Azarias escreveu:Esse é o problema, Rinoceronte. O que chamamos de politicamente correto só é ético e empático com determinados grupos/causas. Esse movimento do politicamente correto obedece, geralmente, a estrutura a seguir:
1) É ser ético/empático com muçulmanos refugiados e fazer campanhas/correntes nas redes sociais por essa causa, mas não fazer uma única
hashtag sobre as centenas de milhares de cristãos assassinados anualmente pelos grupos muçulmanos que promoveram esse êxodo;
2) É ser ético/empático com os muçulmanos - em atenção ao multiculturalismo - apesar de o homossexualismo ser punido com a morte em todos os países em que a
shari'a é aplicada, mas não ter o mínimo pudor em chamar os cristãos de fundamentalistas, idiotas, evanjegues e preconceituosos, pelo fato de não concordarem com a instituição do casamento homossexual como modelo sadio a ser seguido pela sociedade;
3) É ser ético/empático - com cobertura midiática que durou semanas (e ainda ocorre, basta ver o post do Humaniza Redes na semana passada) - com a pedrada sofrida por uma menina, supostamente por ser a adolescente umbandista, e supostamente ser uma ação perpetrada por evangélicos, mas não dar espaço, de uma tirinha só que fosse, para a notícia de cristãos sendo crucificados e queimados vivos, no mesmo mês, na Síria e no Iraque. Pelo visto, até hoje, apesar de toda essa cobertura, não se encontrou quem jogou as pedras;
3) É ser ético/empático com jovens de 17 anos de idade que roubam/estupram/matam, defendendo que não devem ser presos por esses atos, e que a solução seria a disponibilização de condições mínimas de dignidade humana (saúde, educação, acesso à cultura, segurança...) a esses indivíduos, mas não se importar com o extermínio de bebês inocentes, já formados em vida intrauterina - com alguns dos éticos/empáticos defendendo que essa matança pode ocorrer até o 9º mês de gestação - esquecendo o próprio discurso de que a solução seria a disponibilização de condições mínimas de dignidade humana (saúde, educação, acesso à cultura, segurança...) para esse indivíduos (estes sim, inocentes, por sinal);
4) É ser ético/empático com o discurso de que a identidade gênero é imposição social, que
ninguém nasce homem ou mulher, propondo escrever "alunxs" nas escolas,
e ao mesmo tempo defender que os gays são gays de nascença, e quem não aceitar que o gay nasce gay é tachado de homofóbico;
5) É ser ético/empático com as mulheres que dizem não ocupar cargos de gestão e liderança na mesma proporção que os homens, mas não perceber que essas mulheres não reclamam da esmagadora superior proporção de homens que laboram em trabalhos tidos como sujos, insalubres, penosos e perigosos, na maioria das vezes recebendo salários irrisórios por isso;
6) É ser ético/empático com o discurso feminista de igualdade de direitos, mas não perceber que as feministas não reclamam de se aposentarem com 5 anos a menos de idade/trabalho, e entender que isso é incongruente (e só aplicado no Brasil) com a luta que pretendem travar;
7) É ser ético/empático com criminosos inveterados, inclusive cumprindo pena por assassinato de policiais, mas NUNCA ser ético/empático com a família dos policiais mortos em combate por tais facínoras.
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Não fossem todas essas incongruências, eu concordaria com vc, Rinoceronte. Ser politicamente correto seria sinônimo de ser ético/empático com a condição do alheio.
Abraço