Snickt escreveu:É legal ver esses depoimentos do pessoal que mora fora e tem contato com muçulmanos, aqui no Brasil eles são bem poucos e quase não temos contato com eles.
Mas acho que é até meio que óbvio que a maioria esmagadora do povo muçulmano não compartilha dessas ideias de morte aos infiéis... querem sim ser respeitados e manter suas tradições/crenças, como qualquer povo, mas dae a querer obrigar o resto do mundo a aceitar suas ideias, tem uma diferença muito grande.
Se a maioria dos muçulmanos fossem belicosos, estaríamos numa grande encrenca. Inúmeras pesquisas mostram que o Islã é a segunda maior religião do mundo, bem próxima em número de fieis do catolicismo. Se essa gente toda quisesse impor suas doutrinas, o mundo todo estaria numa guerra insana!
Mas enfim, cada um ve e acredita no que quer né? Agora que não temos mais a Guerra Fria e o embate capitalismo x comunismo tão acirrado, muitos tem que achar um novo vilão pra odiar.
Só espero que essas pessoas pelo menos pensem um pouco antes de sair pregando a perseguição religiosa, coisa que sempre foi um dos males da sociedade e já levou a muitas atrocidades injustificáveis.
De minha parte, Snickt, cabe esclarecer que não prego qualquer 'perseguição religiosa', até porque, como tentei explicar, o assunto Islã ultrapassa essa dimensão. No entanto, penso que há uma evidente assimetria no tratamento que as chamadas democracias ocidentais oferecem aos muçulmanos, em relação à situação inversa nos países islâmicos. E não poderia ser diferente, pelos motivos que apresentei: enquanto partimos de premissas como 'tolerância', 'convivência', 'multiculturalismo', turbinadas pelo conceito do que é 'politicamente correto', acreditando que se trata de mera questão cultural e religiosa, os próceres do Islã sabem que o fundamento é sociopolítico e econômico, da conquista de corações, mentes, mercados e territórios.
Nesse sentido, é irrelevante discutir se a maioria dos muçulmanos é boa gente, se condena ou não o terrorismo, se segue à risca ou apoia a implantação da Sharia etc. Claro que vale como experiência, até para sentir na esfera íntima como pensam os fiéis comuns, a relação complexa com o conjunto de crenças e obrigações, o dilema que boa parte deles vive quando se encontra fora de sua cultura de origem. Mas o que jamais deveria sair de perspectiva é que uma sociedade islamizada de fato é incompatível, ou pelo menos muito cerceadora, com aquilo que chamamos 'diversidade'. É possível citar exemplos históricos de grande 'tolerância' de Impérios islâmicos com seguidores de outras religiões, até mais do que no cristianismo, mas além de representarem notáveis exceções, a predisposição para a síntese cultural ou hibridismo sempre foi zero. O Islã, por natureza, é um 'meme' dominante e estável, no sentido que Dawkins deu ao conceito.
Assim, penso que é simplismo caracterizar qualquer combate filosófico, espiritual e político ao Islã como perseguição, comparando às bandeiras de Hitler, por exemplo. De fato, há opiniões extremadas, na linha brunolobiana, defendendo erradicação, doação de órgãos, essas caricaturas...

Mas acreditar na possibilidade de integração pacífica, repito, é tolice. Aceitar a implantação da Sharia, mesmo que inicialmente restrita e localizada em guetos, como em alguns países europeus, é incubar um germe cuja missão natural é colonizar o hospedeiro.
Para mim, não se trata de perseguição, mas de retribuição. Penso que é direito dos muçulmanos viver como quiserem em seus locais de origem. Mas quando desejarem se estabelecer em outros lugares, deveriam assimilar os valores locais. E aqui está a questão: essa fórmula é incompatível com o Islã de hoje. Pode surgir outro? Talvez. Não acredito. Em mais de um milênio, nunca houve. Pela questão econômica e demográfica, o conflito é previsível e iminente. É até provável que o futuro de nossa civilização seja ajoelhado em direção à Meca. Se depender de mim, no entanto, isso não seria estimulado ou antecipado em nenhum segundo
