Não sou absolutamente contra as cotas, mas da forma como está, acho muito distorcido. Quem estudou em escola de baixa qualidade, sempre estará em desvantagem. O que devemos evitar é que estudantes entrem com notas muito baixas, sem que possuam condições de acompanhar o curso. Na verdade, eu defendo a cobrança de mensalidades na universidade pública para quem possa pagar. Isso já evitaria vários problemas.Dumog escreveu: quotei pela mudança de discurso e pra ver que existe uma luz no fim desse túnel.
Vou dar dois exemplos. Eu me formei em economia na UFF. Entravam por ano 200 alunos no curso de economia, sendo 50 em cada turno (noturno e diurno) a cada semestre. No Rio temos outras faculdades públicas de economia, como a UFRJ, UFRRJ e a UERJ, além da PUC. Com toda essa oferta de vagas, mesmo sem cota, entravam alunos com nota de corte muito baixa. O resultado era uma elevada taxa de evasão. Na UFPR, o curso de economia tbm abria muitas vagas e o efeito era o mesmo: muita reprovação e evasão. Uma coisa tbm era evidente: havia uma diferença de qualidade entre o curso noturno e o diurno. O fato de o aluno ter que trabalhar, acabava influenciando na seu desempenho. Em geral, na fase final do curso, quase todas as matérias era lecionadas à noite, mas nesse caso, as mais importantes já haviam sido ensinadas.
Perguntem a qualquer coordenador de curso em uma federal e ele lhes dirá que existe pressão para aprovar alunos. Nem todos os professores aderem, mas isso acaba impactando na verba que a universidade recebe.


