Mortalidade infantil chega a zero após Mais Médicos no Piauí

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AEGIS
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Mortalidade infantil chega a zero após Mais Médicos no Piauí

Mensagem por AEGIS » 07 Jan 2015 10:54

Mortalidade infantil chega a zero após Mais Médicos no Piauí

Programa ‘Mais Médicos’ zera a mortalidade infantil em municípios do Piauí. Médicos cubanos Olívia Rodriguez Gonzalez e Omar Diaz, professores da Universidade Che Guevara, em Cuba, comemoram o feito e pacientes brasileiros se dizem satisfeitos: “O médico cubano dá atenção a gente, pergunta, fica ouvindo, explica o que gente deve fazer, orienta os exames. Eu achei melhor do que os outros, já fui atendido por vários”

Os médicos cubanos Olívia Rodriguez Gonzalez e Omar Diaz, professores da Universidade Che Guerava, em sua cidade natal, Pina del Rio, em Cuba, estão trabalhando há um ano no do Posto de Saúde de Barras, na região Norte de Piauí, e sorriem quando falam da conquista em vida que obtiveram no trabalho da atenção básica.

“Há um ano não registramos nenhuma morte de criança e de gestante. Estamos sem mortalidade materna e infantil”, afirmam Olívia Rodriguez Gonzalez e Omar Diaz, no Posto de Saúde de Barras, atuando no Programa Mais Médicos, do Governo Federal.

Esta realidade de redução com a capacidade de zerar a mortalidade infantil e materna se espalhou nos municípios onde o Programa Mais Médicos foi implantando para oferecer atenção básica de saúde onde era difícil a permanência de médicos ou de número suficientes de médicos brasileiros para atender a população.

“Tem sido uma experiência muito boa. Encontramos uma comunidade muito carente, mas acolhedora, pessoas muito sensíveis, muito boas e necessitadas”, relata Olívia Rodriguez.

Segundo ela, as doenças mais frequentes são doenças respiratórias, doenças parasitárias, hipertensão, diabetes. Olívia Rodriguez e Omar Diaz fazem visitas domiciliares aos pacientes de Barras, que são programas e os pacientes atendidos são pessoas que não podem ir ao posto de saúde. São crianças com hidrocefalia, puérperas (mulheres que tiveram bebês recentemente), gestantes, hipertensos e idosos.

“Nós não temos mortalidade infantil, nem mortalidade materna. Temos registros de crianças e mães doentes, mas nenhuma chegou a óbito”, enfatiza Olívia Rodriguez, de tem 30 anos trabalhando como médica. “Isso é uma vitória”, comemora Omar Diaz.

Olívia Rodriguez e Omar Diaz afirmam que trabalhar é diferente de onde trabalharam antes com atenção básica na Venezuela, Paraguai e Paquistão, que não tinham uma rede constituída de atenção primária. “Na Venezuela não tínhamos nada, tudo era precária.

No Paraguai igual, não tinha rede implantada. No Brasil, nós temos uma rede de atenção básica de saúde, não temos médicos, mas temos uma rede criada. Nos outros países foram nós que criamos a rede de atenção primária”, falou Olívia Rodriguez.

Omar Diaz, 23 anos de formado em Medicina, sendo que oito anos trabalhando na Venezuela, avalia como muito boa a sua experiência de um ano em Barras.

“Temos encontrado uma população muito necessitada de atenção médica e todos são muito receptivos porque a população é muito receptiva com os médicos cubanos, fica muito contente com o nosso trabalho, muito compreensiva porque nós estamos ajudando a melhorar a saúde dessa população que estava carente de atenção”, falou Omar Diaz, que encontra crianças com baixo peso e desnutrição, mas não com desnutrição extrema.
Abraços e atenção ajudam na cura dos pacientes

Omar Diaz percebeu que muitos pacientes ficam curados mais rápido com um abraço, um cuidado mais afetuoso e fraterno. As pessoas ficam muito agradecidas.
Omar Diaz afirma que quando estão fazendo visitas domiciliares, os pacientes dizem que nunca um médico foram em suas casas. Pedem desculpas porque não podem oferecer refeição melhor, mas Omar Diaz e Olívia Rodriguez avisam que as famílias estão se alimentando com as mesmas refeições com que se alimentam.
“São pessoas muito carentes e quando vemos as pessoas acamadas e não podem caminhar, elas ficam muito contentes porque elas falam dos problemas de saúde que têm e nós também falamos muitas coisas. Essas pessoas ficam muito agradecidas”, fala Omar Diaz.
Omar Diaz afirma que abraçar e ouvir o paciente ajuda psicologicamente os doentes e em sua cura.
“As pessoas que estão acamadas ficam depressivas. A gente fala com elas, falamos que vão melhorar a saúde. Essas pessoas ficam psicologicamente animadas, é a palavra do médico animando o paciente. Isso ajuda na cura”, diz Omar Diaz.
“Tem pacientes que dizem que bastou o médico olhar e já melhoraram. Dizem: ‘esse médico me olhou e eu já me senti bem”, afirma Olívia Rodriguez.
“Quando o médico fala, conversa é muito importante para o paciente e também é muito importante o médico escutar o que o paciente fala. Isso é muito importante para a recuperação e melhorar ao paciente”, falou Omar Rodriguez.
Médica cubana faz terapia contra vício em medicamentos

A médica cubana Olívia Rodriguez Gonzalez iniciou um trabalho com 42 mulheres de uma comunidade da periferia de Barras com atividades fisioterápicas com 42 mulheres para que rompam o ciclo fármaco, vício de medicamentos para dormir, medicamentos ansiolíticos usados como tranquilizantes e contra ansiedade.
O ciclo fármaco é formado por medicamentos como o diazepan, rivotril, contra insônia, antidepressivos e ansiolíticos.
“O resultado é que as mulheres não tomam mais cinco medicamentos que tomavam, estão mais alegres, perderam peso. São 42 mulheres integradas nas atividades fisioterápicas”, falou Olívia Rodriguez.
O trabalho é realizado com mulheres do bairro Residencial Morada de Barras. São realizadas atividades físicas com as mulheres. A coordenadora de Atenção Básica de Barras, Saara Serafim, disse que o trabalho dos médicos cubanos é muito positivo no município.
“Foram muito bem recebidos pela comunidade. Hoje nós temos médicos pela manhã e tarde de segunda-feira a quinta-feira atendendo os pacientes da maneira adequada e a população está muito satisfeita.
Já estamos até ampliando a rede de atenção básica. Nós começamos com 17 equipes e nós estamos com 19. Graças a Deus estamos conseguindo isso porque, antes, nós tínhamos dificuldades com médicos porque eles só atendiam duas vezes na semana”, falou Saara Serafim, adiantando que chegou a ficar seis meses sem médicos para atender a população na atenção básica. Hoje Barras tem seis equipes do Programa Mais Médicos.
“A médica pergunta, fala e sorri”, diz vendedora em Piripiri

A lavradora e vendedora Maria Aparecida Ferreira, de 48 anos, estava sendo atendida no Posto de Saúde João Mariano dos Santos, no bairro Caixa D´Água, em Piripiri.
Ela vinha sendo atendida por um médico cubano que viajou de volta para Cuba e foi substituído por outra médica cubana, Maritza Duquen Labore.
Maria Aparecida Ferreira diz que os médicos cubanos dão atenção ao paciente, fazem perguntas, ficam ouvindo o que o paciente tem a dizer e sorriem.
“O médico cubano é melhor, ele dá atenção a gente, pergunta, fica ouvindo, o explica o o que gente deve fazer, orienta os exames. Eu achei melhor do que os outros, já fui atendido por vários médicos.
Os outros médicos não falavam, nem olhavam para a gente, não dava atenção, só escrevia no papel. O médico cubano ouve a gente, fala, sorri. Foi melhor, eu adorei”, falou Maria Aparecida.
A estudante do curso de Administração na Universidade Estadual do Piauí (Uespi) Laiana Moreira, de 25 anos, faz acompanhamento e controle de sua diabetes no Posto de Saúde no bairro Caixa D´Água, em Piripiri, e é atendida por médico cubano do Programa Mais Médico.
“O tratamento é mais adequado, o médico cubano dá atenção, avalia o nível de glicemia (taxa de açúcar no sangue), faz exames. A diferença entre os médicos cubanos e os outros é grande.
Eles são mais atenciosos. Dão mais atenção, perguntam o que a gente está sentindo, já os outros não, só passam os exames. Os médicos cubanos perguntam antes de pedir e autorizar os exames”, fala Laiana Moreira.

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Extraído de:

http://www.pragmatismopolitico.com.br/2 ... piaui.html" onclick="window.open(this.href);return false;
http://www.conversaafiada.com.br/politi ... -no-piaui/" onclick="window.open(this.href);return false;

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Galera, mal a colagem tosca .. vamos debater sensatamente... fiquei bem satisfeito com a notícia.. Em que pese os inúmeros problemas do programa, que precisam ser corrigidos, é um baita avanço e parece estar fazendo um bem geral à população mais necessitada.

e aí, o que acham?
"Nós somos o que fazemos repetidamente. A excelência, portanto, não é um ato, mas um hábito."

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Re: Mortalidade infantil chega a zero após Mais Médicos no P

Mensagem por RFAbdo » 07 Jan 2015 11:04

Moro em uma cidade relativamente bem estruturada do interior de SP, de bons índices (IDH-M 0,784 em 2010), e os médicos cubanos estão agradando. Obviamente, o impacto é menor pois o sistema de saúda é minimamente estruturado - pros padrões HUEBR, claro.

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Re: Mortalidade infantil chega a zero após Mais Médicos no P

Mensagem por codematrixbr » 07 Jan 2015 11:25

No meu estado, os médicos cubanos e bolivianos rs... são melhores que os brasileiros, que geralmente são filhos de outros médicos da região e mandaram os filhos para as piores faculdades do Brasil.
Essa é a verdade crm aqui só serve para proteger as cagadas homéricas que os médicos lixos fazem, e tentar ferrar com esses caras.
Um cubano receitou um remédio errado aqui e fizeram o maior escândalo, um médico cegou mais 20 pessoas com erro na cirurgia oftalmológica e ninguém fala nada.
Pais lixo do caralho.
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Re: Mortalidade infantil chega a zero após Mais Médicos no P

Mensagem por FCB » 07 Jan 2015 13:26

VagabondMusashi escreveu:Faz bem que haja medicos para os pobres em locais onde ninguem quer ir porque fica na casa do caralho e a prefeitura nao tem como oferecer grana o suficiente.

E faz bem que os cubanos possam sair fora daquele inferno.


Mas o principio esta errado: de pagarmos a uma ditadura para trazermos os seus medicos ( sob risco de serem mandados de volta a qualquer momento) que por sua vez recebem uma mixaria para trabalhar nas piores condicoes do Brasil. Isso eh trafico de escravos.
Exatamente o q eu penso.

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Re: Mortalidade infantil chega a zero após Mais Médicos no P

Mensagem por LucaSAN » 07 Jan 2015 17:28

Sou a favor dos médicos cubanos, mas a matéria leva ao erro.

A mortalidade infantil e materna não foi erradicada no Piauí, mas somente na área de atuação dos dois médicos em questão.

Pelo menos foi o que eu entendi. Além do que, não sei quantas mortes ocorreram no ano anterior para fazer uma comparação e avaliar de forma adequada.

De qualquer forma, se houve alguma melhora, qualquer que seja, é válida. Estão de parabéns.

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Re: Mortalidade infantil chega a zero após Mais Médicos no P

Mensagem por Vinicius SC » 07 Jan 2015 17:31

LucaSAN escreveu:Sou a favor dos médicos cubanos, mas a matéria leva ao erro.

A mortalidade infantil e materna não foi erradicada no Piauí, mas somente na área de atuação dos dois médicos em questão.

Pelo menos foi o que eu entendi. Além do que, não sei quantas mortes ocorreram no ano anterior para fazer uma comparação e avaliar de forma adequada.

De qualquer forma, se houve alguma melhora, qualquer que seja, é válida. Estão de parabéns.
Vim citar isso. Título tendencioso pra caralho.

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Re: Mortalidade infantil chega a zero após Mais Médicos no P

Mensagem por Gardenal_JJ » 07 Jan 2015 17:39

Mais um tapa na cara da elite mesquinha/egoosta e a mafia do cfm.

Noob
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Re: Mortalidade infantil chega a zero após Mais Médicos no P

Mensagem por Noob » 07 Jan 2015 18:11

Não sou contra o programa, sou contra o trabalho escravo. Fico impressionado como tem gente que ainda é favorável ao trabalho escravo, maldita elite mesquinha/egoista que só pensa nela.

Deveria ser um programa de imigração médica aberto ao mundo, oferecendo ótimo salário e benefícios.
“Tu, que descanso buscas com cuidado, no mar desta vida, tempestuoso, não esperes achar nenhum repouso, senão em Cristo Jesus crucificado “

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anazuS
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Re: Mortalidade infantil chega a zero após Mais Médicos no P

Mensagem por anazuS » 07 Jan 2015 18:42

É preciso que fique claro que o programa recebe médicos de vários países, não apenas cubanos. Temos argentinos, uruguaios, portugueses, espanhóis e até alemães. É importante ressaltar tb que antes da chegada desses médicos de outros países, a seleção foi aberta primeiro para médicos brasileiros. As cidades que ainda assim ficaram com carência de médico é que tiveram as vagas preenchidas por médicos estrangeiros. Antes mesmo da existência desse programa, algumas cidades do interior do rio grande do sul solicitavam a contrataçao de médicos uruguaios sem revalida, pois havia falta de médico, mesmo com oferta de salários altos. A explicaçao dada era que as cidades ficavam longe dos centros urbanos.
Infelizmente a nossa saúde obedece a uma lógica hospitalocêntrica que abre uma possibilidade maior que o médico lucre com o processo saúde/doença, seja prescrevendo remédios que os laboratórios indicam, com parcerias com farmácias de manipulação, solicitando exames desnecessários, entre outras práticas imorais e antiéticas.
O programa é fundamental uma vez que prioriza a atenção básica (primária), atuando com promoção e prevenção em saúde. Além de diminuir/erradicar a incidência de doenças, ainda desafoga os hospitais e ambulatórios. O trabalho se dá com postos regionais e visitas domiciliares e para esse tipo de trabalho não são necessários muitos recursos e os resultados são excelentes.
As entidades médicas encontram aí uma ameaça de mudança no atual modelo de saúde que gera muito mais lucro para os médicos através das práticas ilegais.

Carl
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Re: Mortalidade infantil chega a zero após Mais Médicos no P

Mensagem por Carl » 07 Jan 2015 20:17

anazuS escreveu:É preciso que fique claro que o programa recebe médicos de vários países, não apenas cubanos. Temos argentinos, uruguaios, portugueses, espanhóis e até alemães. É importante ressaltar tb que antes da chegada desses médicos de outros países, a seleção foi aberta primeiro para médicos brasileiros. As cidades que ainda assim ficaram com carência de médico é que tiveram as vagas preenchidas por médicos estrangeiros. Antes mesmo da existência desse programa, algumas cidades do interior do rio grande do sul solicitavam a contrataçao de médicos uruguaios sem revalida, pois havia falta de médico, mesmo com oferta de salários altos. A explicaçao dada era que as cidades ficavam longe dos centros urbanos.
Infelizmente a nossa saúde obedece a uma lógica hospitalocêntrica que abre uma possibilidade maior que o médico lucre com o processo saúde/doença, seja prescrevendo remédios que os laboratórios indicam, com parcerias com farmácias de manipulação, solicitando exames desnecessários, entre outras práticas imorais e antiéticas.
O programa é fundamental uma vez que prioriza a atenção básica (primária), atuando com promoção e prevenção em saúde. Além de diminuir/erradicar a incidência de doenças, ainda desafoga os hospitais e ambulatórios. O trabalho se dá com postos regionais e visitas domiciliares e para esse tipo de trabalho não são necessários muitos recursos e os resultados são excelentes.
As entidades médicas encontram aí uma ameaça de mudança no atual modelo de saúde que gera muito mais lucro para os médicos através das práticas ilegais.
Caro colega forista,
Ou vc é ptista ou mal informado. A sua visão de como a saúde pública se desenvolve é totalmente deturpada. Os médicos não vão para o interior pq eles não têm NENHUMA garantia por parte do governo de que se possa exercer uma medicina com a qualidade que um ser humano merece. Quem já foi atendido em hospital particular e do SUS vê nitidamente o abismo de estrutura entre os 2. A grande briga entre médicos e governo no programa Mais Médicos é que os cubanos em questão não são médicos. Eles são técnicos em medicina (agentes de saúde), inclusive em Cuba. Muitos deles não sabem prescrever uma dipirona.
No Brasil a ANVISA exige que hospitais particulares tenham tudo do bom e do melhor ou qq coisinha fora do lugar, fecham o hospital. Se vc já foi num hospital do SUS sabe como é: mofo nas paredes, pctes jogados no chão sem macas, hospitais sem luz e sem gerador...
Os únicos médicos que aceitam ir para esse interior do MM são os escravos cubanos pois são obrigados, e mesmo assim muitos já desistiram.
É melhor se informar melhor e não apenas repetir o mantra governista. Se o governo quisesse médicos no interior, era só fazer um concurso com esse salário de R$10mil (que dizem pagar pros cubanos) que choveria médico fazendo o concurso. Só que na vida real, os salários oferecidos são às vezes de menos de R$1mil reais.
Se quiser conversar de saúde pública de uma forma sadia, estamos aí!
Abs

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anazuS
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Re: Mortalidade infantil chega a zero após Mais Médicos no P

Mensagem por anazuS » 07 Jan 2015 21:10

Carl escreveu: Caro colega forista,
Ou vc é ptista ou mal informado. A sua visão de como a saúde pública se desenvolve é totalmente deturpada. Os médicos não vão para o interior pq eles não têm NENHUMA garantia por parte do governo de que se possa exercer uma medicina com a qualidade que um ser humano merece. Quem já foi atendido em hospital particular e do SUS vê nitidamente o abismo de estrutura entre os 2. A grande briga entre médicos e governo no programa Mais Médicos é que os cubanos em questão não são médicos. Eles são técnicos em medicina (agentes de saúde), inclusive em Cuba. Muitos deles não sabem prescrever uma dipirona.
No Brasil a ANVISA exige que hospitais particulares tenham tudo do bom e do melhor ou qq coisinha fora do lugar, fecham o hospital. Se vc já foi num hospital do SUS sabe como é: mofo nas paredes, pctes jogados no chão sem macas, hospitais sem luz e sem gerador...
Os únicos médicos que aceitam ir para esse interior do MM são os escravos cubanos pois são obrigados, e mesmo assim muitos já desistiram.
É melhor se informar melhor e não apenas repetir o mantra governista. Se o governo quisesse médicos no interior, era só fazer um concurso com esse salário de R$10mil (que dizem pagar pros cubanos) que choveria médico fazendo o concurso. Só que na vida real, os salários oferecidos são às vezes de menos de R$1mil reais.
Se quiser conversar de saúde pública de uma forma sadia, estamos aí!
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Eu sou profissional do SUS. Trabalho numa cidade limítrofe à capital do estado (mais ou menos 1h do centro da capital do RJ) e mesmo não sendo um município tão distante, ficamos mais de 1 ano sem psiquiatra na unidade em que trabalho. A prefeitura oferecia um contrato de 16h, pagando pouco menos de 5 mil reais. Ainda assim ficamos sem psiquiatra e só conseguimos médico porque uma médica concursada aceitou fazer dobra e ocupar a vaga.
A sua resposta vai ao encontro do que eu disse anteriormente: a lógica do modelo hospitalocêntrico quando se pensa em saúde.
A maioria desses médicos (cubanos ou não) foi trazida para trabalhar com atenção básica, onde não é necessária uma grande estrutura para atendimento, realizado em UBS e no território, com consultórios de rua, visitas domiciliares e outras ações de promoção, proteção e prevenção em saúde. Esse tipo de trabalho que vai fazer diminuir a incidência e prevalência de doenças e mortalidade. O processo saúde/doença é pensado sob outra ótica, com uma compreensão ampliada e abrangente. É a proposta da ESF para mudar o modelo assistencial predominante, com atendimentos emergenciais e em grandes hospitais. É justamente a descentralização, territorialização e trabalho em rede que são os objetivos do trabalho da atenção básica. Infelizmente os médicos não são formados com essa perspectiva e olham a saúde apenas com a lógica ambulatorial.
Vc disse que os cubanos não são médicos. E os profissionais de outras nacionalidades que trabalham no programa?
Quando vc diz que o governo não oferece garantias e bons salários, imagino que vc esteja falando do âmbito municipal. E na verdade não é bem assim. Alguns exemplos: http://www.gazetadopovo.com.br/vidaecid ... id=1245695" onclick="window.open(this.href);return false;
http://www.omeufuturo.com.br/blog/2013/ ... ade-de-rs/" onclick="window.open(this.href);return false;
Vídeos com um pouco do trabalho realizado pelos estrangeiros aqui no Brasil

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Re: Mortalidade infantil chega a zero após Mais Médicos no P

Mensagem por brunodsr » 07 Jan 2015 21:22

A chegada de médicos resolve muita coisa. Mas por si só não é o suficiente. Os hospitais públicos vivem lotados (independente da especialidade). Fora que é penoso conseguir uma consulta. Realizar um exame então, nem se fala.

Falta mesmo é investir pesado em programas de medicina preventiva, como o PSF de antigamente. Fora o tanto de acidente de trânsito (viva os motoqueiros vida loka) e de trabalho (zona rural mesmo é tenso).

A minha sogra trabalhava no setor de trauma do Hospital da Restauração, aqui em Recife/PE. As histórias que ela contava eram tensas demais. Médico que abandonava o posto pra dormir ou simplesmente não ia. Falta de medicamentos. Aparelhos enferrujados e sala cheia de bolores (um foco imenso de bactérias). E olhe que é o hospital referência daqui.
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Re: Mortalidade infantil chega a zero após Mais Médicos no P

Mensagem por AEGIS » 07 Jan 2015 23:45

Anasuz pelos primeiros comentários pesquei que tu trabalhava na área.

Repito o que disse, precisavam melhorar algumas coisas mas parece, de longe, ser uma ação de governo que está dando certo, realmente fico feliz pela população.
Editado pela última vez por AEGIS em 02 Nov 2018 21:40, em um total de 1 vez.
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Re: Mortalidade infantil chega a zero após Mais Médicos no P

Mensagem por Jappz » 08 Jan 2015 00:57

AEGIS escreveu:Anasuz pelos primeiros comentários pesquei que tu trabalhava na área.

Repito o que disse, precisavam melhorar algumas coisas mas parece, de longe, ser uma ação de governo que está dando certo, realmente fico feliz pela população.

E digo mais, se for para continuar essa palhaçada de nego não querer ir para interior, mesmo com 20k, que fiquem o tempo que quiser os profissionais do "Mais Médicos".
Amigo, eu sou um estudante de medicina, to começando o 4º ano agr, e vou falar para todos, a maioria dos alunos da minha turma iria facilmente trabalhar no interior. Eu sou do interior, a saude aqui é muito boa, qualquer medico viria trabalhar em uma cidade como a minha, e nao precisa pagar esses 20k que vc esta falando. So q eu te digo uma coisa, me mostre um medico que vai querer ir trabalhar em uma cidade do interior, sem a minima estrutura para ele poder fazer o seu trabalho? Vc iria trabalhar em algum lugar sabendo que iria faltar tudo pra vc poder fazer seu trabalho bem feito, sem nada de infra estrutura e vc teria que ficar vendo uma população toda sofrer enquanto vc fica de maos atadas?
Na boa, nem eu ou meus colegas estamos preocupados com esse programa, a iniciativa é boa, levar medicos para lugares carentes, mas do q isso adianta sem ter um sistema de saude estruturado? Quanto a qualidade do atendimento, pode ter ctz q como em todo lugar do mundo, existem medicos bons e ruins, e o mercado se encarrega de selecionar os melhores. Agr quanto ao dinheiro ir todo pra Cuba e os caras ficarem aqui como escravos, isso eu nem preciso comentar...
Outro ponto que eu vejo muito é a galera colocando a imagem do medico brasileiro como mercenario, como o vilão da historia. Na boa, será que so existem medicos corruptos nesse pais? Vamos abrir os olhos e ver todo o nosso cenario, existem sim medicos corruptos, existem medicos mercenários, mas garanto que em todas as areas existem "profissionais" assim, infelizmente, e garanto que a grande maioria nao é assim! Outra coisa que escutei esses dias era que medico ganha demais! Na boa, na minha formação eu vou ter q estudar mais de 8 mil horas, depois disso quero fazer uma residencia, o que vai me custar no minimo mais 3 anos, vou ter q estudar minha vida toda para me manter atualizado, sem falar em 2 anos de cursinho que fiz para passar no vestibular, entao nesse tempo eu ja gastei 11 anos para minha formação, pra vir alguem e me falar uma merda dessas?
Me desculpem por esse breve desabafo, mas so quem ta na area sabe o que tem q passar para depois ser julgado por coisas que outros fizeram, por pessoas que muitas vezes não tem total conhecimento do que estão falando ou de como esta a atual situação da saude publica no país. Abraços

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King James
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Re: Mortalidade infantil chega a zero após Mais Médicos no P

Mensagem por King James » 08 Jan 2015 02:03

Esse programa foi uma das poucas coisas boas que Dilma fez no mandato dela.
O mimi dos medicos é hilário.

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