelo drama familiar “Juste la fin du monde”, um dos filmes mais vaiados do festival. Na edição de 2014 ele havia divido o Prêmio de Júri com o veterano Jean-Luc Godard pelo filme “Mommy”.
Confira os premiados:
Filme: “I, Daniel Blake”, de Ken Loach
Ator: Shahab Hosseini (do filme iraniano "Forushande")
Atriz: Jaclyn Jose (do filme finlandês "Ma' Rosa)
Diretor: Cristian Mungiu, por “Bacalaureat” (Romênia), e Olivier Assayas (Francês)
Roteiro: Asghar Farhadi (do filme iraniano "Forushande")
Prêmio do Júri: "American Honey"
Grande prêmio do Júri: “Juste la fin du mond”, de Xavier Dolan
* Carlos Helí de Almeida se hospedou a convite do festival
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/cultura/filmes/ ... z49Rif1jqa
© 1996 - 2016. Todos direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A. Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.
Em seu discurso, Loach, de 79 anos, criticou o neoliberalismo que "deixa milhões na miséria":
— Quando há desespero, os grupos da extrema direita tomam vantagem da situação — lembrou Loach, dizendo-se desconfortável com o fato de receber a honraria em um ambiente glamouroso como o de Cannes, em contraste com as condições de vida daqueles que inspiraram seu filme. — Mas devemos afirmar que um outro mundo é possível e necessário.
A premiação da 69ª edição do Festival de Cannes teve início pela entrega do prêmio de melhor curta-metragem. O vencedor foi “Time code”, de Juanjo Gimenez. O candidato brasileiro “A moça que dançou com o diabo”, de João Paulo Miranda Maria, levou uma menção especial do júri, presidido pela cineasta japonesa Naomi Kawase.
Na sequência, foi anunciado o prêmio Camera D’Or, para diretor estreante, entregue à franco-marroquina Houda Benyamina, pelo filme “Divines”, sobre adolescentes dos subúrbios de Paris envolvidas com drogas. A diretora subiu ao palco do Grand Théàtre Lumière acompanhado das atrizes do longa e foi responsável por um dos mais longos e performáticos discursos de agradecimento da noite.
O cineasta Arnaud Desplechin entregou uma Palma de Ouro honorária, pelo conjunto da carreira, para o ator francês Jean-Pierre Léaud, ator fetiche do cineasta François Truffaut (1932-1984), protagonista de filmes como “Os incompreendidos”, “Beijos proibidos” (1968). O ator de 71 anos foi autor de outro longo discurso, no qual relembrou momentos da carreira e encontros marcantes com diversos realizadores.
O prêmio de melhor ator acabou nas mãos de Shahab Hosseini, pela performance em “Forushande”, do iraniano Asghar Farhadi. No novo filme do diretor de “A separação”, premiado em Berlim com o Urso de Ouro, ele interpreta um professor e ator de teatro amador de busca vingar a mulher, agredida em casa por um homem desconhecido.
A atriz Kirsten Dunst entregou o prêmio do júri à diretora Andrea Arnold, autora de “American honey”, road movie sobre uma gangue de adolescentes que vendem assinaturas de revistas de porta em porta pelo interior dos Estados Unidos. O filme é protagonizada pela estreante Sasha Lane.
O prêmio de melhor intepretação feminina foi para Jaclyn Jose, protagonista de “Ma’ Rosa”, do filipino Brillante Mendoza. A intérprete de uma matriarca de uma família pobre de Manilla derrotou concorrentes favoritas como a francesa Isabelle Huppert, de “Elle”, e a brasileira Sonia Braga, estrela de “Aquarius”, de Kleber Mendonça Filho.
O iraniano Asghar Farhadi voltou ao palco do Grand Théâtre Lumière para receber o prêmio de melhor roteiro por “Forushande”.
O prêmio de direção foi divido entre o romeno Cristian Mungiu, por “Bacalaureat”, e o francês Olivier Assayas, por “Personal shopper”, um dos concorrentes mais vaiados pela plateia de jornalistas.
— Quero agradecer a chance de estar em Cannes com esse filme, porque o cinema de autor ainda é um nicho, e o festival ajuda a promover projetos não comerciais – disse Mungiu, vencedor da Palma de Ouro de 2007 com “4 meses, 3 semanas e 2 dias”.
O jovem diretor canadense Xavier Dolan também surpreendeu, levando o Grande Prêmio do Júri, correspondente a um segundo lugar, pelo drama familiar “Juste la fin du monde”, um dos filmes mais vaiados do festival. Na edição de 2014 ele havia divido o Prêmio de Júri com o veterano Jean-Luc Godard pelo filme “Mommy”.
Confira os premiados:
Filme: “I, Daniel Blake”, de Ken Loach
Ator: Shahab Hosseini (do filme iraniano "Forushande")
Atriz: Jaclyn Jose (do filme finlandês "Ma' Rosa)
Diretor: Cristian Mungiu, por “Bacalaureat” (Romênia), e Olivier Assayas (Francês)
Roteiro: Asghar Farhadi (do filme iraniano "Forushande")
Prêmio do Júri: "American Honey"
Grande prêmio do Júri: “Juste la fin du mond”, de Xavier Dolan
* Carlos Helí de Almeida se hospedou a convite do festival
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/cultura/filmes/ ... z49Rif1jqa
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Re: 'Aquarius' sai sem prêmio do Festival de Cannes
O filme que venceu o premio principal foi realizado pelo Ken Loach, que é um cineasta de Esquerda, e que inckusive mandou mensagens contra o Impeachment da Dilma.
-
Rodrigo A.D.E
- Mensagens: 706
- Registrado em: 13 Dez 2014 22:10
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Re: 'Aquarius' sai sem prêmio do Festival de Cannes
3 milhões de reais do bolso de vocês, foram usados para bancar o luxo desses "artistas" já milionários e nojentos que nem ganhar o prêmio conseguiram. Enquanto isso, hospitais perderam milhares de leitos. A prioridade do último governo era pura e simplesmente a propaganda e a perpetuação no poder.
Re: 'Aquarius' sai sem prêmio do Festival de Cannes
A verba que eles receberam não foi suficiente, por isso perderam. Vão pedir mais verba, agora para investir em efeitos especiais.
Re: 'Aquarius' sai sem prêmio do Festival de Cannes
Bebendo champagne e reclamando da direita.
Porque todo socialista não se juntam e pegam 50% dos seus respectivos patrimonios e começam a exterminar a pobreza pelo mundo e para de encher o saco de quem não quer pagar um monte de imposto.
Porque todo socialista não se juntam e pegam 50% dos seus respectivos patrimonios e começam a exterminar a pobreza pelo mundo e para de encher o saco de quem não quer pagar um monte de imposto.
Editado pela última vez por federer em 23 Mai 2016 10:42, em um total de 1 vez.
- JackmAtAll
- Admin

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- Registrado em: 20 Jan 2015 22:55
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Re: 'Aquarius' sai sem prêmio do Festival de Cannes
demoro ir para a seção de politica pelo teor das postagens do tópico.
Tapirus terrestris
-
DiegoGracie
- Aprendiz

- Mensagens: 5986
- Registrado em: 14 Jun 2014 15:47
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Re: 'Aquarius' sai sem prêmio do Festival de Cannes
Enquanto isso minha prima teve um filme indicado para o festival pelo 3 ano seguido, e nunca conseguiu 1 real de verba nem pra poder ir ver seu filme sendo exibido. Na primeira vez, ela conseguiu ir através de doações da nossa família.
Patético esse país.
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TEAM ARTHUR O FIEL BBB 22
- Krlos Eduardo
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- Registrado em: 07 Dez 2014 08:28
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Re: 'Aquarius' sai sem prêmio do Festival de Cannes
qual o filme da sua prima ?
Enviado de meu RAZR HD usando Tapatalk
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"Da lama ao caos, do caos à lama
Um homem roubado nunca se engana." Chico Science
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Re: 'Aquarius' sai sem prêmio do Festival de Cannes
Chupa esquerda caviar!
Re: 'Aquarius' sai sem prêmio do Festival de Cannes
Para de distorcer a palavra HIPOCRITASUrso_Verde escreveu:Mais ou menos assim...
Pega a compara o quanto recebe alguém que investiu o valor de X nos últimos 35 anos na previdência privada oficial e quem investiu o mesmo X em um banco particular.
Duvido que o banco particular que tem imposto (se paga pouco e tópico pra outro post) não paga após os 35 anos XX ...
Porra nosso governantes acabaram com os fundos de pensão onde os bancos públicos geriam...
Nego fala da previdência mas nunca trabalhou ou teve compulsoriamente descontado a previdência de seu salário...
O cenário de Cannes, e o retrato dos esquerda caviar, vivem do lucro dos capitalistas que investem nos seus filmes.
HIPOCRITAS
Eles dão cu sorrindo, não precisa dar um centavo para isso
-
NoNickName85
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- Registrado em: 24 Out 2014 23:50
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Re: 'Aquarius' sai sem prêmio do Festival de Cannes
Nunca vou ver essa porcaria de filme.
Ministério da cultura deveria ser extinto definitivamente, é somente um grande cabide de emprego.
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Nick no antigo PVT: Aniquilator
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