Ittocs escreveu: ↑01 Ago 2022 11:28
Com essas taxas de renda fixa acho até sem sentido aplicar na bolsa sem ter alcançado o teto do FGC, bancos como o C6 rendendo ipca +8,5, Xp não tão menos, acho improvável conseguir retornos superiores a isso no médio prazo com bolsa
Discussão muito válida.
Vamos trocar este IPCA por um pré-fixado de 15% para fins de comparação. Para ter um retorno de 100% eu precisaria de 05 anos (sem descontar I.R). Se a gente pegar, nominalmente, tantos os dados do ibovespa quanto do S&P, quando atingiu o fundo nas crises de 2000, 2008, 2020, veremos que no caso brasileiro o retorno de 100% sempre foi dentro de um período de 02 ano, enquanto o americano precisou de 05 anos na crise de 2000, e nas outras teve rentabilidade de 100% em menos de 02 anos. Obviamente, esta comparação é um tanto esdrúxula, pois ninguém vai ter aquele timing perfeito pra investir tudo bem no fundo da crise. Em contrapartida, com uma boa análise e paciência podemos montar uma carteira que supere e bem os índices da bolsa. Prio3 que muita gente surfou a onda teve retorno de + de 1000% desde a COVID.
Agora, uma coisa é certa a favor de quem prefere a renda fixa. A crise da 2008 zerou a inflação com a quebradeira, enquanto o da COVID não teve pressão inflacionária, o que ajudou muito pra uma recuperação recorde por meio do Q.E. Hoje, os Estados Unidos estão com uma inflação de 9%, que é assustador quando olhado historicamente. Se a recessão de fato se confirmar, a tendência desta vez é uma queda bem mais lenta, assim como uma recuperação mais lenta também. Por outro lado, pelo custo de oportunidade, quem estiver no tesouro SELIC para fins de liquidez, diminui e bem a desvantagem pros pré-fixados.