JorgeMacaco escreveu:Montfort, a classificação em espécies é absolutamente arbitrária, baseada na vontade humana, que usou e usa vários critérios diferentes para realizar a classificação. Trata-se de uma tentativa de catalogar os espécimes (indivíduos) vivos em grupos, baseados nas semelhanças entre eles, e as diferenças entre os grupos.
Outra coisa, o argumento da chance de se formar vida inteligente é um argumento amplamente debatido (junto com a história do furacão e do boeing). Tentando de explicar de forma simples, pense que temos na natureza um furacão a cada determinado período de tempo, e que a cada 100 furacões, junta-se uma peça do boeing, que seja. E quando essa "junção de peças" é "boa" do ponto de vista da sobrevivência, ela tende a ser mantida, e uma nova peça seria agregada depois, até que se formasse a tal da vida inteligente. Quanto À probabilidade estatítstica numérica, não tenho muito o que dizer, além de dizer que fiquei curioso pra saber como se chegou a esse número (talvez minha falta de conhecimento em estatística me impeça de compreender isso, mas pode ser algo bastante arbitrário).
O registro fóssil é bastante incompleto, mas existem diversos fósseis intermediários. Me lembro de um episódio do futurama que o cara apresenta dois fósseis (aparentemente um descendendo do outro) e alguem na plateia pede o intermediário. Aí ele mostra, aí o cara pede o intermediário entre o intermediário e o outro, e aí pede mais um... indo até o infinito.
Pra mim, sem dúvida, as evidências genéticas e as evidências baseadas na semelhança entre as estruturas dos animais é mais do que suficiente para me convencer da evolução como um fato. É uma quantidade absurda de evidências, do meu ponto de vista, que levam a uma explicação ABSURDAMENTE SIMPLES sobre o surgimento da vida, e a evolução para outros seres.
E Montfort, que bom que você admitiu não entender de biologia (o que pra mim já havia ficado claro). Suas críticas à evolução são típicas de quem compreende muitíssimo mal a idéia.
Prezado João, eis o problema: esse furação de tempos em tempos que coloca as peças no lugar... É uma combinação muito delicada e q em a própria idade do Universo seria suficiente arranjá-la.
Vou colar um raciocínio matemático "simples" (é meio cumpridinho e chatinho, mas vale a pena).
***
A IMPROBABILIDADE MATEMÁTICA DE QUE A VIDA SURGIU POR ACASO
A teoria da evolução afirma que a matéria inanimada, por meio de combinações ao acaso de moléculas, deu finalmente origem a vida. Nesta seção, examinaremos a probabilidade matemática disto ocorrer. Por isso, se você não está familiarizado com a notação exponencial não poderá ter o proveito como se tivesse. Portanto, para tornar mais fácil as coisas para quem desconhece a notação exponencial, vamos dar uma pequena ilustração.
Um exemplo de notação exponencial é 3 2 . Se lê "três ao dois" ou "três ao quadrado". Isto significa 3 x 3, 9. Três é a base, e 2 é o expoente. O expoente indica quantas vezes deve multiplicar-se a base por si mesma para obter o número expresso. Assim, 10 2 = 10 x 10 = 100; 2 3 = 2 x 2 x 2 = 8; 10 3 = 10 x 10 x 10 = 1000. Note que quando a base é dez, o expoente indica o número de zeros depois de um. Assim, 10 elevado a dois tem dois zeros (100), 10 3 três zeros (1000), e 10 4 quatro zeros (10 000). Quando não se indica expoente, entende-se que é 1 ( 10 1 = 10). Um expoente também pode ser negativo; 10 –1 = 1/10 ou 0,1; 3 –3 significa 1 dividido 3 x 3 x 3 ou 1/27. Quanto maior for o expoente negativo, menor será o número representado. Vejamos a prática desta ilustração neste exemplo:
Se você tomasse um pedaço de papel de 0,05 mm de espessura, o cortasse em dois e pusesse as duas metades em cima da outra, teria uma espessura total de 0,1 mm. Se a estes pedaços cortasse a metade obteria quatro pedaços e assim sucessivamente. Se alguém repetisse a operação um total de cinqüenta vezes, qual o tamanho da pilha? Matematicamente, a equação seria 250 pedaços de 0,05 mm cada um, e a resposta seria expressa em milímetros. Depois de ler esta frase e antes de ler a resposta, examine de novo a equação e pense qual seria o tamanho da pilha. Vamos, adivinhe. Ou já o fez?
A resposta é muito simples. Só há um problema: não está em milímetros, mas em quilômetros. Exatamente 56 294 995 340 000 quilômetros. Surpreendente, não? A surpresa na enorme resposta se deve a notação exponencial 2 50 que, diga-se de passagem, equivale a 1 125 899 906 842 624 , quer dizer um quadrilhão cento e vinte e cinco trilhões oitocentos e noventa e nove bilhões novecentos e seis milhões oitocentos e quarenta e dois mil seiscentos e vinte e quatro. Evidentemente, é muito mais do que dizer "dois a cinqüenta".
Há aqui outra ilustração mais simples. O número total estimado de átomos presentes no Universo é de 10 79 , quer dizer, 1 seguido de 79 zeros. É muito mais simples expressar o número com um exponente. Esta é a vantagem da notação exponencial.
Agora, quando citarmos pessoas que usam esta forma de notação, você terá uma idéia mais clara do que eles dizem.
A evolução ensina que o no começo a matéria inanimada, através de incontáveis combinações durante um longo período, chegou a constituir as complexas formas de vida hoje presentes na Terra. Vejamos o que dizem os experts.
"Qualquer pessoa familiarizada com o cubo de Rubik [cubo constituído por cubos mais pequenos com seis cores diferentes; o jogo consiste em que todos os cubos da cada um dos seis lados possam ter a mesma cor] admitirá que é quase impossível que um cego que movesse as faces ao acaso resolvesse o jogo. Agora, imagine 10-50 cegos, cada um com um cubo de Rubik com suas cores mescladas, e tente conceber a probabilidade de que simultaneamente todos eles resolvessem o jogo. Então um teria a probabilidade de formar, pelo acaso, a um dos muitos biopolímeros [grandes moléculas, como os ácidos nucleicos ADN e ARN, ou as proteínas] dos quais depende a vida. A noção de que não somente os biopolímeros mas todo o completo programa operativo de uma célula viva, pudesse vir ao acaso por uma 'sopa' orgânica primordial aqui na Terra é evidentemente um extremíssimo disparate."
Esta citação provêm de sir Fred Hoyle, um professor de investigação honorária da Universidade de Manchester e do Colégio Universitário de Cardiff. Ele foi um docente de matemática na Universidade de Cambridge. Trata-se de um cientista conhecido e muito respeitado. Em sua opinião, o desenvolvimento da vida ao acaso na Terra é um "extremíssimo disparate".
Hoyle assim mesmo diz em outro trabalho dedicado às biomoléculas:
"... Não devemos ter somente uma única sequência para obter uma enzima, mas um grande número de tentativas como as que se supõe ter ocorrido em uma sopa orgânica primitiva no desenvolvimento da Terra. O problema é que há cerca de duas mil enzimas e a probabilidade de obtê-las todas ao acaso é de somente 1 em (10 20) 2000 ou 1 dividido por 10 40000 , uma probabilidade ridiculamente pequena que dificilmente ocorreria ainda que todo o Universo fosse de sopa orgânica."
O menos que se pode dizer é que a probabilidade de que os biopolímeros e as enzimas formando-se e se desenvolvendo espontaneamente são, na opinião de Hoyle, "ridiculamente pequenas".
Outro escritor observa que "a probabilidade de que a vida se originou por acaso em uma das 10 46 ocasiões é pois de 10-255 . A pequenez deste número significa que é virtualmente impossível que a vida se originou por uma associação aleatória de moléculas. A proposição de que uma estrutura viva ter surgido por um único acontecimento por meio de uma associação de moléculas ao acaso deve ser rechaçada."
Alguns outros cientistas com ponto de vista similar no referente a biogênese (origem da vida) tem feito comentários igualmente desanimadores: "obter uam célula por acaso requereria pelo menos cem proteínas funcionais que aparecessem simultaneamente num só lugar. Isto equivale a cem acontecimentos simultâneos, cada um com uma probabilidade independente que dificilmente seria superior a 10 –20 , o qual dá uma probabilidade máxima combinada de 10 –2000 ."
Há muitas citações similares disponíveis, mas estas poucas são representantes da imensa improbabilidade matemática de que a vida se formasse espontaneamente em qualquer parte da Terra. As probabilidades são decididamente contra ela. É impossível. Os evolucionistas, no entanto, não consideram estas cifras de extrema improbabilidade como obstáculos invencíveis. Replicam: "se a probabilidade é tão pequena, então dê-lhe tempo suficiente e ocorrerá." Bem, façamos uma prova com esta idéia.
Quais são as probabilidades de que se forme um organismo que tivesse só cem partes (nenhuma célula viva tem tão poucos componentes) se por 30 bilhões de anos - uma estimativa mais generosa da idade do Universo - houvesse um sextilhão de combinações de suas partes em cada segundo? Isto equivale a 10 36 combinações por segundo. Em outras palavras, esse tempo é suficiente? Isto é fácil de calcular.
A molécula básica do código genético é o ADN. Quanto maior quantidade de partes tem um organismo, mais complexo é. As formas biológicas mais simples (ainda que necessitam da capacidade para reproduzir-se por si mesmas) são os vírus. Um vírus tem milhares de nucleotídeos de ADN ou ARN ou "partes". Para simplificar, criemos um vírus que tenha só cem partes. Se existe só uma forma correta de que as partes se ordenem as probabilidades de que ele ocorra em uma chance é de 1/100! . Esta cifra se lê "um sobre fração cem" , e "fator cem" (100!) significa 100 x 99 x 98 x 97 ....e assim sucessivamente até ... x 3 x 2 x 1.
Deixe-me dar um exemplo de combinação. Se alguém tivesse dois blocos de madeira, de quantas maneiras poderia dispô-los em linha reta? A resposta é 2! Quer dizer 2 x 1 = 2. Se tivesse três blocos, as combinações possíveis seriam 3! , ou 3 x 2 x 1 = 6 combinações. Se tivesse 4, seria de 4! , ou 24 (4 x 3 x 2 x 1).
Quanto maior for o número de partes, maior será o número de combinações possíveis. Tecnicamente, as "partes" de nosso vírus poderiam dispor-se de maneira diferente que uma linha reta, com o qual cresceria muitíssimo o número de combinações possíveis. Mas estamos sendo generosos aqui.
Agora, combinar 100 em uma linha reta pode se fazer em aproximadamente 9,33 x 10 157 formas diferentes. No entanto, no caso dos seres vivos nem toda combinação servirá. A vida precisa de um delicado equilíbrio e, portanto, uma precisa combinação das partes componentes.
Nosso problema agora consiste em determinar se 30 bilhões de anos são suficientes para que 100 partes se combinem a uma taxa de 10 36 combinações por segundo e resulte em vida.
A equação é simples. Trinta bilhões de anos são 3 x 10 10 de anos. Em segundos, 3 x 10 10 anos x 365 (dias) x 24 (horas) x 60 (minutos) x 60 (segundos) este tempo corresponde a cerca de 9,46 x 10 17 segundos.
Se este número de segundos se multiplica pelo número de combinações que ocorrem em cada segundo no nosso exemplo, o resultado é 9,46 x 10 17 segundos x 10 36 combinações por segundo = 9,46 x 10 53 combinações, que podemos arredondar para 1054 combinações. Se bem que é um número grande, resulta extremamente pequeno comparado o com as 10 157 combinações possíveis. A subtração de 10 157 - 10 53 da 9,999 ... x 10 156 . Portanto, nem todo o tempo do mundo seria suficiente para que uma só célula simples com 100 partes viesse a existir. A probabilidade não difere praticamente de zero.
Se observássemos células com outras 100 partes, restringíssemos o tempo disponível (umas oito a dez vezes menor segundo os próprios evolucionistas) e juntássemos alguns detalhes mais realistas referentes ao número de combinações e as condições ambientais, as probabilidades contra seriam muitíssimo maiores. No entanto, os evolucionistas afirmam que a geração espontâna da vida na Terra é um fato. Como podem crer em tal coisa?
***
Interessante, não?
Vamos deixar o futurama quieto...
Abraços.