Coletivo Negro invade aula da USP... incitação de ódio

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DarkFallz
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Re: Coletivo Negro invade aula da USP... incitação de ódio

Mensagem por DarkFallz » 21 Out 2015 09:23

quem é essa Danni? foi uma das que invadiram a sala de aula?

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Templo Jiu Jitsu
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Re: Coletivo Negro invade aula da USP... incitação de ódio

Mensagem por Templo Jiu Jitsu » 21 Out 2015 09:24

bigode69 escreveu: Sabe se teve resposta dela depois disso.
Vou procurar no facebook depois, o amigo que postou a imagem podia passar o link aqui se ele tiveer

LEV
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Re: Coletivo Negro invade aula da USP... incitação de ódio

Mensagem por LEV » 21 Out 2015 09:27

Não vi a conversa original, apenas o print que o próprio Paulo postou.

Segue o link: https://www.facebook.com/photo.php?fbid ... =3&theater" onclick="window.open(this.href);return false;

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AVB
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Re: Coletivo Negro invade aula da USP... incitação de ódio

Mensagem por AVB » 21 Out 2015 09:28

Derfel escreveu:Você vê como, se você quiser, pode ser absurdamente tendencioso. Se você pesquisar pesquisar o desempenho dos cotistas no google o segundo resultado, se não me engano, é essa publicação da folha de 2013 que o Anônimo postou. Na mesma busca tem publicações mais recentes que mostram o contrário, inclusive da previsão do especialista que diz que o hiato entre os cotistas e não cotistas aumentaria até 2016 com a ampliação das vagas para cotistas. Obrigado, Platão.

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Entendam, não defendo a política de cotas da maneira que ela é feita hoje e não favoreço essa estratégia em detrimento a melhoria do ensino fundamental e médio. De jeito nenhum.

Meu problema é esse argumento errado que costumam usar desqualificando as universidades públicas e os profissionais por elas formados pra justificar a posição contrária a política de cotas.

Já escutei muito esse argumento junto com o mimimi "ah, cotista fdp, tirou minha vaga", " Vou estudar na FACHA porque faculdade pública tá uma merda por causa das cotas e das greves".
Só uma observação: o primeiro link é com relação á faculdade UFMG, especificamente, e o segundo é de uma reportagem de 2008 (do JB Online).

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Derfel
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Re: Coletivo Negro invade aula da USP... incitação de ódio

Mensagem por Derfel » 21 Out 2015 09:28

DarkFallz escreveu:
Então pra que cotas? Porque não correm atrás da mesma forma pra passar na universidade? Ou a desculpa de falta de base do ensino médio só vale quando convém? que é pra ingressar na faculdade?
Já falei aqui diversas vezes que não sou a favor das cotas. Leia meus comentários anteriores que você vai ver a resposta pra sua primeira pergunta.

O que é apresentado na faculdade não é nem perto do que se vê no ensino médio. Um aluno cotista na faculdade não teria que correr atrás de anos de ensino de ensino merda pra cursar uma um curso superior. Ou um aluno de exatas precisa correr atrás de anos e anos de biologia e química merda pra se formar na faculdade?

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Holden
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Re: Coletivo Negro invade aula da USP... incitação de ódio

Mensagem por Holden » 21 Out 2015 09:38

DarkFallz escreveu:
Então pra que cotas? Porque não correm atrás da mesma forma pra passar na universidade? Ou a desculpa de falta de base do ensino médio só vale quando convém? que é pra ingressar na faculdade?
Para criar-se uma base suficiente para ser aprovado no processo seletivo universitário brasileiro (que é ridículo, diga-se de passagem) é necessário um esforço hercúleo nos níveis fundamental e médio, em se tratando de colégio público pode dobrar essa dificuldade, exigir o nível de maturidade, obstinação e até mesmo interesse de um ADULTO universitário, que já tem bem definidos seus objetivos profissionais, perspectivas e interesses acadêmicos, de uma criança ou pré-adolescente não faz sentido, ainda mais se colocarmos na equação o contexto social em que elas estão inseridas.
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Re: Coletivo Negro invade aula da USP... incitação de ódio

Mensagem por DarkFallz » 21 Out 2015 09:41

Derfel escreveu:
Já falei aqui diversas vezes que não sou a favor das cotas. Leia meus comentários anteriores que você vai ver a resposta pra sua primeira pergunta.

O que é apresentado na faculdade não é nem perto do que se vê no ensino médio. Um aluno cotista na faculdade não teria que correr atrás de anos de ensino de ensino merda pra cursar uma um curso superior. Ou um aluno de exatas precisa correr atrás de anos e anos de biologia e química merda pra se formar na faculdade?
Holden escreveu: Para criar-se uma base suficiente para ser aprovado no processo seletivo universitário brasileiro (que é ridículo, diga-se de passagem) é necessário um esforço hercúleo nos níveis fundamental e médio, em se tratando de colégio público pode dobrar essa dificuldade, exigir o nível de maturidade, obstinação e até mesmo interesse de um ADULTO universitário, que já tem bem definidos seus objetivos profissionais, perspectivas e interesses acadêmicos, de uma criança ou pré-adolescente não faz sentido, ainda mais se colocarmos na equação o contexto social em que elas estão inseridas.
Até concordo com vocês. Mas ainda nada justifica cota para negros. Que é o que a grande maioria nesse tópico está questionando.

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Re: Coletivo Negro invade aula da USP... incitação de ódio

Mensagem por Anônimo » 21 Out 2015 09:43

Lecionei por 2 anos na UEZO (Universidade Estadual da Zona Oeste) em Campo Grande, um bairro que fica a 60 kms do Centro do Rio. Por ser uma universidade menos concorrida, recebíamos alunos com notas mais baixas, que não passaram nas outras públicas como a UFRJ, UERJ, UniRio e UFF. Também recebíamos muitos cotistas, que não passaram na cota destas mesmas universidades que citei, e iam para lá. Eu recordo que as dificuldades deles em matemática eram absurdas. Vi 2 alunas estudando para a prova final no pátio e uma delas disse: Caramba, só ontem eu entendi que 1/x é a mesma coisa que x-¹.

Não existem milagres quando se fala em educação. Se o aluno não tem uma boa base, dificilmente aprenderá coisas mais avançadas na área de exatas. A minha filha, que está matriculada em um colégio considerado de elite no Rio, estuda matemática de uma maneira que eu nunca vi na minha vida. Além de cada passo ser estudado, quase todos os dias ela faz uma bateria de exercícios, seja em sala ou em casa. Teve coisas que eu nunca estudei na minha vida e a veja estudando.

Educação de qualidade é caro e, infelizmente, dada a nossa visão de apenas ter um diploma, não é algo para todos.

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Re: Coletivo Negro invade aula da USP... incitação de ódio

Mensagem por brunodsr » 21 Out 2015 10:00

Era esse o ponto que eu queria abordar, anônimo. Não é botando essa galera na faculdade que vc resolve o problema. Além do processo seletivo ridículo, alguém tem que investir na educação de base urgente. Pra ontem.

Talvez, nos cursos de humanas não tenha tanta disparidade. Mas nos cursos de exatas, principalmente nas engenharias, muita gente vai ficar pelo caminho.
"Ser famoso na Internet vale tanto quanto ser rico no Banco Imobiliário." by NoFun
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Re: Coletivo Negro invade aula da USP... incitação de ódio

Mensagem por Templo Jiu Jitsu » 21 Out 2015 10:02

Anônimo escreveu:Lecionei por 2 anos na UEZO (Universidade Estadual da Zona Oeste) em Campo Grande, um bairro que fica a 60 kms do Centro do Rio. Por ser uma universidade menos concorrida, recebíamos alunos com notas mais baixas, que não passaram nas outras públicas como a UFRJ, UERJ, UniRio e UFF. Também recebíamos muitos cotistas, que não passaram na cota destas mesmas universidades que citei, e iam para lá. Eu recordo que as dificuldades deles em matemática eram absurdas. Vi 2 alunas estudando para a prova final no pátio e uma delas disse: Caramba, só ontem eu entendi que 1/x é a mesma coisa que x-¹.

Não existem milagres quando se fala em educação. Se o aluno não tem uma boa base, dificilmente aprenderá coisas mais avançadas na área de exatas. A minha filha, que está matriculada em um colégio considerado de elite no Rio, estuda matemática de uma maneira que eu nunca vi na minha vida. Além de cada passo ser estudado, quase todos os dias ela faz uma bateria de exercícios, seja em sala ou em casa. Teve coisas que eu nunca estudei na minha vida e a veja estudando.

Educação de qualidade é caro e, infelizmente, dada a nossa visão de apenas ter um diploma, não é algo para todos.
E por isso sua filha pode entrar numa faculdade, mas o pobre que batalha mesmo no ensino médio precário, aprende mas não tanto quanto um rico de escola particular pois o ensino é melhor, tem que ficar de fora? O ensino é precário, não da pra competir na maioria das vezes com a particular, e dai tirar essas pessoas da vida acadêmica eu sou totalmente contra, nas próprias cotas a disputa, coloquemos uma cota social (até que se sanasse nosso problema com o ensino médio publico), se o cara não estudar ele fica de fora de muita universidade boa, pois tem muito pobre que rala e estuda na escola pública. E quanto essas garotas, se não aprender a matéria vão reprovar nela.

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Re: Coletivo Negro invade aula da USP... incitação de ódio

Mensagem por Anônimo » 21 Out 2015 10:12

Templo Jiu Jitsu escreveu: E por isso sua filha pode entrar numa faculdade, mas o pobre que batalha mesmo no ensino médio precário, aprende mas não tanto quanto um rico de escola particular pois o ensino é melhor, tem que ficar de fora? O ensino é precário, não da pra competir na maioria das vezes com a particular, e dai tirar essas pessoas da vida acadêmica eu sou totalmente contra, nas próprias cotas a disputa, coloquemos uma cota social (até que se sanasse nosso problema com o ensino médio publico), se o cara não estudar ele fica de fora de muita universidade boa, pois tem muito pobre que rala e estuda na escola pública. E quanto essas garotas, se não aprender a matéria vão reprovar nela.
Mas a minha filha, para se manter nessa escola, precisa se esforçar no dia a dia. Serão 9 anos estudando arduamente no ensino fundamental mais 3 anos no ensino médio. A questão central seria melhorar a qualidade da educação básica e ir acabando com essa história de cotas. Eu digo a vocês que existe sim uma pressão para reprovar menos os alunos e, com isso, facilitar a vida tanto de cotistas como de não cotistas. As univs. têm índices de reprovação e evasão. O governo aumentou o número de vagas, mas a evasão cresceu assustadoramente.
Percentual de formandos nas faculdades federais cai mesmo após injeção de verba do Reuni
Levantamento do GLOBO mostra ainda que a relação estudantes/professor fica estável



Universidade federais em crise. Número de alunos é maior, mas também é o de evasão - André Teixeira

RIO - A crise enfrentada pelas universidades federais por causa do atraso de repasses no início deste ano contrasta com os investimentos feitos na última década para ampliar o número de alunos e melhorar a eficiência dessas instituições. O programa mais ambicioso nesse sentido foi o ReUni, lançado em 2007 pelo Ministério da Educação (MEC). Ele prometia recursos de mais de R$ 2 bilhões na época para “dotar as universidades federais das condições necessárias para ampliação do acesso e permanência na educação superior”. Em troca, o MEC exigia das instituições que assumissem (quase todas as de grande porte o fizeram) duas contrapartidas principais: aumento da relação de alunos por professor para 18 estudantes por docente e ampliação da taxa de conclusão dos cursos para até 90%.

Dados do Censo da Educação Superior tabulados pelo GLOBO mostram que, considerando o total de universidades federais do país, houve aumento significativo, da ordem de 49% entre 2008 e 2013, no número de alunos matriculados em cursos de graduação presenciais. Esse aumento, porém, não veio acompanhado da melhoria das taxas de eficiência nas duas principais contrapartidas. Pelo contrário, o número de estudantes por professor ficou estável, e a taxa de conclusão chegou a registrar queda, de 73% para 66%, no mesmo período.

Ao regulamentar a lei do ReUni, o MEC estabeleceu critérios para calcular essas taxas. No caso da conclusão, ela é obtida comparando o número de vagas oferecidas em cursos presenciais cinco anos antes com o total de universitários que concluíram o curso cinco anos depois. Em 2003, por exemplo, as universidades federais ofereceram 109 mil vagas. Cinco anos depois, o número de formados foi de 80 mil, o que significa uma taxa de 73% para o ano de 2008. Em 2013, utilizando os mesmos critérios, o percentual cai para 66%.

Como nem todos os alunos que ingressam cinco anos antes se formam cinco anos depois, a taxa de conclusão é apenas uma estimativa do que aconteceu no percurso acadêmico desses universitários. Se um estudante demora mais tempo para concluir um curso, troca de instituição ou tranca a matrícula temporariamente, ele não pode ser considerado um aluno evadido. Porém, a maior parte da discrepância entre o número de ingressantes e o de concluintes é mesmo explicada pelo abandono.

Quando sinalizava a taxa de 90% de conclusão, o objetivo do MEC, conforme descrito nas diretrizes do ReUni, era induzir a “uma administração eficiente das vagas ociosas, facilitada pela flexibilidade curricular e um favorecimento da mobilidade estudantil entre cursos e instituições diferentes, com aproveitamento de créditos”. Se essa taxa fosse alcançada pelo conjunto de universidades federais, o número de formados em 2013 seria de 136 mil, em vez dos 99 mil registrados no censo.

ALUNOS POR PROFESSOR

A forma de cálculo da relação de alunos por professor era mais complexa. As contas feitas pelo GLOBO no Censo da Educação Superior consideram apenas a simples divisão do total de matriculados em cursos de graduação pelo número de professores em exercício. Por esses cálculos, a taxa ficou praticamente estável entre 2008 e 2013, oscilando de 11,2 para 11,6. O Ministério da Educação, no entanto, trabalhou com um cálculo mais complexo, que considerava características de cada curso e o percentual de professores com dedicação exclusiva e a qualidade do trabalho na pós-graduação.

O argumento para utilizar este cálculo é o de que um professor que tem obrigação de fazer pesquisa, extensão ou outras atividades fora de sala de aula não pode ter o mesmo peso na conta do que um docente que trabalhava apenas na graduação.


Ao refazer a conta de acordo com os novos critérios para o ano de 2007, o MEC concluiu que a taxa, naquele ano, já chegava aos 18 propostos como contrapartida. Ou seja, ainda que a intenção do programa fosse aumentar a eficiência no uso dos recursos humanos, a meta já nascia alcançada, por causa da forma de cálculo. Em 2011, ao refazer o cálculo, a meta estava no mesmo patamar.

Na avaliação de Gustavo Balduíno, secretário-executivo da Andifes (associação que representa os reitores das universidades federais), as instituições de ensino cumpriram com todas as metas de crescimento no programa. Ele afirma que os termos do ReUni foram sendo repactuados ao longo do processo, sempre em busca da criação de mais cursos, vagas e contratação de professores para atender à demanda. O dirigente diz ainda que o programa acabou tendo impacto positivo também na pós-graduação, setor que não foi considerado inicialmente no cálculo das metas de contrapartida.

Sobre a relação de alunos por professor, Balduíno afirma que, nas conversas das universidades com o Ministério da Educação, chegou-se à conclusão que a relação de 18 para um não poderia ser reproduzida em todos os cursos.

— Em medicina e engenharia, por exemplo, essa relação não é atingida em lugar nenhum do mundo — afirma Balduíno.

Quanto à taxa de conclusão, o secretário-executivo da Andifes admite que é preciso melhorar, mas pondera que alguns fatores dificultaram o alcance do patamar de 90%. Segundo ele, ao democratizar mais o acesso ao ensino superior expandindo vagas, as universidades passaram a atender mais alunos com necessidade de reforço acadêmico. Ele também afirma que o programa pedia prioridade para cursos noturnos e de formação de professor, onde as taxas de evasão são maiores.

MEC DIZ QUE PROCESSO É MAIS AMPLO

Por fim, Balduíno destaca ainda que, com a criação do Sisu em 2009 (novo sistema de ingresso nas federais pelo Enem), houve aumento na mobilidade estudantil, e um número maior de estudantes ingressou em cursos em cidades que não eram sua primeira escolha. Alguns deles voltaram a tentar vagas pelo Sisu, e foram admitidos em outras instituições, abandonando o curso inicial:

— Todas essas são explicações, mas que não podem nos levar ao acomodamento. São desafios que devemos enfrentar. Estamos sempre em busca de soluções concretas para esse problema, e algumas universidades já têm ações exitosas. A taxa de 90% foi calculada sem estudo mais aprofundado, mas, independentemente do que seria uma meta factível, temos que melhorar muito.


Procurado pelo GLOBO, o Ministério da Educação respondeu por meio de uma nota, dizendo que “as metas estabelecidas devem ser observadas no contexto do programa de expansão ao longo da implantação dos cursos, campi e universidades, bem como considerar um ciclo de ao menos três turmas concluídas para uma avaliação adequada.”

Segundo a nota, “é necessário observar que, associado ao ReUni, iniciaram-se outros programas que resultaram no aumento de vagas na graduação presencial nas universidades federais, como Mais Médicos, Procampo, Educação Bilíngue e, ainda, novos campus e universidades. Com isso, as metas do Programa ReUni não devem ser analisadas isoladamente, pois se integram a um processo mais amplo de expansão. Uma análise isolada pode levar a conclusões equivocadas sobre o cumprimento desta meta.”

O MEC argumenta ainda que a partir de 2012, além do ReUni, foram criados novos campus e cursos com previsão de 200 mil novas matrículas, que se encontram em fase de implantação e consolidação.
Editado pela última vez por Anônimo em 21 Out 2015 10:23, em um total de 1 vez.

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Re: Coletivo Negro invade aula da USP... incitação de ódio

Mensagem por Anônimo » 21 Out 2015 10:19

EDUCAÇÃO
Sisu aumenta evasão de estudantes em universidades públicas

A constatação é do próprio Ministério da Educação e da Andifes

O sistema unificado de seleção de calouros, o Sisu, levou mais alunos a disputar vagas nas universidades federais. Parte deles, porém, migrou rapidamente para a rede particular. A constatação é do próprio Ministério da Educação e da Andifes, entidade de reitores das universidades federais. As duas instituições desenvolvem estudo para medir o fenômeno.

Paralelamente, universidades já sentiram o aumento na evasão após a entrada no Sisu, em 2010. É o caso da Universidade Federal Rural de Pernambuco. Quarta instituição que mais recebeu inscritos em 2013, sua taxa de evasão foi de 20% para 35%. O abandono também cresceu na federal tecnológica do Paraná e na estadual do Piauí.

Mesmo sem ter a quantidade exata de alunos que deixaram os cursos, o MEC analisa o volume como “importante” e decidiu apresentar, até o meio do ano, medidas para preencher essas vagas. Os dados levantados apontam que os alunos que saíram dos cursos, basicamente, vão para outros. E a evasão geral não se altera. A explicação do MEC para o fenômeno é que, com o Sisu, o aluno tem mais facilidade em ingressar na rede federal - pelo sistema, ele disputa vagas no país todo apenas com a nota no Enem.

O problema é que aquele que possui nota mais baixa tende a entrar não no curso que deseja, mas no que sua nota foi suficiente. Ao mesmo tempo, também com o Enem, ele pode conseguir vaga na rede particular (menos disputada), na área que desejava. E custeado pela União por meio do Prouni (bolsas de estudo) ou do Fies (financiamento). Assim, o aluno que queria Engenharia, mas entrou em Matemática na federal, pode em um ou dois anos conseguir vaga em Engenharia, em faculdade particular.

“Para o aluno, a situação é ótima. Ele, no fim, estuda o que quer”, diz o secretário de Educação Superior do MEC, Paulo Speller. “Mas é ruim para a instituição de ensino, pois a vaga fica ociosa”.

O reitor da Universidade Estadual do Piauí, Nouga Cardoso Batista, que viu a evasão em Medicina e Engenharia Civil sair de 0% para 14% e 40%, afirma que o resultado final do Sisu é positivo apesar do aumento da evasão, a instituição aponta que não precisa gastar com o vestibular e que recebe verba federal para ajudar os alunos matriculados na universidade.
Conheço um cara que passou em medicina para a federal do Piauí, chegou a fazer a matrícula e foi chamado na reclassificação para uma estadual no Paraná. O governo tenta criar mágicas para preencher as vagas, mas isso não funciona.

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Re: Coletivo Negro invade aula da USP... incitação de ódio

Mensagem por Templo Jiu Jitsu » 21 Out 2015 10:21

Anônimo escreveu:
Mas a minha filha, para se manter nessa escola, precisa se esforçar no dia a dia. Serão 9 anos estudando arduamente. A questão central seria melhorar a qualidade da educação básica e ir acabando com essa história de cotas. Eu digo a vocês que existe sim uma pressão para reprovar menos os alunos e, com isso, facilitar a vida tanto de cotistas como de não cotistas. As univs. têm índices de reprovação e evasão. O governo aumentou o número de vagas, mas a evasão cresceu assustadoramente.
Eu concordo brutalmente com vc sobre a melhoria do ensino publico. Sempre falei isso, a cota social seria uma medida digamos que temporária até o tempo necessário de resolver isso. E o cotista social que quiser entrar numa faculdade publica boa, vai ter que ralar arduamente no ensino médio dele na escola publica mesmo sendo precário e continuar estudando em casa, pois outro cotista vai estar fazendo o mesmo. Na universidade ele vai ter que ralar ainda mais arduamente, caso contrário ele vai ficar pelo meio do caminho.

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Re: Coletivo Negro invade aula da USP... incitação de ódio

Mensagem por NOCIVO » 21 Out 2015 10:27

Acho esse assunto muito complicado e extremamente delicado para todos os lados.

No fundo, o que mais me preocupa é essa propagação desenfreada do ódio por classes, cada dia que passa mais "rivalidades" vão se criando no Brasil... negros x brancos, pobres x ricos, esquerda x direita, mulheres x homens e por ai vai.

Concordo e muito com o comentário postado no fórum a respeito da ideologia que está sendo implantada como "libertação"dos negros onde, na verdade, nada mais é do que uma cópia de pensamentos europeus e até mesmo norte americanos.

O brasileiro, de modo geral, tem uma tendência muito grande em copiar práticas externas, acreditar que a luta de Malcom X nos Estados Unidos é aplicável no Brasil, é um absurdo...

Quem já morou ou passou algum tempo nos Estados Unidos e em boa parte da Europa sabe que lá a luta é bem diferente daqui, lá os povos diferentes querem viver separados, em quase todas cidades que visitei tanto nos EUA quanto na Europa a segregação é muito clara e extremamente respeitada, branco casa com branco e mora em bairro de branco, negro casa com negro e mora em bairro de negro e no fundo o objetivo deles sempre foi manter esse sistema, os negros americanos não querem frequentar os bairros de brancos, eles querem e lutaram por muitos anos para ter acesso a mesma qualidade de vida que existia nos bairros de brancos.

No Brasil é muito diferente... aqui, de certa forma, sempre lutamos para viver juntos, a miscigenação é gigantesca, não existe brasileiro puro, não existe bairro de branco e bairro de negro, escola de branco e escola de negro.

Não vejo nordestinos propagando o ódio dessa maneira apesar de ser um povo extremamente discriminado que durante anos foram vistos como trabalhadores desqualificados para exercer funções que os nascidos e criados no sul do Brasil não estavam dispostos a exercer (porteiros, faxineiras, diaristas, garçons, ajudantes de cozinha e por aí vai...)

Enfim, o problema é muito grande mas eu tenho certeza que a solução está longe de passar pelo ódio, principalmente no Brasil...

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Shin
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Re: Coletivo Negro invade aula da USP... incitação de ódio

Mensagem por Shin » 21 Out 2015 10:44

Templo Jiu Jitsu escreveu: Não é a solução mesmo, concordo com vc. Seria uma medida meio que temporária até termos um ensino de qualidade, pois esse sim tendo qualidade vc não precisaria de cota alguma, concordo com vc novamente. Mas no cenário de hj, acho que a cota social por hora seria uma boa, até uma reformulação no nosso ensino. Exemplo de que uma escola com ensino de qualidade se equipara a uma particular (claro que talvez não totalmente) foi aquela escola na Amazônia eu acho, agora não lembro o estado em que a PM assumiu o controle, os alunos entraram na linha, os professores de verdade colocaram seu conhecimento pra ensinar essa meninada e o resultado qual foi? Foram campeões da olimpíada de matemática.
Concordo. Sou contra cotas de todo tipo mas aceito que, se se quer tanto impor cotas, que estas sejam sociais. Reafirmo que cotas de qualquer tipo não são solução pra nada, não atendem ao interesse público e não resolvem problema algum, mas cotas sociais são um mal infinitamente menor que cotas raciais, que não são nada mais que populismo barato de partidos de esquerda.

E sobre a qualidade do ensino público, além dessa escola o fantástico um tempo atrás fez uma série de reportagens sobre algumas outras espalhadas pelo país que conseguiram excelentes níveis de qualidade, rivalizando com escolas particulares. Essas escolas são prova clara de que tudo o que se precisa é de vontade. Quando a qualidade for mais importante que a política de curto prazo e quando gente besta parar de se preocupar com merda e focar no que realmente importa, as coisas vão mudar.

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