“Os Vingadores” judeus que mataram centenas de nazistas

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PHDookie
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“Os Vingadores” judeus que mataram centenas de nazistas

Mensagem por PHDookie » 06 Jan 2016 22:05

Após a Segunda Guerra Mundial, a maioria dos nazistas responsáveis pelo Holocausto escapou de qualquer punição e viveu o resto de suas vidas em paz. Ou melhor, quase isso.

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Para muita gente, este não era um final feliz. Muitas vítimas queriam ver justiça sendo feita – e, como isto não ocorreu, decidiram levá-la a cabo com suas próprias mãos.

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Estes vingadores não eram super-heróis como o grupo do filme de Hollywood com o mesmo nome. Abba Kovner (na foto acima, à direita) e o grupo Nokmim (hebraico para “Vingadores”) decidiram tomar uma providência sozinhos. Ao longo de vários anos e em vários continentes, os vigilantes judeus perseguiram e mataram centenas de ex-nazistas.

Apesar de ter havido os Julgamentos de Nuremberg, processos judiciais bem divulgados, mais de 13 milhões de homens que contribuíram para o Holocausto não receberam nenhum tipo de punição.

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Estes eram agentes da Gestapo e guardas da SS que tinham invadido casas, arrastado cidadãos aterrorizados para a rua, e assassinado e torturado milhões de judeus. No entanto, quatro anos depois da Alemanha se render, apenas 300 desses homens haviam sido presos.

Os Aliados haviam decidido que não valia a pena gastar tempo, dinheiro e esforço para reunir e processar o que era essencialmente toda a população masculina da Alemanha Ocidental. Em suma, estes homens se livraram de qualquer consequência, mesmo tendo cometido genocídio.

Abba Kovner, um sobrevivente do Holocausto que tinha escapado de Vilna Ghetto através do sistema de esgoto, resolveu fazer algo à respeito. Logo que conseguiu fugir do seu campo de concentração, se juntou a um grupo de combatentes da resistência e lutou contra os nazistas, liberando o próprio local onde tinha sido preso.

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Anos mais tarde, ele ajudou milhares de judeus a emigrar para a Palestina e a lutar na guerra de independência de Israel, além de se tornar um célebre poeta. Antes disso, no entanto, Kovner planejou vingança contra os nazistas que tinham chacinado seis milhões de seu povo.

Em 1945, Kovner se tornou o líder de um grupo judaico de vigilantes conhecidos como Nokmim (ou Nakam). Os “Vingadores” vinham de todas as esferas da vida e ideologia, desde o comunismo ao judaísmo ortodoxo. Nem todos eram sobreviventes do Holocausto. Muitos eram anteriormente membros de uma unidade especial britânica conhecida como a Brigada Judaica que usou suas conexões militares para obter vantagens. Apesar de suas origens diferentes, todos tinham uma coisa em comum: queriam matar alguns nazistas.

Durante a primeira fase de suas operações, os Vingadores caçaram nazistas um por um. Disfarçando-se como policiais, eles faziam detenções falsas, mas, como o esperado, essas pessoas nunca iam para nenhuma cela.

Muitas vezes, os Vingadores invadiam casas de homens que trabalhavam nos campos de extermínio e os enforcavam em suas garagens, encenando seus assassinatos como suicídios. E ninguém parecia notar que um número estranhamente elevado de ex-nazistas começaram a aparecer mortos nas laterais das rodovias, cobertos de marcas de pneus.

Os Vingadores eram tão hardcore que uma vez até se infiltraram em um hospital e injetaram um agente inválido da Gestapo com uma seringa cheia de querosene.

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Eles não estavam de brincadeira. Viajaram o mundo da Europa à América do Sul fazendo vingança a moda antiga contra os homens que os tinham massacrado.

No entanto, Kovner não estava satisfeito em exterminar alguns nazistas aqui e ali. Ele acreditava no “olho por olho, dente por dente”, e queria vingança em uma escala muito maior. Os nazistas mataram seis milhões de judeus? Bem, os Vingadores iriam matar seis milhões de alemães.

Abastecido por puro ódio, Kovner e seus companheiros desenvolveram um esquema para envenenar o abastecimento de água em Munique, Berlim, Weimar, Nuremberg e Hamburgo. Enquanto seus homens planejavam os detalhes da operação, Kovner foi para Israel e pediu ao futuro presidente Chaim Weizmann para dar assistência.

Supostamente, Weizmann ajudou Kovner a adquirir veneno para o trabalho (apesar de haver debate sobre se Kovner realmente explicou a Weizmann o que estava planejando), mas, felizmente, a maioria dos líderes israelenses ficaram horrorizados com o plano do vingador. Eles alertaram autoridades britânicas da situação, e Kovner foi preso.

No entanto, os Vingadores tinham um plano B. Sob nova liderança, a organização decidiu se infiltrar no campo de prisioneiros Allied Stalag 13 em Nuremberg. Se eles não podiam matar seis milhões de civis, iriam envenenar vários milhares de prisioneiros de guerra alemães.

O grupo decidiu envenenar 3.000 pães da padaria que servia à prisão, evento que aparentemente ocorreu em abril de 1946. A história não é clara sobre o que aconteceu a seguir.

Um artigo de 20 de abril do mesmo ano do jornal americano New York Times mencionou que 1.900 prisioneiros de guerra alemães tinham sido envenenados. No entanto, fontes discordam sobre quantos realmente morreram. Enquanto alguns afirmam que as mortes atingiram mais de 1.000, a maioria acredita que os Vingadores foram apenas bem sucedidos em matar cerca de 300 presos.

O grupo seguiu em sua busca por vingança até a década de 1950, embora não tenham cometido outro ataque em massa. Eventualmente, se desfez, seus membros seguiram caminhos separados, e sua história desapareceu.

fonte: http://hypescience.com/nokmim-a-histori ... -nazistas/

PHDookie
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Re: “Os Vingadores” judeus que mataram centenas de nazistas

Mensagem por PHDookie » 06 Jan 2016 22:07

Os verdadeiros bastardos inglórios


Abba Kovner tinha 23 anos quando foi confinado num gueto da Lituânia, em 1941. Ele liderou uma revolta, fugiu para a floresta vizinha e combateu os alemães ao lado da mulher, Vitka. Após a guerra, integrou um esquadrão de judeus que envenenou milhares de nazistas. O nome do grupo: Vingança.

Kovner não foi o único a reagir como no filme de Quentin Tarantino. Durante a ocupação alemã, 25 mil judeus se refugiaram nas florestas da Europa Oriental e viraram guerrilheiros - os partisans.

"Ser um partisan judeu era se sentir sozinho contra todos. Os nazistas queriam te matar. Os soviéticos te odiavam e a população local também. Não tínhamos casa nem comida. E, mesmo se vivêssemos, para onde retornar?", diz Shalom Yoram num documentário da TV americana PBS. Yoram tinha 17 anos quando correu para os bosques da Polônia, depois de ver os alemães matar seus pais.

Havia guerrilhas só de judeus, mas muitos se uniram a brigadas comunistas ou grupos de ex-soldados soviéticos que ficaram no Leste Europeu quando a região caiu sob domínio alemão. "Nosso grupo tinha 400 pessoas e 30 rifles. Já os russos tinham muitas armas, mas não nos davam nenhuma. Então nós roubávamos deles", diz a polonesa Eta Wrobel.

Partisans como Frank Blaichman lutaram contra os nazistas. Outros, como Túvia Bielski, priorizaram o resgate de judeus. Juntos, eles descarrilaram trens inimigos, sabotaram usinas, instigaram levantes e contrabandearam judeus para fora da Europa. Veja a seguir.


Os inquisidores

Eles eram refugiados europeus, a maioria judeus alemães, que migraram para os EUA e retornaram à Europa com uniforme americano para enfrentar os nazistas. Treinados em inteligência militar no campo de Ritchie, em Maryland, sua missão era interrogar os militares alemães que tinham sido presos durante a guerra. "Eu queria tomar parte nessa guerra. Sentia raiva pelo que acontecera com a Europa e os judeus", diz Guy Stern, que fugiu da Alemanha aos 15 e perdeu toda a família. Stern e seus colegas conheciam o idioma e a psicologia do inimigo - e foram decisivos para quebrar seu moral e obter informações para os aliados.


O detonador

Misha Gildenman fugiu com o filho do gueto de Korets, na Ucrânia, e montou um grupo partisan na floresta. Um de seus principais "soldados" era um garoto de 12 anos, Mordechai "Mótele" Shlayan, único sobrevivente de sua família. Loiro, Mótele se fazia passar por polonês e entretinha os nazistas tocando violino num restaurante da cidade de Ovruch. Mal sabiam que ele roubava explosivos na caixa do instrumento e os escondia no porão do restaurante. Em 1943, depois de almoçar como de costume, Mótele fez o lugar voar pelos ares.


O vingador

Em 31 de dezembro de 1941, 150 jovens se reuniram num refeitório do gueto de Vilna, na Lituânia. Fingindo celebrar o Ano-Novo, eles planejaram uma rebelião. Dois terços dos 60 mil judeus da cidade haviam sido mortos, e eles sabiam que seriam os próximos. "Não nos deixemos levar como ovelhas ao matadouro", dizia o líder Abba Kovner. "Estamos fracos, mas a única resposta ao assassino é pegar em armas." Pistolas e munições valiam fortuna no mercado negro, e os judeus mais velhos se opunham à resistência com medo dos nazistas. Ainda assim, os jovens fundaram a Organização Partisan Unida (FPO) com o apoio de guerrilhas comunistas da floresta de Rudniki. Escondiam as armas em paredes, sob o chão e em fundos falsos de baldes. Ser pego com uma delas era morte certa. A revolta explodiu em 1943, quando os alemães liquidaram o gueto. Mas a FPO viu que não tinha chance e fugiu para a floresta, onde se aliou a partisans lituanos. Kovner e sua mulher, Vitka, combateram até a derrota alemã. Depois caçaram nazistas no esquadrão Nakam ("Vingança"), que pincelou arsênico no pão de milhares de alemães que tinham sido detidos como prisioneiros de guerra. Estima-se que a ação deixou entre 200 e 800 mortos.


Os castigadores

O polonês Frank Blaichman comeu neve nos primeiros dias que se escondeu na floresta de Parczew, em 1942, enquanto a família era enviada às câmaras de gás. Aos 17 anos, ele entrou para uma guerrilha de 100 judeus que dormiam em abrigos cavados na terra. Tinham ao todo 6 revólveres. "Uma noite, fui buscar água com um amigo e ao voltar o acampamento estava queimado. Dias depois, capturamos os dois colaboradores que nos denunciaram aos nazistas. E os castigamos, como tinha que ser", diz Blaichman. Ele e os outros sobreviventes se juntaram à guerrilha de Samuel Gruber, 26, um ex-oficial do Exército polonês. E o grupo se aliou ao clandestino Armia Ludowa (exército popular polonês), que lhe forneceu granadas, minas, metralhadoras, armas antitanques e munição. Arsenal suficiente para atacar quartéis e comboios alemães, explodir pontes, cabos de comunicação e linhas de trem que levavam ao front. Um dia, Gruber visitou um camponês e viu uma judia de uns 5 anos em sua cozinha. O sujeito disse que a encontrara na rua e a entregaria aos alemães em troca de 1 quilo de açúcar, como era de praxe. Do contrário, os poloneses o delatariam por esconder judeus. "Eu então disse aos camponeses que a menina ficaria duas semanas na casa de cada um deles. E adverti que queimaríamos a vila se a entregassem", diz Gruber. "Ela sobreviveu e emigrou para Tel-Aviv. "A maioria dos judeus partisans não teve a mesma sorte: acabou morta em batalhas, ou de fome. Poucos restaram para falar do tempo em que eram bastardos. "Mas, em vez de ser sub-humanos, como os nazistas nos diziam, nós os atacamos", diz Shalom Yoram. "Não era o prazer de matar, e sim de vingar."


Os salvadores

O lavrador Túvia Bielski conhecia como poucos os matagais da Bielo-Rússia. Foi ali que ele e seu irmão Alexander salvaram 1 200 judeus. Do total, 75% eram velhos, mulheres e crianças. E só 20% do grupo estava armado. Esses faziam tarefas de proteção, inteligência, sabotagem, saqueio de comida e busca de fugitivos dos guetos. Para despistar os nazistas, o grupo se movia em unidades de 25 membros. "Não tenham pressa em lutar e morrer. Salvar um judeu é mais importante que matar alemães", dizia Túvia. Na última fase, em 1944, o acampamento tinha escola, sapataria e fábrica de sabão. Só 50 pessoas morreram, enquanto nas outras guerrilhas nem a metade sobrevivia.


fonte: http://super.abril.com.br/historia/os-v ... -inglorios

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Re: “Os Vingadores” judeus que mataram centenas de nazistas

Mensagem por terroso » 06 Jan 2016 23:02

Histórias fodas, não conhecia as mesmas.

Victor Martins
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Re: “Os Vingadores” judeus que mataram centenas de nazistas

Mensagem por Victor Martins » 06 Jan 2016 23:46

Daqui a pouco chega o pessoal do: ''Hitler era bonzinho e injustiçado pelos livros de história''

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Re: “Os Vingadores” judeus que mataram centenas de nazistas

Mensagem por brunodsr » 06 Jan 2016 23:50

Uma coisa que eu aprendi depois de ler vários livros sobre a guerra: "os mocinhos sempre vencem".
"Ser famoso na Internet vale tanto quanto ser rico no Banco Imobiliário." by NoFun
"Você fala uma mentira na TV e 100 milhões de pessoas te assistem. Depois, três artigos te desmentem e cinco mil pessoas lêem." by César Benjamin

Violence
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Re: “Os Vingadores” judeus que mataram centenas de nazistas

Mensagem por Violence » 07 Jan 2016 00:39

Victor Martins escreveu:Daqui a pouco chega o pessoal do: ''Hitler era bonzinho e injustiçado pelos livros de história''
kkkkkkkkkkkkkkk O clima aqui no fórum tá anos 90, mas acho que não chega a esse ponto, não. kkkkkkkkkkk

Mas falando sério agora, existe um movimento de revisionismo histórico aqui no Brasil, como eu acredito que exista em outros países também, que chega a dizer que o extermínio em massa e as câmaras de gás nunca existiram.

Eu, particularmente, acredito na versão oficial sobre o holocausto, mas é sempre interessante ver a argumentação do outro lado, até pra reforçar nossas idéias.

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Re: “Os Vingadores” judeus que mataram centenas de nazistas

Mensagem por PHDookie » 07 Jan 2016 00:50

E interessante os vários relatos as visões. Tem um autor chamado Anthony Beevor e os livros dele sobre a segunda guerra são legais d+++. Mostra a crueldade, a bondade e a politicagem dos dois lados. Infelizmente a uma corrente ignorante q não gosta q as histórias sejam revistas e novas coisas sejam descobertas.

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Marcelo BJJ
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Re: “Os Vingadores” judeus que mataram centenas de nazistas

Mensagem por Marcelo BJJ » 07 Jan 2016 06:57

Discovery Channel tem uma série sobre esses caras. Só escrever no YouTube "caçadores de nazistas" que aparecem vários vídeos.

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