No estudo da história, eu gosto de lembrar que, embora a indústria e a tecnologia resultante sejam um fenômeno recente, o cérebro humano já há muito evidencia uma programação que, em todas as formas e padrões, é similar ao nosso próprio modo e pensamento. Do advento da linguagem ao progresso que obtemos hoje (e cada vez mais), nunca houve um grande salto evolutivo. Todos os avanços, o resultado do esforço prévio que outros empenharam e foram levados adiante por nós em uma cadeia contínua que se estende por milhares de anos.
Essa música é baseada em uma das figuras mais curiosas, obscuras e controversas da história, o Faraó Akhenaton, em que, para muitos estudiosos, figura em uma condição análoga (ou próxima, como especulou Freud) na realidade à de uma entidade bastante conhecida dentro do ideário religioso e imaginário popular como um todo: o Moisés bíblico!
Embora não haja nenhuma relação vestigial conhecida entre o Faraó e a fundação das religiões abraâmicas, seu texto (atribuído) é um dos primeiros – e mais particularmente sublimes – exemplos conhecidos de gênese religiosa.
Grande Hino a Aton: https://br1lib.org/book/6116475/7f2bf3