02/12/15 - 17h38 | Atualizado: 03/12/15 - 00h14
Veículos policiais cercam carro de suspeitos nas redondezas do local onde houve tiroteio - AP
SAN BERNARDINO, EUA - Apenas quatro dias depois de o presidente Barack Obama dizer um “basta!” à violência com armas de fogo — no rastro de mais um tiroteio com múltiplas vítimas no Colorado — suas palavras foram abafadas nesta quarta-feira pelos tiros que deixaram, pelo menos, 14 mortos e 17 feridos num ataque ocorrido na cidade de San Bernardino, no Sul da Califórnia. A polícia ainda investiga os motivos do crime, mas o FBI (a polícia federal americana) negou ter sido um incidente terrorista.
A investida aconteceu dentro de um centro estadual de atendimento a pessoas com deficiência de desenvolvimento. O tiroteio começou por volta das 11h (17h no horário de Brasília). Testemunhas relataram que três homens fortemente armados de fuzis, com os rostos cobertos por máscaras de esqui pretas e vestindo coletes à prova de balas, entraram no prédio da Inland Regional Center já abrindo fogo.
A polícia de San Bernardino montou imediatamente uma caçada humana. Centenas de policiais invadiram uma área de seis quarteirões e quatro horas após o ataque, veículos blindados que percorriam as ruas da cidade encontraram uma caminhonete preta, do tipo SUV, descrito por testemunhas como o carro usado na fuga. Dois suspeitos, um homem e uma mulher, foram mortos. Uma terceira pessoa foi detida, mas não se sabe se ela participou do tiroteio.
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Agentes policiais, do FBI e da SWAT cercaram a área da South Waterman Avenue, onde fica o Inland Regional Center, escritório que atende pessoas com deficiência.
O ataque foi no centro de conferência do complexo, de acordo com a diretora da entidade, Lavinia Johnson. Ela afirma que funcionários do Departamento de Saúde Pública organizavam uma confraternização de fim de ano no ambiente. Autoridades federais citadas pelo "Los Angeles Times" indicaram que o crime poderia ter sido causado por uma discussão na festa. Um dos presentes teria deixado o local e retornado com um ou dois companheiros armados.
Segundo Vicki Cervantes, porta-voz da polícia de San Bernardino, os suspeitos estavam fortemente armados e possivelmente usando coletes à prova de balas. Os agentes revistaram o prédio de porta em porta, segundo ela. Testemunhas disseram às autoridades que viram dois homens com máscaras de esqui e colete chegando em um carro SUV preto. Eles teriam fugido no mesmo veículo, que foi perseguido pela polícia horas após o crime.
— Essas pessoas vieram preparadas. Eles estavam armados com armas longas, não armas de mão — apontou Burguan.
— Vários atiradores entraram e começaram a atirar — disse Cervantes, de acordo com o "NYT". — Fomos avisados que pelo menos um deles pode ter fugido do local em um SUV preto.
Uma fonte da polícia afirmou que a equipe antibombas encontrou um pacote suspeito no segundo andar do prédio e vai usar um robô para intervir.
Equipe de emergência resgatam feridos no Inland Regional Center em San Bernardino, Califórnia, após tiroteio no local - REUTERS
SEM PARALELO
O presidente americano, Barack Obama, foi informado de imediato sobre o incidente por sua conselheira de Segurança Interna, Lisa Monaco, que o está mantendo informado dos acontecimentos.
— A única coisa que sabemos é que temos um padrão de tiroteios em massa no país que não tem paralelo no mundo — declarou o presidente ao saber do incidente.
Ao saber do episódio, Hillary Clinton, concorrente da candidatura à Presidência dos EUA, escreveu no Twitter:
"Eu me recuso a aceitar isso como normal. Devemos agir para parar a violência das armas agora", escreveu.
Local do Inland Regional Center, em San Bernardino, Califórnia - Editoria de Arte
'REZE POR NÓS'
A polícia orientou pelo Twitter que área onde acontece a operação fosse evitada. Marcos Aguilera disse à rede de TV KABC-TV que sua esposa estava no local na hora do tiroteio. Ele afirmou que um atirador entrou no prédio e abriu fogo contra as pessoas:
— Ela se trancou no escritório dela. Eles viram corpos no chão — contou o homem à emissora.
Um homem recebeu uma mensagem de texto da filha que precisou se esconder no prédio, onde trabalha. Terry Petit afirmou à imprensa que sua filha escreveu: "Pessoas alvejadas. Esperando a policia no escritório. Reze por nós. Estou trancada no escritório".
Segundo a porta-voz do Departamento de Serviços de Desenvolvimento da California, Nancy Lungren, o centro é uma das 21 instalações gerenciadas pelo governo que oferece apoio a deficientes. O Inland Regional Center é um complexo de três prédios que emprega cerca de 670 funcionários em unidades em San Bernardino, que fica a 100 quilômetros de Los Angeles, e em Riverside.
O incidente acontece cinco dias após Robert Lewis Denis, de 57 anos, abrir fogo em uma clínica de planejamento familiar em Colorado Springs, nos Estados Unidos, onde enfrentou a polícia durante horas, deixando três pessoas mortas e nove feridas, segundo as autoridades locais.
Bombeiros, SWAT e agentes policiais cercam o centro de serviço social - REUTERS
Essa foi a traducao bizarra do Globo
Eu to acompanhando desde cedo e o q o FBI falou eh q nao descartava terrorismo...
Agora mesmo saiu o nome de um dos homens(q alias foi morto junto c uma mulher) Syed Farook
Claramente nome Muculmano
To falando pra patroa desde cedo q foi terrorismo