Galera me ajudem a resolver essa duvida com curso superior.

[Derfel]

Mas Malandrosp, tu não tinha 13 anos?

[bigode69]

Caramba, não fazia ideia que no mestrado em engenharia as listas eram inúteis. É realmente muita sacanagem o professor fazer isso. É uma pena descobrir que não é uma prática universal na engenharia a de usar as listas como a melhor ferramenta de ensino.

Com relação ao Yuan, não o conheço pessoalmente, mas já ouvi falar dele.

Na realidade, fiz doutorado no impa, assim como o Yuan. Quando já estava no final do meu doutorado, fui na comemoração da defesa de doutorado de um amigo que entrou comigo e que foi orientado pelo Alfredo Iusem (mesmo orientador do Yuan). Nesta comemoração o Iusem contou a história do doutorado do Yuan. História interessantíssima. Não vou escrever aqui para não expor a vida pessoal do cara, mas o cara superou muitas dificuldades (não acadêmicas). Em resumo, o cara planejava voltar para a China, por uma reviravolta da vida ficou no Brasil e agora é um cara super top de otimização. O resultado acabou sendo excelente para o Brasil.

Primeiramente parabéns pelo seu doutorado no IMPA. O Yuan era muito louco, pirado. Distribuía prova e saia da sala. Só voltava para recolher. Não deixava ninguém cuidando (pratica comum no mestrado, mas graduação foi o único que vi fazer isso). Contou varias histórias nas salas de aula sobre sua vida, como terminar o doutorado em 2 anos e tbm outras engraçadas . Figuraça. Uma vez me nomeou feche da turma e só me chamava de chefe, hahahaha.

Uma vez ele contou que havia comprado um jogo de taças de cristal importadas e quando foi subir a escada caiu e a caixa rolou escada abaixo... Aí, quando ele abriu a caixa para ver o estrago tinha quebrado apenas uma taça! Nisso uma colega disse:
-Nossa professor, que sorte a sua!
Ai ele:
-Azar!
ela:
O loco professor, pq azar?
-Não era para ter quebrado nenhuma! Um matemático tem sempre que buscar a solução ótima para o problema. Buscar sempre otimizar.

[Matemático]

.

[bigode69]

Opa, valeu.

A tristeza é que já faz um tempinho que eu defendi. Pior ainda é pensar que entrei no impa há 10 atrás para fazer o doutorado e eu lembro como se fosse ontem.

O tempo passa rápido demais. Eu fico assustado. Já faz 6 anos que eu defendi o doutorado. E toda a fase do impa ainda está muito recente na minha cabeça.

A única lição que eu tiro disso é que eu estou aproveitando bem esses anos. Definitivamente é importante aproveitar esses anos que o cara ainda tem saúde. Também não estou essa velharia toda que parece. Estou com 31.

Com relação à loucura dos matemáticos, eu devo ter as minhas também, mas é engraçado ver as dos outros. Por exemplo, quando fui entrar no impa fiz o curso de verão de análise funcional. O professor foi Benar. A formação do cara já é uma loucura, hehehehehe. Fez graduação em matemática, depois fez graduação em medicina, seguido por uma residência em psiquiatria. Aí, o que ele fez depois de virar psiquiatra? O doutorado em matemática, hahahahaha. É tão surreal que parece até piada.

O interessante é que o cara é muito top. Depois de defender o doutorado virou professor do impa.

Uma curiosidade é que o Benar também foi orientado pelo Alfredo Iusem.

Caramba, vc terminou cedo os estudos hein. Estou com 30 e estou pensando se faço doutorado ou não. Perdi vários anos no caminho. Não conheço um matemático que não seja meio diferente. Acho que é o padrão do curso deixar o cara meio lesado/excêntrico. Que onda essa história desse professor. Fez medicina por esporte, só para tirar uma onda. hahahaha Apesar da aura toda, julgo que medicina seja muito mais fácil que matemática, com exceção da concorrência para passar no vestibular, é claro. Vc tá trabalhando com pesquisa ou tá como professor adjunto dando aula? Esse Alfredo está em todas... Deve ser muito top. Aliás, o IMPA já é excelência do Brasil. Só o fato de estar lá não é para qualquer um.

[bicolor]

Faz humanas, e entra no MST.

[Holden]

Se curte exatas mesmo e não quer enveredar pela engenharia ou licenciatura recomendo ralar o couro e dar um jeito de fazer uma faculdade na Europa ou EUA, diferença de nível é brutal. Digo isso com todo o respeito a galera formada aqui mesmo, sei que é uma caminhada árdua e que tem muita gente boa sim mas acredito que seja indiscutível que tanto o mercado quanto a qualidade do ensino estão em outro patamar.

[RuaDeBaixo]

Jamais imaginaria um matematico com doutorado pelo IMPA que é fã de MMA haha

Esse forum é demais

Parabens pelo doutorado

[Matemático]

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[Matemático]

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[YAMAZAK1]

Não sei com relação as outras áreas, mas em matemática isso é falso. O consenso geral é que é fundamental fazer um pós doutorado fora do Brasil.

Se você quiser checar essa informação, basta você olhar quantos professores do impa tiveram a formação até o doutorado inteira no Brasil. O exemplo mais forte é o Artur Ávila que ganhou a medalha fields e fez o doutorado no impa (e toda formação anterior no Brasil).

Finalmente, eu fiz doutorado sanduiche no Courant institute of mathematical sciences, na Universidade de nova Iorque. O lugar é super top. O corpo docente é muito mais forte que o do impa. Então isso faria alguém acreditar que seria melhor fazer o doutorado lá, porém, o nível dos alunos de doutorado de lá, e eu afirmo isso com conhecimento de causa, é o mesmo nível dos alunos do impa.

De fato, um amigo meu que estava em dúvida sobre a minha afirmação perguntou ao orientador dele (Martin Hairer, que ganhou a medalha fields e já foi professor do Courant) se o que eu falei era verdade é ele concordou que era, mais do que isso, o Martin afirmou que o nível dos alunos de doutorado não é nada surpreendente. Que surpreendente é o nível dos alunos de pós-doutorado. Isso vindo do Martin Hairer quer dizer muita coisa.

Desta forma, recomendo a formação até doutorado no Brasil, é cômodo e a pessoa terá uma formação de excelente nível se ela se dedicar, e sair para fazer o pós-doutorado no exterior depois disso.

Inclusive, eu já vi vários e vários professores que fizeram doutorado nos Estados Unidos ou Europa e têm uma formação muito fraca.

falai matematico, tava sumido eim.
tudo bem?
Pretende fazer o pos-doc onde?

[Matemático]

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[Holden]

Não sei com relação as outras áreas, mas em matemática isso é falso. O consenso geral é que é fundamental fazer um pós doutorado fora do Brasil.

Se você quiser checar essa informação, basta você olhar quantos professores do impa tiveram a formação até o doutorado inteira no Brasil. O exemplo mais forte é o Artur Ávila que ganhou a medalha fields e fez o doutorado no impa (e toda formação anterior no Brasil).

Finalmente, eu fiz doutorado sanduiche no Courant institute of mathematical sciences, na Universidade de nova Iorque. O lugar é super top. O corpo docente é muito mais forte que o do impa. Então isso faria alguém acreditar que seria melhor fazer o doutorado lá, porém, o nível dos alunos de doutorado de lá, e eu afirmo isso com conhecimento de causa, é o mesmo nível dos alunos do impa.

De fato, um amigo meu que estava em dúvida sobre a minha afirmação perguntou ao orientador dele (Martin Hairer, que ganhou a medalha fields e já foi professor do Courant) se o que eu falei era verdade é ele concordou que era, mais do que isso, o Martin afirmou que o nível dos alunos de doutorado não é nada surpreendente. Que surpreendente é o nível dos alunos de pós-doutorado. Isso vindo do Martin Hairer quer dizer muita coisa.

Desta forma, recomendo a formação até doutorado no Brasil, é cômodo e a pessoa terá uma formação de excelente nível se ela se dedicar, e sair para fazer o pós-doutorado no exterior depois disso.

Inclusive, eu já vi vários e vários professores que fizeram doutorado nos Estados Unidos ou Europa e têm uma formação muito fraca.

Interessante, realmente você tem muito mais propriedade para falar sobre o assunto, não tenho formação universitária e minha sugestão é baseada muito mais em observação do que experiência própria. Quando falava do nível de ensino me referia mesmo ao corpo docente, gosto de assistir alguns cursos online (infelizmente não muito no campo das exatas, tenho muito mais admiração do que aptidão para tal) e o nível da didática, e até o interesse em passar conhecimento de fato, dos professores estrangeiros sempre me pareceu absurdamente melhor em relação a maioria dos professores daqui, minha opinião é que é mais importante ter um professor brilhante do que um corpo discente brilhante visto que a partir daí o que determinaria a qualidade do seu aprendizado é basicamente seu interesse e esforço individual, mas novamente, falo como mero espectador, não sei exatamente o quanto o nível dos seus colegas influencia de fato na aprendizagem.

[bigode69]

Você está querendo seguir a vida acadêmica ou fora da universidade?

Estou como professor da Universidade e pesquisando. Ou seja, no mesmo esquema do Yuan, por exemplo. Estou ganhando a bolsa de produtividade, inclusive pedi a renovação. Vamos ver se sai. Todo mundo está morrendo de medo porque o governo fez um corte enorme de verbas, então estão dizendo que vão cortar muitas bolsas.

No mais, não tem como ser puramente pesquisador no Brasil, nem no impa. Pelo menos não em matemática. A profissão está atrelada ao ensino.

Tudo indica que vou ter de seguir na acadêmica mesmo. Cheguei a ser aceito numa universidade boa na Dinamarca, para trabalhar com armazenamento de energia renovável a partir da mudança de fase do gelo. Simulação numérica, que tem a ver com o meu mestrado. Porém, infelizmente a fonte de grana secou aqui e não abriu mais o programa de ciências sem fronteiras (que a universidade tinha convenio). Agora vou procurar uma bolsa fornecida pelo país que eu for, sem nenhum vínculo com o Brasil, pq a situação tá bem feia por aqui. Inclusive, quando sai do mestrado, no começo do ano passado, já tinha secado a fonte dos projetos que o nosso laboratório tinha com a Petrobrás (dinheiro até então nunca foi problema, tinha um único projeto de mestrado que a bancada experimental era avaliada em 150 mil, por exemplo). Depois da "descoberta" (divulgação na mídia) do esquema do petrolão os recursos secaram drasticamente que até 500 reais ta sendo um parto para conseguir. Antes, nos tempos de vacas gordas, de 6 em 6 meses formávamos uma comitiva e viajávamos ao RJ no CENPES (centro de pesquisa da Petro) apresentar os avanços nos projeto com todas as despesas pagas. Hoje em dia eles mandam 2 engenheiros para cá, para acompanhar os projetos (o que sai muito mais barato). Não descarto a possibilidade de começar o doutorado por aqui mesmo, aí quem sabe, se as coisas melhorarem, tentar um sanduíche.

[Matemático]

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