Indice Gini e o tapa na cara da Ditadura!

Assuntos gerais que não se enquadrem nos fóruns oficiais serão discutidos aqui.
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Celão
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Re: Indice Gini e o tapa na cara da Ditadura!

Mensagem por Celão » 12 Mar 2015 14:53

Templo Jiu Jitsu escreveu:Claro hoje esta muito melhor, pros traficantes e homicidas é claro!
Pros porteiros, faxineiros, motoristas e seguranças das universidades federais não tá bom não. Essa elite privilegiada que ganha rios de dinheiro não pode impedir o avanço da pátria educadora.

Jornal O Globo:

Seis das dez maiores universidades federais do país já fizeram cortes por falta de verba

Outras três ainda farão ajustes devido a redução de repasses do MEC. Serviços de limpeza e de segurança são os mais afetados

Ou seja, vamos demitir os milionários que ganham muito e trabalham pouco em nossas universidades. Assim, diminuímos as desigualdades do nosso país e ainda ficamos bem na fita, ops,... no gini

http://oglobo.globo.com/sociedade/educa ... a-15569832" onclick="window.open(this.href);return false;

http://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil/" onclick="window.open(this.href);return false;

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JackmAtAll
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Re: Indice Gini e o tapa na cara da Ditadura!

Mensagem por JackmAtAll » 12 Mar 2015 18:29

Se estivéssemos em uma ditadura militar provavelmente o Brasil já seria um país de primeiro mundo e potencia.
Auditor de tretas

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Aquaman
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Re: Indice Gini e o tapa na cara da Ditadura!

Mensagem por Aquaman » 12 Mar 2015 19:11

Guilherme Wolverine escreveu:O índice de Gini precisa ser analisado dentro do contexto e cruzado com outros dados, assim como praticamente todos os indicadores econômicos.

Mas no âmbito social ele por si só demonstra muita coisa. Além desse mapa de violência da para comparar com mapas sobre mortalidade infantil, infectados com HIV, Produção Científica, etc.

Podem acontecer algumas discrepâncias de países deficitários na distribuição de renda terem um bom desempenho em alguns desses comparativos (a Índia é um dos exemplos mais fortes), mas nunca verá um país que tem um alto índice de Gini com mazelas como citei acima.
Dá uma olhada no meu primeiro post deste tópico que VC vai ver vários paises da África cheios de problemas com um excelente índice gini
O melhor momento para plantar uma árvore foi há 20 anos, o segundo melhor é agora.

Moicano wants MONEY!

[img]http://i.imgur.com/l1mI9Se.png[/img]

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Czar
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Re: Indice Gini e o tapa na cara da Ditadura!

Mensagem por Czar » 13 Mar 2015 03:22

"O índice de Gini não é suficiente para analisar sozinho"
Imagem

E qual índice é suficiente sozinho?

Dados sócio-econômicos são iguais a um painel de Boing, diferentes que se completam devido a capacidade de cada um retratar um diferente aspecto da realidade. Criticar o Gini por não ser suficiente é a mesma coisa que criticar o velocímetro por não ser suficiente...

O fato é que ele é um índice fundamental, que frequentemente é desconsiderado.

Falando da Ditadura, ela foi um retrocesso de décadas. Devolveu as instituições em entulhos, dívida colossal, hiper-inflação... Cruzando uma série de dados, vemos que de 95 até 2010, em que houve um significativa avanço em múltiplos aspectos, vemos que o maior feito foi colocar o país em patamares parecidos com os que haviam ANTES do golpe. Durante a Ditadura o salário mínimo perdeu por volta de 50% do seu valor. Em valores atuais, o salário mínimo de 64 era algo em torno de R$ 1.000,00.

Pra branquinho de elite e de classe média, ditadura deveria ser uma maravilha. Agora pergunte para quem vivia em zona rural, negros, moradores de periferia. Quem tiver a oportunidade, converse por alguns minutos com um militar ou policial aposentado que viveu nesse período, e pense se é isso que vc espere como política de Estado.

_________________

Sobre o atual governo, há um claro esgotamento. Hoje vivemos uma situação de fim de ciclo, e é difícil que a mesma gestão responsável por interromper a série histórica reestruture a matriz econômica. Dilma pegou um crescimento de 5% e para esse ano espere-se até uma retração de 2%. A "Nova Matriz Macroeconômica" do 1º mandato é uma das maiores merdas da história recente. Depois do Governo Maduro, o Governo Dilma é o mais desastroso do Ocidente nesta década.

Agora o ponto é: quem entrasse teria que fazer os reajustes. Quem ganhasse a eleição estaria sendo apedrejado agora. Eram favas contadas que preços administrados como a gasolina e a energia viriam com tudo. A merda maior é que muita coisa, como falta d'água e energia, greves, etc, não estavam previstas, e subestimaram a reação de muitos setores. Talvez até um milhão dos que estarão na rua domingo estarão protestando por esta patifaria envolvendo o FIES. Muito triste ver a situação da molecada que foi se matricular contando com o programa e ficou de mãos abanando. Além da situação de quem está tentando renovar e não está conseguindo. Tudo isso tende a tornar mais pesada e dramática a recuperação que se espera, lenta e gradual, após o impacto dos reajustes. Para ajudar ainda mais, temos Olimpíada ano que vem, que tende a trazer os mesmos efeitos que a porra da Copa trouxe ano passado - inclusive pela pressão nas contas públicas.

Hoje a solução passa por uma urgente e imediata reforma ministerial, tirar o ridículo Freddy Mercury e outros bostas do Governo - talvez a pior equipe da história da República - e colocar a coisa pra andar politicamente. Distensionar com o Congresso, e resolver metade do problema, que é político. Aí sim, ter base para encarar o problema econômico, que em grande parte, foi criado pela própria Presidenta. Estamos todos no mesmo barco, e o caos agora só piora as coisas. Que a sociedade seja ouvida, e que daí surjam de fato propostas concretas, coisas que precisamos urgentemente neste momento.
Editado pela última vez por Czar em 13 Mar 2015 03:29, em um total de 2 vezes.
"Hétero com orgulho" deve ser igual a um alcoólatra que está "limpo" há vários dias. O "hétero com orgulho" levanta de manhã, se olha no espelho, pega uma caneta, ou algo similar, e aí depois faz uma marquinha numa tabelinha com o nome "Dias sem dar o rabo". Dependendo da situação, sai gritando pela casa: - Que orgulho! Mas que orgulho, cara. Já são 15 dias sem dar o rabo. Que orgulho!

Essa é minha definição de "hétero com orgulho".

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Czar
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Re: Indice Gini e o tapa na cara da Ditadura!

Mensagem por Czar » 13 Mar 2015 03:25

Guilherme Wolverine escreveu:
Você leu o que postei?

Que poderiam ter algumas discrepâncias (e o Norte da Africa é muito mais desenvolvido que que vários países da América do Sul, Central e Asia por exemplo) dos países que não tem uma distribuição de renda eficiente, mas nunca veria o contrário, um país com um indice alto de distribuição de renda convivendo com os problemas que citei.

Seguem alguns mapas para comparação:

Imagem

Imagem
Perfeito! Podemos ir cruzando vários mapas deles e ver como eles se complementam.

E a sua assinatura é Top P4P nesse fórum.
"Hétero com orgulho" deve ser igual a um alcoólatra que está "limpo" há vários dias. O "hétero com orgulho" levanta de manhã, se olha no espelho, pega uma caneta, ou algo similar, e aí depois faz uma marquinha numa tabelinha com o nome "Dias sem dar o rabo". Dependendo da situação, sai gritando pela casa: - Que orgulho! Mas que orgulho, cara. Já são 15 dias sem dar o rabo. Que orgulho!

Essa é minha definição de "hétero com orgulho".

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msfazer
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Re: Indice Gini e o tapa na cara da Ditadura!

Mensagem por msfazer » 13 Mar 2015 11:32

Eu acho que as divergências sobre o indice surgem porque tem gente que associa poder de consumo a bem estar social.... Não estou dizendo que é errado fazer isso, é apenas uma forma de observar...
Eu, particularmente, acho de uma pobreza de alma absurda associar felicidade a consumo. Mas... cada manco com a sua muleta! As minhas muletas são outras....


Filho_da_D.Florinda escreveu:
Meu caro, creio que voce também não seja economista.
os estudos se referem ao muliplicador keynesiano que não tem absolutamente nada a ver com o Investimento que é diretamente relacionado a FBKF.
A forma de apuração do PIB é consolidado no mundo todo. Pegue um livro qualquer e leia o capítulo de identidades macroeconômicas para saber o absurdo de tal afirmação.

Então isso aqui é balela?

http://noticias.terra.com.br/brasil/pib ... aRCRD.html" onclick="window.open(this.href);return false;


Se sim, tem como explicar para um leigo como eu o motivo que essa observação é equivocada?


Abs!

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Hitmanbadass
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Re: Indice Gini e o tapa na cara da Ditadura!

Mensagem por Hitmanbadass » 13 Mar 2015 16:38

Filho_da_D.Florinda escreveu:
É sim, mas é acadêmico, maçante.
Quem tem boas indicações é o usuário Pain, que lê muitos livros de economia do que eu. Qualquer coisa mande um mp pra ele.




Quando o autor fala "investiu", "o investimento do governo no Bolsa Família", ele não está se referindo ao Investimento e sim a um sinônimo da palavra injetar.
Programas de transferência de renda ou benefícios assistencialistas são classificados como GASTO, pois não possuem relação com a POUPANÇA.

O texto está descrevendo o fenômeno da multiplicação Keynesiana, que por gerar fluxo de receitas acaba-o multiplicando.

Explicando de uma forma bem leiga:

Pense no Alfeganistão. Um país bastante "igual" de acordo com o índice de Gini, mas extremamente pobre.
Ali os moradores possuem uma renda bem baixa, que os incapacita de empreender, de criar negócios, ou outras formas de se obter uma renda extra.
Então se o governo resolve dar para uma parte da população um dinheirinho, esses beneficiados vão gastar no supermercado para matar a fome deles.
O dono do supermercado com uma demanda extra pelos seus produtos vai comprar mais produtos do seu fornecedor, ou contratar mais trabalhadores, ou abrir mais um mercadinho. Terão mais pessoas trabalhando na colheita, mais caminhoneiros, etc etc.

O multiplicador tem essa ideia. É o famoso: dinheiro gera dinheiro.

Todavia, há duas coisas que deve-se por na balança para verificar se esse tipo de política é eficaz. Quais são?
1. custo de oportunidade.
2. margem de crescimento.


Custo de oportunidade pois o multiplicador Keynesiano é válido para qualquer componente da renda. Então a poupança pública também sofreria o efeito multiplicador Keynesiano, caso o governo não tivesse feito os gastos públicos (obs: política de consumismo também é GASTO) .

Explicando melhor:
Na macroeconomia a gente diz que a poupança = investimento. Pense por exemplo que se a população aumenta sua poupança, os bancos podem fazer emprestimos bancários mais baratos ou com exigencias mais flexiveis e a população com condições de emprestímos mais vantajosos pode "criar mais capital" (os juros baixo do EUA são um dos grandes motivos de eles serem reconhecidos pela alta produtividade). Mesma coisa o governo que quando possui mais poupança pode financiar mais obras, criar bancos de fomento ao desenvolvimento e assim por diante. Assim como o Gasto público sofre o efeito do multiplicador, a poupança (investimento) também sofre. Então numa análise do custo de oportunidade, voce teria que comparar tais situações. Lembrando que o nível de investimentos voce pode verificar pelo PIB através do FBKF.

Segundo ponto é a margem de crescimento. Então voltando ao exemplo do supermercadinho veja que o gasto público no começo deu certo pois a cidade era tão miserável que havia margem para se crescer na região. Mas chega um momento que as pessoas param de aplicar o capital, pois as demandas foram todas atendidas. Por exemplo: na região comercial de SP tem uma loja chamada Lojão do Brás. Quando o dono abriu a loja ele tinha uma demanda enorme a ser atendida. Então ele contratou mais funcionários, diminuiu os preços, comprou mais balcões, cabides, espelhos e etc. Vendo que parte do público comprava em outras lojas por causa das filas enormes, o que ele fez? Comprou leitor de etiquetas, digitalizou o estoque, pagou treinamento para os funionários, comprou guiche eletronico e etc. Chegando num ponto ótimo ele parou de investir. Afinal, ele não venderia mais a partir de então, a não ser que A RENDA DAS PESSOAS AUMENTASSE.

Por isso que a política de consumo e distribuição de renda parou de funcionar depois de alguns anos. É o que a Dilma disse ontem: esgotaram-se os recursos (renda).

Aí voce pode me perguntar: o investimento (poupança) também não se esgotaria?
A resposta é não. E é daí que vem a grande diferença do crescimento por meio do GASTO X por meio do investimento.
O Gasto com o tempo se esgota e leva a inflação. O investimento leva à produtividade (que voce pode verificar pelos dados do Bureau Larbor Statistcs), pois está relacionado DIRETAMENTE ao CAPITAL. O aumento da produtividade atrai o capital estrangeiro que atrai tecnologia, investimentos transnacionais, faz com que o sistema não se esgote principalmente porque vivemos num mundo globalizado. Logicamente, o investimento pode levar a inflação também.

Bom, tentei explicar de forma bem leiga mesmo. Faltam muitos outros detalhes rsrsrs, mas creio que ajude um pouquinho.
Carai, bela explicação, sou um jumento pra essas coisas e entendi bem.

rockit
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Re: Indice Gini e o tapa na cara da Ditadura!

Mensagem por rockit » 13 Mar 2015 17:35

q bosta huauhauh pqp
blz.. esses grafico nao falam porra nenhuma
agora vou te dizer o seguinte irmao... vai la fazer uma compra, comprar qq porra, comprar um apartamento ahuhua
foda-se essa tabela... quem liga pra porra da desigualdade social????? isso eh engana troxa porra... masturbacao intelctual

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msfazer
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Re: Indice Gini e o tapa na cara da Ditadura!

Mensagem por msfazer » 13 Mar 2015 18:13

Filho_da_D.Florinda escreveu:
É sim, mas é acadêmico, maçante.
Quem tem boas indicações é o usuário Pain, que lê muitos livros de economia do que eu. Qualquer coisa mande um mp pra ele.




Quando o autor fala "investiu", "o investimento do governo no Bolsa Família", ele não está se referindo ao Investimento e sim a um sinônimo da palavra injetar.
Programas de transferência de renda ou benefícios assistencialistas são classificados como GASTO, pois não possuem relação com a POUPANÇA.

O texto está descrevendo o fenômeno da multiplicação Keynesiana, que por gerar fluxo de receitas acaba-o multiplicando.

Explicando de uma forma bem leiga:

Pense no Alfeganistão. Um país bastante "igual" de acordo com o índice de Gini, mas extremamente pobre.
Ali os moradores possuem uma renda bem baixa, que os incapacita de empreender, de criar negócios, ou outras formas de se obter uma renda extra.
Então se o governo resolve dar para uma parte da população um dinheirinho, esses beneficiados vão gastar no supermercado para matar a fome deles.
O dono do supermercado com uma demanda extra pelos seus produtos vai comprar mais produtos do seu fornecedor, ou contratar mais trabalhadores, ou abrir mais um mercadinho. Terão mais pessoas trabalhando na colheita, mais caminhoneiros, etc etc.

O multiplicador tem essa ideia. É o famoso: dinheiro gera dinheiro.

Todavia, há duas coisas que deve-se por na balança para verificar se esse tipo de política é eficaz. Quais são?
1. custo de oportunidade.
2. margem de crescimento.


Custo de oportunidade pois o multiplicador Keynesiano é válido para qualquer componente da renda. Então a poupança pública também sofreria o efeito multiplicador Keynesiano, caso o governo não tivesse feito os gastos públicos (obs: política de consumismo também é GASTO) .

Explicando melhor:
Na macroeconomia a gente diz que a poupança = investimento. Pense por exemplo que se a população aumenta sua poupança, os bancos podem fazer emprestimos bancários mais baratos ou com exigencias mais flexiveis e a população com condições de emprestímos mais vantajosos pode "criar mais capital" (os juros baixo do EUA são um dos grandes motivos de eles serem reconhecidos pela alta produtividade). Mesma coisa o governo que quando possui mais poupança pode financiar mais obras, criar bancos de fomento ao desenvolvimento e assim por diante. Assim como o Gasto público sofre o efeito do multiplicador, a poupança (investimento) também sofre. Então numa análise do custo de oportunidade, voce teria que comparar tais situações. Lembrando que o nível de investimentos voce pode verificar pelo PIB através do FBKF.

Segundo ponto é a margem de crescimento. Então voltando ao exemplo do supermercadinho veja que o gasto público no começo deu certo pois a cidade era tão miserável que havia margem para se crescer na região. Mas chega um momento que as pessoas param de aplicar o capital, pois as demandas foram todas atendidas. Por exemplo: na região comercial de SP tem uma loja chamada Lojão do Brás. Quando o dono abriu a loja ele tinha uma demanda enorme a ser atendida. Então ele contratou mais funcionários, diminuiu os preços, comprou mais balcões, cabides, espelhos e etc. Vendo que parte do público comprava em outras lojas por causa das filas enormes, o que ele fez? Comprou leitor de etiquetas, digitalizou o estoque, pagou treinamento para os funionários, comprou guiche eletronico e etc. Chegando num ponto ótimo ele parou de investir. Afinal, ele não venderia mais a partir de então, a não ser que A RENDA DAS PESSOAS AUMENTASSE.

Por isso que a política de consumo e distribuição de renda parou de funcionar depois de alguns anos. É o que a Dilma disse ontem: esgotaram-se os recursos (renda).

Aí voce pode me perguntar: o investimento (poupança) também não se esgotaria?
A resposta é não. E é daí que vem a grande diferença do crescimento por meio do GASTO X por meio do investimento.
O Gasto com o tempo se esgota e leva a inflação. O investimento leva à produtividade (que voce pode verificar pelos dados do Bureau Larbor Statistcs), pois está relacionado DIRETAMENTE ao CAPITAL. O aumento da produtividade atrai o capital estrangeiro que atrai tecnologia, investimentos transnacionais, faz com que o sistema não se esgote principalmente porque vivemos num mundo globalizado. Logicamente, o investimento pode levar a inflação também.

Bom, tentei explicar de forma bem leiga mesmo. Faltam muitos outros detalhes rsrsrs, mas creio que ajude um pouquinho.
Show de bola sua explicação, bastante coisa fica clara! Agradeço por sua dedicação em responder de forma tão didática! ^:)^

Então, achei interessante a passagem que vc fala da taxa de juros dos EUA e a parte de que investimento leva à produtividade e atraí capital estrangeiro... Lembra que sou leigo e me faltam os conceitos mais básicos, então, devo fazer algumas observações equivocadas conceitualmente.

Como os EUA conseguem manter a taxa de juros baixa sendo que eles são altamente endividados? Peguei essa figurinha aqui ainda há pouco:

Imagem

Quando o governo faz investimentos em infraestrutura, ele possibilita um crescimento mais sustentável, pois o país fica mais competitivo - acho que, inclusive, para um país que vive basicamente de exportar commodities isso é essencial. E nem nesse ponto chegamos, haja vista os inúmeros gargalos que temos no país.

Tem o aspecto social e de segurança alimentar: no Brasil, tínhamos um enorme contingente de pessoas que não tinham comida. Essas pessoas hoje podem comer - não vou discutir se isso acabou com o déficit nutricional severo que vitima essas pessoas.

O ideal é que uma coisa (gasto) não excluísse a outra (investimento). Que pudéssemos resolver o problema emergencial que são as pessoas sem acesso a alimentação mínima sem comprometer a capacidade de investimento do Estado, que sabemos que é reduzida.

Minha pergunta é: isso é possível de ser feito? O Estado gasta mal o dinheiro público, muito por conta da burocracia estatal, a corrupção e até a questão de funcionalismo público mal qualificado (tenho a impressão que isso talvez custe mais caro que a corrupção).


Sobre a questão de atrair capital estrangeiro: O Brasil está passando por um processo de desindustrialização que me parece ser um problema bem grave. Novamente, sou leigo no assunto, mas percebo que muitas empresas nacionais estão sendo compradas por empresas gringas, nosso ritmo de registro de patentes continua baixo, nosso sistema educacional forma EMPREGADOS, não empreendedores e a indústria mais sofisticada (automobilística, linha branca, eletrônicos...) é basicamente composta por players estrangeiros.

Isso é minimamente sustentável? Porque isso parece ser a mesma relação da margem de crescimento. Em vez de ser o mercadinho do Bras, vai ser uma Volkswagen... a renda das pessoas vai chegar num teto que as permita comprar os produtos que essas empresas estrangeiras fabricam. Entretanto, vai esbarrar num limite que nunca as permitirá empreender num mercado que beira um cartel.....
Vimos exemplos desse tipo quando as montadoras chinesas tentaram entrar no Brasil....


Novamente, valeu pela resposta e agradeço se vc puder esclarecer essas dúvidas!


Abs!

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