Shin, apesar da miscigenação, você acha difícil distinguir uma pessoa negra de uma branca aqui no Brasil a ponto de invalidar os dados da pesquisa?Shin escreveu:
O dado existe mas a legitimidade dele depende muito do que se considera negro. A população brasileira é altamente miscigenada e a autodenominação de raça de cada indivíduo na maioria dos casos acaba sendo amplamente subjetiva e dependendo da razão pela qual ele tem que se declarar uma coisa ou outra. Tem muito pardo que ora se declara branco, ora se declara negro.
Em outro tópico com discussão semelhante foi levantado um dado interessante que mostrava que negros verdadeiros eram algo em torno de 18% da população brasileira total. Se este dado estiver correto, é óbvio que sempre haverá menos negros em cargo de chefia que brancos porque eles são mesmo minoria. Se a situação fosse inversa a dívida seria com os brancos.
O caso é que, como eu disse, no Brasil, para a maioria das pessoas, é muito difícil definir quem é branco e quem é negro, já que a vasta maioria da população fica no meio-termo resultado da miscigenação. Daí a razão de as cotas raciais serem absolutamente inócuas, ineficientes e injustas, como toda merda populista é. Se se quer impor cotas - o que por si só já é um absurdo, porque se há a necessidade de cotas é porque alguma falha do governo existe e não foi sanada - que se faça por critérios sociais e não raciais. Se a maioria dos negros for pobre, eles obviamente serão a maioria dos beneficiados por cotas de critério exclusivamente social. Ponto.
Coletivo Negro invade aula da USP... incitação de ódio
Re: Coletivo Negro invade aula da USP... incitação de ódio
"I put no stock in religion. By the word religion I have seen the lunacy of fanatics of every denomination be called the will of God. I've seen too much religion in the eyes of too many murderers. Holiness is in right action, and courage on behalf of those who cannot defend themselves."
Re: Coletivo Negro invade aula da USP... incitação de ódio
Se as cotas fossem medidas emergenciais, até resolver o déficit na educação de base, eu concordaria com cotas sociais. Mas cotas por cor, gênero, orientação sexual ou religiosa? Nem fodendo... Nada justifica isso!!
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"Você fala uma mentira na TV e 100 milhões de pessoas te assistem. Depois, três artigos te desmentem e cinco mil pessoas lêem." by César Benjamin
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Re: Coletivo Negro invade aula da USP... incitação de ódio
Não acho que 100 anos seja tempo suficiente pra se resolver essa questão.Shin escreveu:
Exatamente. Sem falar no absurdo que é querer punir um branco pobre hoje por coisas que seus antepassados de três. quatro gerações, fizeram há um século. Não tem o menor cabimento. É beneficiar uma parcela da população em prejuízo de outra unicamente baseado na raça de cada um. É um absurdo completo.
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Re: Coletivo Negro invade aula da USP... incitação de ódio
Shin, quem ignora o que aconteceu há pouco mais de 100 anos atrás e combate cotas também não está pensando em si próprio já que não quer ter o número de vagas disponíveis diminuído?Shin escreveu:
Perfeito.
Aí eu pergunto: quem é mais problemático? O "branco opressor escravagista" ou o negro que quer se aproveitar do sofrimento de seus antepassados para ganhar benefícios indevidos e vantagens injustas hoje exclusivamente com base na cor da sua pele?
Embora discorde de cotas de qualquer tipo, porque acho que sempre se deve atacar as causas e nunca as consequências, entendo qualquer negro que defenda cotas SOCIAIS. Mas quem defende cotas RACIAIS não tem meu respeito. Não consigo ver esses indivíduos como outra coisa que não gente que quer causar prejuízo a toda a sociedade exclusivamente em benefício próprio.
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Re: Coletivo Negro invade aula da USP... incitação de ódio
Essa lance de "justo" nesse caso é complicado. Eu entendo que as cotas, durante um período determinado, sejam justas. Você não. A questão é que antes das cotas, o aluno bem preparado não se incomodava em disputar vaga com o aluno que veio do ensino público e nem achava injusta a concorrência. Por isso que falei que ser contra as cotas também pode ser entendido como pensar em benefício próprio.Gab Parko escreveu:
eu não diria diminuído irmão
diria que seria um número justo
imagina tu em um vestibular pra medicina, tu estudou feito louco, se preparou....e tu tem sua vaga cortada, pq X daquelas vagas foram destinadas à negros, inteligentes ou não, ricos ou não...
pior ainda, se tu perde tua vaga pra um negro rico, que tem possibilidade de fazer um curso preparatório pra concorrer de maneira leal com os demais, mas que por usufruir de sua "vantagem" numérica, preferiu ficar de boa, enquanto tu se matava
abs
Mas uma curiosidade que tenho é saber o quão mais fácil é entrar numa faculdade pelas cotas. Qual a diferença numa nota de corte. Eu não tenho esses dados.
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Re: Coletivo Negro invade aula da USP... incitação de ódio
Na minha humilde opinião, as faculdades publicas deveriam oferecer vantagens para os alunos do ensino público, algo de acordo com o histórico escolar do aluno, assim seria mais justo com o povo de baixa renda no geral. É claro que para isso acontecer deveríamos ter uma educação mais rígida quanto ao método de aprovação dos alunos e não aprovar todos que apenas frequentam as escolas como acontece nos dias de hoje.
Além de beneficiar os com as rendas mais baixas isto de certa forma até faria o cara que pretende chegar em algum lugar estudar e se esforçar mais, não sei se daria certo no nosso país porém que seria melhor para muita gente seria.
Além de beneficiar os com as rendas mais baixas isto de certa forma até faria o cara que pretende chegar em algum lugar estudar e se esforçar mais, não sei se daria certo no nosso país porém que seria melhor para muita gente seria.

Re: Coletivo Negro invade aula da USP... incitação de ódio
Cara, a não ser que seja um caucasiano ou negro legítimos, daqueles que basta bater o olho pra dizer, que são minoria na nossa sociedade, é sim bastante difícil.Grunge escreveu:
Shin, apesar da miscigenação, você acha difícil distinguir uma pessoa negra de uma branca aqui no Brasil a ponto de invalidar os dados da pesquisa?
Re: Coletivo Negro invade aula da USP... incitação de ódio
Não interessa. Não é prejudicando quem não tem nada a ver com isso que se resolve problema algum, principalmente atacando a consequência e não a causa.Grunge escreveu:
Não acho que 100 anos seja tempo suficiente pra se resolver essa questão.
Re: Coletivo Negro invade aula da USP... incitação de ódio
Óbvio que não. Se o processo seletivo para tais vagas é meritocrático, não estou defendendo benefícios a ninguém. Estou premiando a excelência e o benefício geral e direto da sociedade, seja quem for o ocupante da cadeira e independente da sua cor de pele.Grunge escreveu:
Shin, quem ignora o que aconteceu há pouco mais de 100 anos atrás e combate cotas também não está pensando em si próprio já que não quer ter o número de vagas disponíveis diminuído?
Mas meritocracia é um negócio que brasileiro não consegue entender mesmo.
Re: Coletivo Negro invade aula da USP... incitação de ódio
Exato. Minha irmã mais nova quando fez vestibular para uma federal num dos cursos mais concorridos do país viu uma amiga branca não passar enquanto um amigo negro, da mesma sala, do mesmo colégio e da mesma classe social, passou com nota menor que a da menina.Gab Parko escreveu:
eu não diria diminuído irmão
diria que seria um número justo
imagina tu em um vestibular pra medicina, tu estudou feito louco, se preparou....e tu tem sua vaga cortada, pq X daquelas vagas foram destinadas à negros, inteligentes ou não, ricos ou não...
pior ainda, se tu perde tua vaga pra um negro rico, que tem possibilidade de fazer um curso preparatório pra concorrer de maneira leal com os demais, mas que por usufruir de sua "vantagem" numérica, preferiu ficar de boa, enquanto tu se matava
abs
Que justiça social, racial ou o que quer que seja há nisso?
Re: Coletivo Negro invade aula da USP... incitação de ódio
Grunge escreveu:
Essa lance de "justo" nesse caso é complicado. Eu entendo que as cotas, durante um período determinado, sejam justas. Você não. A questão é que antes das cotas, o aluno bem preparado não se incomodava em disputar vaga com o aluno que veio do ensino público e nem achava injusta a concorrência. Por isso que falei que ser contra as cotas também pode ser entendido como pensar em benefício próprio.
Mas uma curiosidade que tenho é saber o quão mais fácil é entrar numa faculdade pelas cotas. Qual a diferença numa nota de corte. Eu não tenho esses dados.
Existe uma diferença perceptível entre os cotistas e não cotistas, sendo o primeiro grupo mais fraco que o segundo, e os de estudantes de ensino público em último, bem piores que os outros dois. Essa é a questão. Achar que somente os negros tem o problema de ingressar nas Universidades ou em cargos de chefia (como escreveram aqui) não é verdade. O estudante de escola pública, seja branco, negro, azul ou de bolinhas, é quem vai ter dificuldade. Ou melhor, continuar a ter.
Mas brigar por isso os coletivos não querem, querem que as cotas sejam criadas nas universidades, nos empregos, na publicidade, nos cargos, na tv etc.
E é como falaram: Quem é negro? As estatísticas relatam que eles não são a maioria populacional no Brasil, não são a maioria carcerária etc; mas insistem em repetir esses mantras. Então como dizer quem é? Postaram sobre o Neymar em algumas páginas atrás. Ele seria cotista ou não? Eu não conseguiria definir/responder.
E por fim, não consigo entender como as pessoas, como as do vídeo, tem a falsa percepção de que o mero ingresso na faculdade é a solução dos seus problemas.
Re: Coletivo Negro invade aula da USP... incitação de ódio
Injusto todo mundo sabe que é, mas não é por questões sociais. É por incompetência do governo. Se alguém quer melhorar essa porra de verdade tem que brigar é por educação básica de qualidade, não por benefícios pessoais em prejuízo dos demais, inclusive da sociedade como um todo, que receberá profissionais menos qualificados só por causa da cor da pele de cada um.Grunge escreveu:
Essa lance de "justo" nesse caso é complicado. Eu entendo que as cotas, durante um período determinado, sejam justas. Você não. A questão é que antes das cotas, o aluno bem preparado não se incomodava em disputar vaga com o aluno que veio do ensino público e nem achava injusta a concorrência. Por isso que falei que ser contra as cotas também pode ser entendido como pensar em benefício próprio.
Mas uma curiosidade que tenho é saber o quão mais fácil é entrar numa faculdade pelas cotas. Qual a diferença numa nota de corte. Eu não tenho esses dados.
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Re: Coletivo Negro invade aula da USP... incitação de ódio
AVB escreveu:
Existe uma diferença perceptível entre os cotistas e não cotistas, sendo o primeiro grupo mais fraco que o segundo, e os de estudantes de ensino público em último, bem piores que os outros dois. Essa é a questão. Achar que somente os negros tem o problema de ingressar nas Universidades ou em cargos de chefia (como escreveram aqui) não é verdade. O estudante de escola pública, seja branco, negro, azul ou de bolinhas, é quem vai ter dificuldade. Ou melhor, continuar a ter.
Mas brigar por isso os coletivos não querem, querem que as cotas sejam criadas nas universidades, nos empregos, na publicidade, nos cargos, na tv etc.
E é como falaram: Quem é negro? As estatísticas relatam que eles não são a maioria populacional no Brasil, não são a maioria carcerária etc; mas insistem em repetir esses mantras. Então como dizer quem é? Postaram sobre o Neymar em algumas páginas atrás. Ele seria cotista ou não? Eu não conseguiria definir/responder.
E por fim, não consigo entender como as pessoas, como as do vídeo, tem a falsa percepção de que o mero ingresso na faculdade é a solução dos seus problemas.
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Re: Coletivo Negro invade aula da USP... incitação de ódio
Seguindo o princípio da autodeclaração, ele não seria cotista.AVB escreveu:
Postaram sobre o Neymar em algumas páginas atrás. Ele seria cotista ou não? Eu não conseguiria definir/responder.
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Re: Coletivo Negro invade aula da USP... incitação de ódio
Eu sou a favor da cota social, como ja foi falado esse sim é um problema que afeta o aluno.
E a cota social vai ajudar não uma raça mas a classe, pois o negro não é inferior a ninguém no quesito de inteligência, tbm não existem somente negros pobres, existem muitos brancos na periferia.
E a cota social vai ajudar não uma raça mas a classe, pois o negro não é inferior a ninguém no quesito de inteligência, tbm não existem somente negros pobres, existem muitos brancos na periferia.
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