Entendo. Nesse caso, você precisa perdoar a si mesmo. Não somos perfeitos, nem sempre seremos pais perfeitos, nem sempre nossos filhos serão perfeitos. Percebe-se que você reconheceu que errou, mas também percebe-se que ainda não se perdoou. Se acha que errou, peça perdão, se perdoe e apenas tente acertar.Currador do Futuro escreveu: ↑13 Abr 2021 22:33Cara, eu perdoei. De coração.
Mas toda vez que eu piso na bola e repito o padrão, aquilo volta, e eu fico apavorado de agir igual, por saber que é humilhante, doloroso (na alma) e quebra os vínculos.
Meu pai soube transformar o relacionamento de pai em amizade, ficou uma pegada bacana, um ancião, era bom demais, que falta do meu velho. Minha mãe até hj quer me tratar de forma infantilizada, quer um tipo de carinho e afeto que não tinhamos e isso é estranho demais, não é nada natural e não sei disfarçar. Ainda assim, eu perdoei tudo, apesar de não dar chance para influencias na educação do meu Filhote.
Parece drama da minha parte, mas perdi a linha umas 3x, uma foi um peteleco na bunda dele qdo ele chutou meu saco enquanto eu trocava a fralda dele (pra ele era farra), outra foi ele dar a paulada com a vassoura de brinquedo no vidro na minha cervejeira (tentou abrir e eu tirei ele, ele voltou puto) peguei a vassourinha e deu uma de leve no bumbum dele.
Ficou marcado. Senti vergonha. Minha esposa foi trocar a fralda dele. Viu a marca. Sério, em 10 anos de casado, nunca ela me olhou daquela forma, uma mistura de medo, ódio, nojo etc. Foi um dia chocante para mim, não pelo olhar, mas pela repercussão. Não é compatível com a educação que eu insisto em combinar e repetir com minha esposa, e eu não fiz o combinado.
Essas falhas acabam comigo.
Eu já cometi alguns erros, não de bater pra machucar, já dei uns puxão de orelhas, uma pegada no braço mais forte, isso nem considero erros tão graves, mas o que eu preciso me controlar mais é com relação ao tom de voz, as vezes eles aprontam e um me vejo obrigado a falar mais alto (gritar mesmo), mas acabo me arrependendo da forma como os tratei.
Minha esposa outro dia compartilhou um texto antigo sobre maternidade, pode servir como reflexão para nós pais também. Deixo aí em spoiler: