Neandertais coexistiram com os humanos na Europa

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Hall
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Neandertais coexistiram com os humanos na Europa

Mensagem por Hall » 25 Ago 2014 08:43

Neandertais coexistiram com os humanos na Europa por até 5.400 anos

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Uma nova análise de amostras procedentes de 40 sítios arqueológicos, entre a Rússia e a Espanha, permitiu precisar que os neandertais coexistiram na Europa com os humanos modernos durante um período de 2.600 a 5.400 anos.

A partir de uma técnica melhorada de datação por radiocarbono, investigadores liderados por uma equipe da universidade britânica de Oxford detalham em um estudo divulgado nesta quarta-feira na revista "Nature" que os neandertais desapareceram da Europa há 40 mil anos.

Não foi uma extinção abrupta, segundo os cientistas, mas um processo gradual que seguiu seu próprio ritmo em diferentes pontos do continente.

A nova cronologia destaca o padrão que se seguiu ao desaparecimento dos neandertais e "sugere que provavelmente algumas pequenas povoações sobreviveram em pontos específicos da Europa antes de serem extintas", explicou Thomas Higham, responsável pela pesquisa.

Os milênios nos quais os neandertais e os humanos modernos coexistiram no continente representam "um tempo amplo para a transmissão de comportamentos culturais e simbólicos, assim como para possíveis intercâmbios genéticos", destacou o estudo.

Os pesquisadores descrevem a Europa desse período de transição, entre o paleolítico médio e superior, como um "mosaico de povoações".

De acordo com os autores do estudo, há 45 mil anos, antes que começasse esse processo de mudança, a Europa era essencialmente neandertal, com pequenos redutos de humanos modernos em certas regiões.

Essa distribuição mudou nos milênios seguintes, uma evolução que foi forjada ao longo de 25 a 250 gerações, dependendo da localização geográfica.

O professor da Universidade do País Basco Álvaro Arrizabalaga, um dos pesquisadores que participa do estudo, especificou que, apesar de "não ser possível descartar a existência de intercâmbios culturais e genéticos entre ambos os grupos", essa é a "grande pergunta que ainda está pendente de confirmação na Europa".

"Sim, sabemos que aconteceu (a troca) no Oriente Médio", acrescentou.

Determinar a relação espacial e temporal entre os neandertais e os humanos modernos é essencial para compreender o processo que levou ao desaparecimento dos primeiros.

As limitações técnicas foram os desafios mais sérios para os pesquisadores nesse campo, já que as amostras arqueológicas que se aproximam da fronteira dos 50 mil anos têm muito pouco carbono-14, o que torna difícil obter datações mais precisas.

Para este novo estudo, os cientistas voltaram a analisar amostras dos principais sítios arqueológicos europeus, à luz da técnica de datação de radiocarbono com um acelerador de espectrometria de massas (AMS, em inglês), para determinar que o período musteriense, associado com as ferramentas produzidas pelos neandertais, terminou na Europa entre 41.030 e 39.260 anos atrás.

http://noticias.uol.com.br/ciencia/ulti ... l-anos.htm
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Hall
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Re: Neandertais coexistiram com os humanos na Europa

Mensagem por Hall » 25 Ago 2014 08:45

Para mim as duas raças se fundiram e estamos aqui como híbridos.

Baseio-me nessa teoria aqui:

http://revistaepoca.globo.com/Revista/E ... 24,00.html
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Galinoia
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Re: Neandertais coexistiram com os humanos na Europa

Mensagem por Galinoia » 25 Ago 2014 09:47

Hall ta sempre trazendo uns tópicos bons. Se amarro em ler.

Intriga muito uma das reportagens falar que os neandertais eram inteligentes, sofisticados, tinham cérebro maior e tal.

A grande real é que deve ter rolado uma putaria entre os sapiens e neandertais :lol:
I'm just a kid o rapá!!!

NAO ME COMPROMETA COM DETALHES
VSF

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BrunoJJ
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Re: Neandertais coexistiram com os humanos na Europa

Mensagem por BrunoJJ » 25 Ago 2014 10:05

Suruba news!

Tópico maneiro Hall!

Sou leigo no assunto, existia muita diferença entre as duas raças? Em termos de inteligência, força, comportamento e etc?
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Old Logan
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Re: Neandertais coexistiram com os humanos na Europa

Mensagem por Old Logan » 25 Ago 2014 10:30

sempre achei isso que um comeu o outro e somos híbridos!

boa matéria hall!
"Christmas it's over, No more presents"
Lobov, Artem

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Hall
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Re: Neandertais coexistiram com os humanos na Europa

Mensagem por Hall » 25 Ago 2014 14:08

BrunoJJ escreveu:Suruba news!

Tópico maneiro Hall!

Sou leigo no assunto, existia muita diferença entre as duas raças? Em termos de inteligência, força, comportamento e etc?
Pelo que entendo eram mais fortes e tao inteligente quanto o homo sapiens.

Aqui um artigo bacana em spoiler
Spoiler:
duas décadas, o arqueólogo português João Zilhão, da University of Bristol, na Inglaterra, estuda nosso primo mais próximo, o homem de Neandertal, que ocupou a Eurásia por mais de 200 mil anos antes de desaparecer misteriosamente há cerca de 28 mil anos. Especialistas da área debatem há tempos eventuais semelhanças entre a cognição do homem de Neandertal e a nossa. Em posição central nessa controvérsia estão alguns sítios neandertais contendo restos culturais indicativos do uso de símbolos – inclusive jóias – que são um elemento determinante do comportamento humano moderno. Zilhão e outros argumentam que o homem de Neandertal inventou sozinho essas tradições simbólicas, antes de os seres humanos ditos modernos, do ponto de vista anatômico, terem chegado à Europa, há cerca de 40 mil anos. Os críticos, por outro lado, acreditam que esses objetos tiveram sua origem entre os modernos.

No entanto, em artigo publicado em janeiro na Proceedings of the National Academy of Sciences, nos Estados Unidos, Zilhão e seus colegas relataram descobertas que poderiam encerrar a polêmica: conchas marinhas manchadas de pigmentos, de dois sítios na Espanha datados de quase 50 mil anos atrás – 10 mil anos antes de os homens ditos modernos do ponto de vista anatômico terem se dirigido à Europa. Recentemente, Zilhão discutiu as implicações das novas descobertas de sua equipe com a editora Kate Wong, da Scientific American. Segue uma versão editada dessa conversa.

SCIENTIFIC AMERICAN: Paleoantropólogos debatem o comportamento dos homens de Neandertal há décadas. Por que todo esse alvoroço agora?

JOÃO ZILHÃO: O debate dos últimos 25 anos decorre da teoria pela qual os homens com anatomia moderna se originaram, como uma nova espécie, na África e depois se espalharam a partir dali, substituindo os homens primitivos como os de Neandertal. Aliado a essa noção, havia o princípio de que as espécies são defi nidas tanto por sua anatomia quanto pelo comportamento. Dessa forma, os homens de Neandertal, por não terem uma anatomia moderna, não poderiam, por defi nição, ser moderno em seu comportamento.

Porém, havia problemas com esse modelo. Em 1979, arqueólogos que trabalhavam no sítio em St. Césaire, na França, encontraram um esqueleto neandertal em uma camada que continha resquícios culturais produzidos segundo a assim chamada tradição chatelperroniana. Na época, os especialistas acreditavam que os artefatos chatelperronianos – ornamentos corporais e ferramentas sofi sticadas de osso, entre outros elementos – teriam sido produzidos por homens modernos. Mas, em vez disso, estabeleceu-se que as descobertas de St. Césaire tinham conexão com o homem de Neandertal.
Então, em 1995, pesquisadores determinaram que os restos humanos encontrados nos níveis chatelperronianos em outro sítio francês, a gruta de Renne, em Arcy-sur-Cure, também pertenciam ao homem de Neandertal.

Para reconciliar essas descobertas com a ideia de que apenas o homem moderno foi capaz de práticas tão avançadas, alguns pesquisadores propuseram que artefatos de depósitos do homem moderno em camadas superiores mais recentes, de algum modo, se misturaram com os depósitos do homem de Neandertal. Outros argumentaram que ele simplesmente copiou o homem moderno, seu contemporâneo, ou obteve os objetos deste por meio de escambo ou do comércio, mas não os entendia realmente e nunca os integrou em sua cultura da mesma forma que o homem moderno. Essa controvérsia jamais foi totalmente resolvida de maneira satisfatória para todos os implicados; e é aí que entram nossas novas descobertas da Espanha.

SA: O que exatamente vocês encontraram e de que maneira?

JZ: O material se origina de dois sítios. Um deles é uma caverna no sudeste da Espanha, chamada Cueva de los Aviones, escavada em 1985 por Ricardo Montes-Bernárdez, da Fundação de Estados Murcianos Marquês de Corvera. Em seus relatórios, Montes- Bernárdez mencionou ter encontrado três conhas de mariscos perfuradas nos depósitos, mas ninguém prestou atenção na época. Alguns anos mais tarde, após ter lido sobre as conchas em seus artigos, fui ao museu que abrigava os materiais coletados por ele e pedi para vê-los. Imediatamente eles me impressionaram e pareceram de grande importância, já que essas conchas, quando descobertas em depósitos arqueológicos, são basicamente consideradas pingentes. No entanto, não sabíamos a idade do material, então a primeira coisa a ser feita foi selecionar amostras para datação por radiocarbono. As datas encontradas foram de 48 mil a 50 mil anos atrás.

Como as conchas da coleção jamais tinham sido lavadas, verifi quei se existiam outros espécimes dignos de nota. Descobriu-se que uma das conchas era de uma ostra mediterrânea, cuja limpeza revelou uma mancha que pensei que poderia ser resíduo de pigmento. A análise da substância identifi cou uma mistura do pigmento vermelho, denominado lepidocrocita, e pedaços bem triturados de hematita vermelha- escura e preta e de pirita, que acrescentaria mais brilho. Eu e meus colegas também encontramos um osso de cavalo afi lado naturalmente que tinha pigmento avermelhado na ponta. E achamos pedaços de pigmento amarelo e vermelho, inclusive um grande depósito de um mineral chamado natrojarosita, cujas quantidades e pureza indicavam ter sido armazenado em uma bolsa que acabou por se deteriorar, restando apenas o mineral.

O PINGENTE DE CONCHA DE VIEIRA foi pintado com pigmento laranja, talvez para que o exterior da concha (metade à direita) se equiparasse ao interior, naturalmente colorido (metade à esquerda). O pigmento encontrado na ponta de um osso naturalmente afi lado da pata de cavalo (acima da concha) sugere que o homem de Neandertal usou o osso para misturar ou aplicar a pintura.
SA: O que foi desenterrado no segundo sítio?

JZ: Por volta da mesma época em que inspecionei a coleção Aviones, também analisava as descobertas de setembro de 2008, da estação de campo em um grande abrigo na rocha que fi cava mais para o interior, a uns 60 km de Aviones, chamado Cueva Antón, onde eu vinha escavando depósitos neandertais desde 2006. Um dos objetos foi uma concha perfurada de vieira que um de meus alunos coletara no segundo dia de escavações. Originalmente, pensei se tratar de uma concha fóssil, que não estivesse relacionada com as atividades humanas. Porém, quando comecei a limpá-la, descobri que era bastante conservada e colorida. Uma inspeção mais detalhada mostrou que a parte exterior, mais esbranquiçada, parecia ter sido pintada com um pigmento laranja, que era uma mistura de hematita e de outro mineral, chamado goetita.

SA:O que vocês acreditam que o homem de Neandertal fazia com esses objetos?

JZ: O fato interessante em relação à natrojarosita é que ela tem apenas um uso conhecido, o cosmético. Assim, inferimos que foi esse o seu uso também em Aviones. O osso de cavalo com a ponta avermelhada pode ter sido usado para misturar ou aplicar pigmento ou para perfurar couro cru colorido com esse pigmento. A concha de ostra mediterrânea não perfurada que continha vestígios de uma mistura brilhante vermelha deve ter sido um recipiente para pintura. A explicação mais simples para a natrojarosita e o pigmento vermelho brilhante e o contexto no qual eles foram encontrados é algum tipo de pintura corporal, especifi camente pintura facial. Mas não temos certeza se o homem de Neandertal os aplicava diariamente, após terem acordado, ou se era algo que faziam por motivos rituais, em ocasiões especiais – nas celebrações ou talvez por luto. Além disso, uma das conchas de marisco perfuradas de Aviones tinha porções de ocre vermelho aderidos do lado interno, perto do orifício. Neste caso, a explicação mais plausível é que a concha fora pintada, já que não é possível usar uma concha com orifícios como um recipiente. Portanto, além de pintar seu corpo, o homem de Neandertal dos dois sítios coloria conchas perfuradas, provavelmente usadas como pingentes.
SA: Suas análises não fornecem evidência de que os orifícios nas conchas de mariscos e vieiras desses sítios foram feitos por homens, e vocês tampouco foram capazes de encontrar vestígios do uso nas bordas dos orifícios propriamente ditos, então como sabe que foram usadas para fins decorativos?

JZ: Essas espécies são encontradas em águas profundas, então na época que foram levadas à praia não continham mais nenhum molusco, indicando não terem sido coletadas para servir de alimento; além disso, tinham pigmentos associados a elas. Qual é a alternativa? Se abrir qualquer livro de ornamentos etnográfi cos de conchas da África ou Oceania, verá exemplos de conchas dessas espécies ou de espécies relacionadas, com perfurações naturais, usadas como ornamentos.

SA: Quais as implicações dessas descobertas para o entendimento da origem da modernidade comportamental em humanos?

JZ: A coisa mais importante que essas descobertas deixam claro é que o homem de Neandertal tinha comportamento moderno. Do ponto de vista anatômico, ele não era igual ao homem moderno primitivo, mas do ponto de vista cognitivo era tão avançado quanto ou até mais. Há várias conclusões possíveis a tirar desta observação: ou a cognição e o comportamento modernos emergiram independentemente em duas linhagens diferentes, ou eles existiam em um ancestral comum do homem de Neandertal e do homem com anatomia moderna. Ou, então, os grupos que denominamos homem de Neandertal e homem moderno não são espécies diferentes e, portanto, não deveríamos nos surpreender que, apesar das diferenças anatômicas, não existam diferenças cognitivas – a conclusão que favoreço.

Sob o meu ponto de vista, o surgimento do comportamento humano moderno é o acúmulo vagaroso, talvez intermitente, de conhecimento que, conforme as densidades populacionais aumentam, dá origem a sistemas de identifi cação social que aparecem no registro arqueológico na forma de ornamentos pessoais, pintura corporal etc. Devemos esperar que esses exemplos remotos de modernidade comportamental sejam raros. O início de um processo exponencial deve ser semelhante a isso.
SA: Então, o comportamento moderno – conforme representado pela decoração do corpo, peças de arte e assim por diante – é o produto da necessidade de se comunicar ou de se identificar com os membros de uma população crescente?

JZ: Sim, em um mundo em que os encontros com estranhos ocorresse em uma frequência que tornasse necessário criar maneiras de distinguir um amigo de um inimigo, alguém a quem seus parentes devessem favores ou alguém que os devesse a você.

SA: Mas acredita que algo teve de mudar no hardware, no cérebro, em algum momento na linhagem humana antes do aparecimento do comportamento
moderno?

JZ: Sim, acredito que isso aconteceu de 1,5 milhão a 2 milhões de anos atrás – ou cerca de 500 mil a 1 milhão de anos atrás, no máximo –, quando o tamanho médio do cérebro atingiu a dimensão atual. Se pudéssemos clonar um ser humano que viveu há 500 mil anos, colocá-lo num útero substituto e, então, após o nascimento, nutri-lo como um ser humano atual, ele conseguiria pilotar um avião? Talvez alguns de meus colegas possam dizer que não, mas a minha resposta seria afi rmativa.

SA: Se o homem de Neandertal da Espanha fabricava ornamentos 10 mil anos antes de o primo moderno ter chegado à Europa, você acredita que, em vez de os neandertais copiarem o homem moderno, pode ter ocorrido o inverso?

JZ: Antes de entrar na Europa, o homem moderno não perfurava nem entalhava os dentes de mamíferos como os encontrados em Châtelperronian, tampouco perfurava conchas bivalves como as encontradas na Espanha. Mas, assim que chegou à Europa, isso passou a acontecer. De onde o homem moderno obteve esses ornamentos? Se estivéssemos falando dos povos da Idade do Cobre, concluiríamos que os imigrantes os obtiveram dos habitantes locais. Por que deveríamos ter uma lógica diferente para os objetos neandertais?
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Re: Neandertais coexistiram com os humanos na Europa

Mensagem por Old Logan » 25 Ago 2014 16:22

segue matéria que saiu a alguns meses. coloquei o conteudo em spoiler tb

Confirmado: fizemos sexo com os Neandertais

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Spoiler:
Um novo estudo da Universidade de Edimburgo (Escócia) concluiu que os seres humanos de fato fizeram sexo com os Neandertais. O método utilizado na pesquisa também poderia ajudar a compreender a evolução de outros organismos.
Cerca de 400.000 anos atrás, os Neandertais se separaram da linha de primata que deu origem aos humanos modernos. O grupo, então, mudou-se para a Eurásia e desapareceu completamente do mundo cerca de 30.000 anos atrás. Algumas teorias indicam que os Neandertais podem ter vivido perto do Círculo Polar Ártico em torno de 31.000 a 34.000 anos atrás.
No passado, as semelhanças genéticas entre Neandertais e seres humanos foram associadas a dois cenários possíveis.
A primeira hipótese diz que certas populações humanas – aquelas que se tornaram os eurasiáticos modernos – evoluíram em locais isolados na África, o que lhes permitiu ficar geneticamente semelhantes aos Neandertais, mesmo depois de se separarem de seu ancestral comum compartilhado.
Uma outra hipótese, no entanto, sugere um cruzamento – ondas de reprodução entre humanos e Neandertais, que teriam ocorrido após os seres humanos migrarem da África.
Pesquisas anteriores já haviam mostrado que os europeus e os asiáticos têm alguns genes Neandertais em seu genoma – na verdade, muitos cientistas acham que os europeus e asiáticos herdaram entre 1 e 4% de DNA Neandertal, o que é muita coisa.
Isso parece apoiar a teoria do cruzamento, mas, até agora, os cientistas não haviam conseguido demonstrar definitivamente que essas semelhanças genéticas são o resultado de reprodução entre as duas espécies, ao invés de apenas um ancestral comum no passado.
Então, para descobrir qual hipótese genética estava correta, os cientistas do novo estudo utilizaram uma abordagem estatística.
“Nós fizemos muitas contas para calcular a probabilidade dos dois cenários diferentes”, disse Laurent Frantz, coautor do estudo e biólogo evolucionário da Universidade de Wageningen, na Holanda. “Nós fomos capazes de fazer isso através da divisão do genoma em pequenos blocos de comprimento igual, a partir dos quais nós inferimos genealogia”.
Os pesquisadores disseram que o novo método permite-lhes dizer que os seres humanos cruzaram com Neandertais com um alto grau de certeza.
Além disso, a técnica desenvolvida também pode ser usada para estudar a evolução de outros organismos com pouca amostra genética. A equipe havia na verdade criado esse método para estudar as populações de insetos da Europa e espécies raras de porcos no Sudeste Asiático.
Por fim, Frantz pensa que estes resultados, juntamente com os de estudos anteriores, devem servir para mudar teorias sobre a brutalidade da evolução humana – no passado, havia mais de uma espécie de hominídeo. No entanto, somos a única espécie humana que sobreviveu, e não se sabe ao certo como as demais se extinguiram.
“Houve uma série de argumentos sobre o que aconteceu com estas espécies”, diz o pesquisador. “Alguns pensam que elas foram mortas por nós, mas agora podemos ver que não é tão simples assim”. Frantz explica que, com toda a probabilidade, alguns Neandertais viveram em certas populações humanas e compartilharam suas vidas diárias. Então, pensar que a humanidade fez de tudo para destruir tudo o que era diferente da nossa espécie está, pelo menos parcialmente, incorreto. [NWN, TheVerge]

Fonte: http://hypescience.com/confirmado-fizem ... andertais/
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