Rapaz, tem até juiz no fórum....General Moscardo escreveu:Vou lhe dar minha experiência própria
Eu ODIAVA a faculdade de Direito, porém não sabia do que eu gostava
Tive uma grave crise e entrei em depressão
Comecei a faltar bastante as aulas, inclusive as provas, o que me levou a reprovar no terceiro ano
Daí a coisa piorou de uma vez por todas
Basicamente eu abandonei o curso. Não TRANQUEI, simplesmente abandonei mesmo. Então o prazo pro jubilamento (8 anos) continuou correndo.
Depois de três anos eu finalmente tive ânimo pra voltar.
Veja, é algo bastante difícil. Eu era visto como um completo vagabundo pelos outros alunos. Tiravam sarro de mim, aquele sarro que vc vê que é por maldade, de gente que quer se fazer em cima do seu fracasso. Sentia-me mal só de passar em frente a faculdade, juro a você.
Mas não sei como, voltei. Comecei a fazer um tratamento psiquiátrico e melhorei bastante. No quinto ano eu tinha 15 matérias pra cumprir, contando com as optativas. Nunca fiz um estágio durante a faculdade. Não ia nem as aulas, quem diria procurar um estágio. Detalhe que eu era OBRIGADO a me formar nesse tempo restante, sem qualquer reprovação, pois caso contrário eu perdia a faculdade.
Finalmente me formei e consegui a OAB já no primeiro exame. Logo depois entrei em um escritório ganhando um salário baixíssimo (menor do quie de um advogado junior, que j[a é bem baixo.), pois não tinha nenhuma experiência na área. Como fiquei uns 3 anos sem ir pra faculdade a parte que eu tinha aprendido antes dessa interrupção eu não lembrava mais (obrigações, penal geral etc.).
Depois de um ano trabalhando eu vi que também odiava a advocacia. Não mais o Direito, mas o trabalho de advocacia. O ambiente de um escritório de advocacia costuma ser péssimo. No escritório em que eu estive rodaram ao menos 20 advogados em um ano. Eram "contratados" e mandados embora igual lixo descartável.
Até que surgiu a ideia de prestar concursos. Vários amigos disseram que eu tinha um "perfil de concurseiro", pois sempre fui muito disciplinado na academia e na dieta. Disseram que as chaves para passar no concurso eram a disciplina e a perseverança.
Então comecei a estudar. Detalhe que eu não lembrava de pelo menos metade do que tinha "aprendido" curso de Direito, que além de ter feito muito mal ainda abandonei durante a metade. Ainda tinha muito pouca prática, ao contrário da maioria dos concurseiros pra tribunal, que já fizeram verdadeira carreira dentro do órgão.
Quando eu disse que meu foco de concurso era a carreira da magistratura o pessoal deu risada. Nem meus pais acreditavam em mim, sempre querendo me persuadir a me focar nos concursos mais "fáceis" como analista ou até mesmo técnico (nem exige nível superior).
Ocorre que depois de 2 anos e 3 meses de estudo eu fui aprovado no concurso de magistratura do meu Estado!
Sim, eu mesmo, o "vagabundo", o "boa vida", o "motivo de piada", etc.
Tem gente que se formou na minha sala original (aquela que eu abandonei depois de ter reprovado) e até hoje não passou em concurso grande. Aliás, só tem 1 juiz e 1 promotor daquela sala de 90 pessoas. Da minha "turma de formatura" eu sou o primeiro juiz.
Então veja, quero mostrar com tudo isso como o DIPLOMA da universidade me ajudou.
Por mais que eu odiasse a faculdade e, posteriormente, a própria profissão de advogado, não teria galgado esse posto se não tivesse conseguido me formar.
Eu sei o martírio que é fazer uma faculdade da qual não gosta, mas tenho certeza que você vai se arrepender se não tiver se formado.
Como os colegas falaram, você poderá entrar em muito cargo público bom com um diploma de ensino superior, seja letras ou educação física.
Então trate de conseguir esse diploma primeiro, depois vc resolve o que quer fazer da vida. Se vc não se formar, muitas opções já estarão bloqueadas.
Abraços.
NOT BAD!