10 Fatos Sobre o Brasil que Você Aprendeu Errado na Escola

Assuntos gerais que não se enquadrem nos fóruns oficiais serão discutidos aqui.
acumas
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Re: 10 Fatos Sobre o Brasil que Você Aprendeu Errado na Escola

Mensagem por acumas » 23 Set 2016 21:26

Leandro Narloch news...
É o que dá quando um jornalista se mete a historiador.
No mais, só quer causar polêmica com fontes pra lá de duvidosas...

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Queixodevidro
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Re: 10 Fatos Sobre o Brasil que Você Aprendeu Errado na Escola

Mensagem por Queixodevidro » 23 Set 2016 21:38

Esse texto é muito ruim. Não sei onde você achou essa bosta. Tanto as verdades quanto as mentiras estão aí só pra causar. Coisa bosta esse texto.
A felicidade não é um prêmio ao final do caminho, ela é o caminho. TEAM TIGER

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Anônimo
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Re: 10 Fatos Sobre o Brasil que Você Aprendeu Errado na Escola

Mensagem por Anônimo » 23 Set 2016 21:58

Eu li quase todos os livros do Narloch. Ele não tenta reescrever a história, mas apenas procura ouvir o outro lado, ou seja, autores que criticam a historiografia tradicional de esquerda. Quase tudo que ele cita é embasado em autores sérios. Daqui a alguns anos, é provável que historiadores de esquerda dirão que o governo Chávez foi maravilhoso, mas vieram as forças capitalistas que desestabilizaram o governo da Venezuela. Fico imaginando como alguns autores citarão o período Dilma Roussef.

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Ozz
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Re: 10 Fatos Sobre o Brasil que Você Aprendeu Errado na Escola

Mensagem por Ozz » 23 Set 2016 22:00

super interessante: a revista que todo mês incrivelmente desmistifica TODOS os mistérios da humanidade
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Queixodevidro
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Re: 10 Fatos Sobre o Brasil que Você Aprendeu Errado na Escola

Mensagem por Queixodevidro » 23 Set 2016 22:07

café c/ leite escreveu:Quem tá criticando a matéria podia falar o que tá errado no texto, seria mais interessante pra discussão.
é simples, você junta as mentiras e as verdades e você terá o que realmente aconteceu.
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Pinel
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Re: 10 Fatos Sobre o Brasil que Você Aprendeu Errado na Escola

Mensagem por Pinel » 23 Set 2016 22:09

Anônimo escreveu:Eu li quase todos os livros do Narloch. Ele não tenta reescrever a história, mas apenas procura ouvir o outro lado, ou seja, autores que criticam a historiografia tradicional de esquerda. Quase tudo que ele cita é embasado em autores sérios. Daqui a alguns anos, é provável que historiadores de esquerda dirão que o governo Chávez foi maravilhoso, mas vieram as forças capitalistas que desestabilizaram o governo da Venezuela. Fico imaginando como alguns autores citarão o período Dilma Roussef.
Olha o que a Sylvia Colombo (Folha de Sp) falou em 2011 sobre o guia da américa latina.
Spoiler:
Livro reflete ignorância brasileira sobre a América Latina
SYLVIA COLOMBO
DE BUENOS AIRES

30/08/2011 07h50
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Brasileiros, em geral, têm uma visão estereotipada e mal-informada sobre a América Latina. A raiz disso está no preconceito que nossa elite do século 19 tinha de tudo o que acontecia para além de nossas fronteiras.

País que não conheceu a guerra para se tornar independente e que teve fronteiras estabelecidas desde cedo, o Brasil nunca se sentiu parte daquilo que o rodeia.

Por conta de sua relativa posição confortável, teve dificuldades para entender que essas nações, ao saírem de lutas sangrentas, tiveram de definir fronteiras e sistemas de governo, além de levantar economias. Um caminho mais complexo que o nosso, e que levava a novos embates.

Aos olhos do Brasil, o que acontecia do lado de lá sempre pareceu algo incompreensível e folclórico, caudilhos selvagens que não se entendiam e anarquia popular constante. Parecia que esses povos "não davam certo" por serem incompetentes, desconsiderando suas dificuldades, presentes desde o primeiro dia de seus estados nacionais.

O desconhecimento da história, desde então, provocou distanciamento e, em muitos casos, puro preconceito.

Um exemplo deste último caso é o "Guia Politicamente Incorreto da América Latina", dos jornalistas Leandro Narloch e Duda Teixeira, que presta um desserviço ao conhecimento regional, ao reforçar essa mistura de presunção e desdém pela história latino-americana.

O livro diz querer atingir o "falso herói latino-americano". Seus alvos são Che Guevara, Simón Bolívar, Juan Domingo Perón, Pancho Villa, Salvador Allende, os povos pré-colombianos e os revolucionários do Haiti.

Os autores reforçam traços que consideram extravagantes desses personagens e dizem que, por seus caprichos ou sua estupidez, esses ditos falsos heróis acabaram com as chances de seus respectivos países de passarem a integrar um suposto mundo evoluído.

Em todos os casos, ignoram a história e o contexto social que deram origem a essas figuras.

Por exemplo, no capítulo dedicado a Perón, parte-se de uma premissa simplista e equivocada. Para os autores, a Argentina, nos anos 1940, tinha "tudo para decolar", mas foi "só Perón aparecer" que o país passou a "apontar para baixo".

Em primeiro lugar, não é certo que tudo estava tão bem. O processo de independência argentino foi conflituoso e demorou para se consolidar. Entre 1816, quando foi declarada a emancipação, até 1862, quando Bartolomé Mitre assumiu como presidente do país unificado, houve muitos embates entre Buenos Aires e as províncias. Embates estes que estão presentes até hoje, basta analisar o conflito entre Cristina Kirchner e o campo argentino, em 2008.

Narloch e Teixeira dizem que a partir da Constituição de 1853, o país se organizou e começou a prosperar. Errado. Nesse momento, só para se ter uma ideia, Buenos Aires, a principal província, se recusava a integrar a então chamada Confederação Argentina.

A chegada dos imigrantes europeus é apresentada como um fator altamente positivo, mas os autores passam por alto pelo fato de que sua incorporação à sociedade também gerou muitos conflitos. Só para se ter uma ideia, durante a epidemia de febre amarela que atingiu Buenos Aires em 1871, os italianos foram responsabilizados pela população e hostilizados. O presidente Domingo Faustino Sarmiento (1868-1874) diversas vezes se impacientou com a falta de compromisso dos europeus com a sociedade, acusando-os de virem ao país apenas atrás de lucro fácil.

É certo que o país estava bem economicamente quando Perón assumiu o poder. Mas é equivocado dizer que ele estragou tudo sozinho. Um presidente é fruto de um contexto. Perón teve amplo apoio popular e de parte da elite. Se o peronismo faz bem ou mal ao país, é uma outra discussão, o que não se pode é considerar o general um extraterrestre caprichoso e autoritário que pousou em Buenos Aires e acabou com a prosperidade argentina.

Em alguns casos, a dupla de autores fala como se tivesse descoberto a roda. Dizer, a essa altura do século 21, que Che Guevara era um personagem violento como se fosse uma novidade é chover no molhado. Não só já foi feita a revisão desse personagem, como até no cinema ela foi parar, no filme "Che" (2008), de Steven Soderbergh. Cuba é hoje uma ditadura e com a economia em frangalhos, só esquerdistas muito radicais ainda a defendem como modelo.

No capítulo sobre Simon Bolívar, fica claro que a intenção não é entender o personagem, mas atacar Hugo Chávez. Tampouco aqui dizem algo novo. Que Bolívar era um aristocrata criollo e nada socialista, está em quase todas as suas biografias.

Isso não diminui sua importância no processo de emancipação. Foram em geral esses criollos que sentiram o vazio deixado pela queda da coroa espanhola em mãos francesas, queriam liberdade de comércio, liam os livros com as ideias iluministas, etc.

Os autores deitam e rolam em cima de uma frase que Bolívar efetivamente escreveu: "A melhor coisa a fazer na América é ir embora". Mas não explicam que ela foi dita pouco antes de sua morte, com o líder adoecido e decepcionado.

Mas o encerramento desse capítulo entrega o verdadeiro objetivo dos autores. Dizem que o pensamento de Bolívar está vivo "a julgar pela ditadura que a Venezuela se transformou nos últimos dez anos". Cabe lembrar que a Venezuela não é uma ditadura, como Cuba hoje ou o Chile sob Pinochet. Pode-se considerar Chávez um mau governante, populista, amigo de líderes indefensáveis, mas foi eleito pelo povo venezuelano.

No capítulo que trata dos índios, os autores sugerem que a conquista não foi tão violenta assim e que índios também eram sanguinários.

É sabido que astecas e incas dominavam outros povos e que mantinham seus impérios na base da força. Igualmente que os astecas faziam sacrifícios humanos para suas divindades, o que sem dúvida é um horror.

Porém, os autores escorregam quando sugerem que os espanhóis foram melhores porque fizeram a autocrítica de seus atos violentos, enquanto os índios não.

Para exemplificar, contam rapidamente a história do frei Bartolomé de las Casas (1474-1566), que efetivamente levou à coroa espanhola reclamações sobre o modo como os indígenas eram tratados.

O que Narloch e Teixeira não contam é que Las Casas foi uma voz praticamente isolada em seu tempo, e que teve muitos problemas para ser ouvido até ser levado em consideração. Não é possível sugerir que a partir dele os espanhóis ficaram completamente bonzinhos.

A repulsa que os autores sentem pelas culturas latino-americanas é notória e se faz notar em pequenos detalhes. Dizem, por exemplo, que mexicanos são exóticos porque celebram o Dia dos Mortos saindo às ruas para se divertir com esqueletos. Alguma explicação sobre como surgiu essa tradição, qual o tamanho da festa e o que ela significa para o povo mexicano? Nada. É coisa de quem provavelmente sai muito pouco do próprio bairro.

Os estereótipos não param de chover, sem qualquer curiosidade para interpretá-los e com o único objetivo de ridicularizar tudo.

Em sua "receita para se preparar um bom latino-americano", dizem que é "um requisito moral usar ponchos e saias coloridas --ou pelo menos desfilar com um colar de artesanato indígena." Me pergunto se os autores dessa frase andaram nos últimos tempos pelas ruas das grandes cidades latino-americanas, como Buenos Aires, Santiago, Bogotá ou Montevidéu. É realmente assim que imaginam que as pessoas andem pelas ruas? Se acham isso é porque faltou então um mínimo de pesquisa de campo.

Não se trata de ser contra revisões da história. Mas que sejam feitas tentando entender a história, não folclorizando seus personagens e lendo tudo o que foi dito antes como obra de historiadores marxistas ideologicamente comprometidos.

Com seu "Guia Politicamente Incorreto da América Latina", Narloch e Teixeira colocam mais um tijolinho no muro de ignorância e soberba que separam o Brasil do resto do continente.

E sobre o Alejadinho, porra tava pesquisando e agora que vi a data errada.

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Anônimo
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Re: 10 Fatos Sobre o Brasil que Você Aprendeu Errado na Escola

Mensagem por Anônimo » 23 Set 2016 22:22

Pinel escreveu:Olha o que a Sylvia Colombo (Folha de Sp) falou em 2011 sobre o guia da américa latina.
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País que não conheceu a guerra para se tornar independente e que teve fronteiras estabelecidas desde cedo, o Brasil nunca se sentiu parte daquilo que o rodeia.

Por conta de sua relativa posição confortável, teve dificuldades para entender que essas nações, ao saírem de lutas sangrentas, tiveram de definir fronteiras e sistemas de governo, além de levantar economias. Um caminho mais complexo que o nosso, e que levava a novos embates.

Aos olhos do Brasil, o que acontecia do lado de lá sempre pareceu algo incompreensível e folclórico, caudilhos selvagens que não se entendiam e anarquia popular constante. Parecia que esses povos "não davam certo" por serem incompetentes, desconsiderando suas dificuldades, presentes desde o primeiro dia de seus estados nacionais.

O desconhecimento da história, desde então, provocou distanciamento e, em muitos casos, puro preconceito.

Um exemplo deste último caso é o "Guia Politicamente Incorreto da América Latina", dos jornalistas Leandro Narloch e Duda Teixeira, que presta um desserviço ao conhecimento regional, ao reforçar essa mistura de presunção e desdém pela história latino-americana.

O livro diz querer atingir o "falso herói latino-americano". Seus alvos são Che Guevara, Simón Bolívar, Juan Domingo Perón, Pancho Villa, Salvador Allende, os povos pré-colombianos e os revolucionários do Haiti.

Os autores reforçam traços que consideram extravagantes desses personagens e dizem que, por seus caprichos ou sua estupidez, esses ditos falsos heróis acabaram com as chances de seus respectivos países de passarem a integrar um suposto mundo evoluído.

Em todos os casos, ignoram a história e o contexto social que deram origem a essas figuras.

Por exemplo, no capítulo dedicado a Perón, parte-se de uma premissa simplista e equivocada. Para os autores, a Argentina, nos anos 1940, tinha "tudo para decolar", mas foi "só Perón aparecer" que o país passou a "apontar para baixo".

Em primeiro lugar, não é certo que tudo estava tão bem. O processo de independência argentino foi conflituoso e demorou para se consolidar. Entre 1816, quando foi declarada a emancipação, até 1862, quando Bartolomé Mitre assumiu como presidente do país unificado, houve muitos embates entre Buenos Aires e as províncias. Embates estes que estão presentes até hoje, basta analisar o conflito entre Cristina Kirchner e o campo argentino, em 2008.

Narloch e Teixeira dizem que a partir da Constituição de 1853, o país se organizou e começou a prosperar. Errado. Nesse momento, só para se ter uma ideia, Buenos Aires, a principal província, se recusava a integrar a então chamada Confederação Argentina.

A chegada dos imigrantes europeus é apresentada como um fator altamente positivo, mas os autores passam por alto pelo fato de que sua incorporação à sociedade também gerou muitos conflitos. Só para se ter uma ideia, durante a epidemia de febre amarela que atingiu Buenos Aires em 1871, os italianos foram responsabilizados pela população e hostilizados. O presidente Domingo Faustino Sarmiento (1868-1874) diversas vezes se impacientou com a falta de compromisso dos europeus com a sociedade, acusando-os de virem ao país apenas atrás de lucro fácil.

É certo que o país estava bem economicamente quando Perón assumiu o poder. Mas é equivocado dizer que ele estragou tudo sozinho. Um presidente é fruto de um contexto. Perón teve amplo apoio popular e de parte da elite. Se o peronismo faz bem ou mal ao país, é uma outra discussão, o que não se pode é considerar o general um extraterrestre caprichoso e autoritário que pousou em Buenos Aires e acabou com a prosperidade argentina.

Em alguns casos, a dupla de autores fala como se tivesse descoberto a roda. Dizer, a essa altura do século 21, que Che Guevara era um personagem violento como se fosse uma novidade é chover no molhado. Não só já foi feita a revisão desse personagem, como até no cinema ela foi parar, no filme "Che" (2008), de Steven Soderbergh. Cuba é hoje uma ditadura e com a economia em frangalhos, só esquerdistas muito radicais ainda a defendem como modelo.

No capítulo sobre Simon Bolívar, fica claro que a intenção não é entender o personagem, mas atacar Hugo Chávez. Tampouco aqui dizem algo novo. Que Bolívar era um aristocrata criollo e nada socialista, está em quase todas as suas biografias.

Isso não diminui sua importância no processo de emancipação. Foram em geral esses criollos que sentiram o vazio deixado pela queda da coroa espanhola em mãos francesas, queriam liberdade de comércio, liam os livros com as ideias iluministas, etc.

Os autores deitam e rolam em cima de uma frase que Bolívar efetivamente escreveu: "A melhor coisa a fazer na América é ir embora". Mas não explicam que ela foi dita pouco antes de sua morte, com o líder adoecido e decepcionado.

Mas o encerramento desse capítulo entrega o verdadeiro objetivo dos autores. Dizem que o pensamento de Bolívar está vivo "a julgar pela ditadura que a Venezuela se transformou nos últimos dez anos". Cabe lembrar que a Venezuela não é uma ditadura, como Cuba hoje ou o Chile sob Pinochet. Pode-se considerar Chávez um mau governante, populista, amigo de líderes indefensáveis, mas foi eleito pelo povo venezuelano.

No capítulo que trata dos índios, os autores sugerem que a conquista não foi tão violenta assim e que índios também eram sanguinários.

É sabido que astecas e incas dominavam outros povos e que mantinham seus impérios na base da força. Igualmente que os astecas faziam sacrifícios humanos para suas divindades, o que sem dúvida é um horror.

Porém, os autores escorregam quando sugerem que os espanhóis foram melhores porque fizeram a autocrítica de seus atos violentos, enquanto os índios não.

Para exemplificar, contam rapidamente a história do frei Bartolomé de las Casas (1474-1566), que efetivamente levou à coroa espanhola reclamações sobre o modo como os indígenas eram tratados.

O que Narloch e Teixeira não contam é que Las Casas foi uma voz praticamente isolada em seu tempo, e que teve muitos problemas para ser ouvido até ser levado em consideração. Não é possível sugerir que a partir dele os espanhóis ficaram completamente bonzinhos.

A repulsa que os autores sentem pelas culturas latino-americanas é notória e se faz notar em pequenos detalhes. Dizem, por exemplo, que mexicanos são exóticos porque celebram o Dia dos Mortos saindo às ruas para se divertir com esqueletos. Alguma explicação sobre como surgiu essa tradição, qual o tamanho da festa e o que ela significa para o povo mexicano? Nada. É coisa de quem provavelmente sai muito pouco do próprio bairro.

Os estereótipos não param de chover, sem qualquer curiosidade para interpretá-los e com o único objetivo de ridicularizar tudo.

Em sua "receita para se preparar um bom latino-americano", dizem que é "um requisito moral usar ponchos e saias coloridas --ou pelo menos desfilar com um colar de artesanato indígena." Me pergunto se os autores dessa frase andaram nos últimos tempos pelas ruas das grandes cidades latino-americanas, como Buenos Aires, Santiago, Bogotá ou Montevidéu. É realmente assim que imaginam que as pessoas andem pelas ruas? Se acham isso é porque faltou então um mínimo de pesquisa de campo.

Não se trata de ser contra revisões da história. Mas que sejam feitas tentando entender a história, não folclorizando seus personagens e lendo tudo o que foi dito antes como obra de historiadores marxistas ideologicamente comprometidos.

Com seu "Guia Politicamente Incorreto da América Latina", Narloch e Teixeira colocam mais um tijolinho no muro de ignorância e soberba que separam o Brasil do resto do continente.

E sobre o Alejadinho, porra tava pesquisando e agora que vi a data errada.
Bom, pelo teor das críticas, observa-se que a Sylvia Colombo é bem de esquerda. Apesar das falhas e da superficialidade, os livros do Narloch tocam na ferida. Se as pessoas quiserem se aprofundar, basta ler a bibliografia que ele sugere. Quase todos os casos em que governos de esquerda caíram na América Latina, existe uma versão romanceada. A esquerda, quando quer defender bandeiras, flerta com o fascismo e apoia ditadores, vide Perón e Vargas. Dizer que a Venezuela é uma democracia só pq o Chávez e Maduro foram eleitos pelo povo chega a ser engraçado. Na Coreia do Norte, o baixinho é eleito com 100% dos votos e não tem oposição. A contextualização é usada pela esquerda de acordo com o interesse. Os governos Kirchner, PT, Chávez, Morales e outros fazem parte de um contexto positivo da América do Sul. Depois que a economia fracassa e quase todos esses governos caem, eles preferem dizer que houve um golpe.

Pinel
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Re: 10 Fatos Sobre o Brasil que Você Aprendeu Errado na Escola

Mensagem por Pinel » 23 Set 2016 22:38

Anônimo escreveu:Bom, pelo teor das críticas, observa-se que a Sylvia Colombo é bem de esquerda. Apesar das falhas e da superficialidade, os livros do Narloch tocam na ferida. Se as pessoas quiserem se aprofundar, basta ler a bibliografia que ele sugere. Quase todos os casos em que governos de esquerda caíram na América Latina, existe uma versão romanceada. A esquerda, quando quer defender bandeiras, flerta com o fascismo e apoia ditadores, vide Perón e Vargas. Dizer que a Venezuela é uma democracia só pq o Chávez e Maduro foram eleitos pelo povo chega a ser engraçado. Na Coreia do Norte, o baixinho é eleito com 100% dos votos e não tem oposição. A contextualização é usada pela esquerda de acordo com o interesse. Os governos Kirchner, PT, Chávez, Morales e outros fazem parte de um contexto positivo da América do Sul. Depois que a economia fracassa e quase todos esses governos caem, eles preferem dizer que houve um golpe.
A parte das eleição do Chávez eu concordo com vc, mas ela não defendeu ngm no texto.

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Re: 10 Fatos Sobre o Brasil que Você Aprendeu Errado na Escola

Mensagem por Queixodevidro » 23 Set 2016 22:48

aiai... política
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Lenilson
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Re: 10 Fatos Sobre o Brasil que Você Aprendeu Errado na Escola

Mensagem por Lenilson » 24 Set 2016 02:42

Tópico estava bacana ate começar papo de esquerda/direita. Todo mundo conhece as regras do fórum e esta sujeito a elas.

13. E proibido ficar enchendo o saco com assuntos de política exceto na sessão assuntos polêmicos

Qual a parte do proibido que o pessoal tem dificuldade de entender? :dunno:

Bom, segue o barco. Topico bacana que pode render bem. :punk:
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Re: 10 Fatos Sobre o Brasil que Você Aprendeu Errado na Escola

Mensagem por Big Jaw » 24 Set 2016 07:29

Smilodon escreveu:Eu já vi uma história falando que a imagem de Jesus como conhecemos veio através do Santo Sudário...Mas este poderia ser na verdade uma falsificação feita pelo Leonardo da Vinci, a pedido da igreja, e a imagem daquele Jesus seria a imagem do próprio Leonardo....Basta dar uma googleada que tem vários sites falando sobre isso.
Existem teorias q dizem q os proto europeus vieram do norte da índia, vc encontra muito kazhaki com características semelhantes aos europeus ainda hj
E mesmo oa turks (q formaram a turquia depois de expandirem através da asia menor) são do norte do tibet

Nao estou afirmando q p JC era daquele jeito, mas algo de uma mistura, pode ser q sim (e mais um tapinha do photoshop dos pintores europeus...kkkk)


E do brasil, po, vou ter q reler tudo...damm
Se a política no Brasil é vista como uma disputa de jogo de futebol, seria o PSL a Holanda dos anos 70?

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Tartaruga
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Re: 10 Fatos Sobre o Brasil que Você Aprendeu Errado na Escola

Mensagem por Tartaruga » 24 Set 2016 19:31

"Ao proclamar sua independência de Portugal em 1822, o Brasil herdou uma tradição cívica pouco encorajadora. Em três sé-culos de colonização (1500-1822), os portugueses tinham construído um enorme país dotado de unidade territorial, lingüística, cultural e religiosa. Mas tinham também deixado uma população analfabeta, uma sociedade escravocrata, uma economia monocultora e latifundiária, um Estado absolutista. À época da independência, não havia cidadãos brasileiros, nem pátria brasileira."

FDPs passaram 3 seculos, 300 anos nessa porra e nao fizeram merda nenhuma. Pior! Distribuiram o Brasil pra quem era conveniente e ate hoje essa gente manda no Brasil.

Fui jantar na casa de um conhecido que tinha aulas particulares de jiu-jitsu comigo. Estava somente ele e a avo dele, cheguei em um apartamento antigo em um bairro nobre de Sao Paulo, 700 metros quadrados. A velha morava sozinha no lugar.

Fomos pra mesa, um monte de talher de prata que deviam ser mais velhos que minha avo, mas estavam em bom estado.

A velha chama a empregada com um sino. Olhei pro meu colega com a cara de "Que porra eh essa?". Depois ele meio sem graça, me disse que era mais facil conversar com a empregada, do que desacostumar a avo, que tinha feito isso a vida inteira.

Fomos pra sala de estar, um monte de fotos de terras, fazendas e propriedades.

Fiquei imaginando quando anos aquela empregada teria de trabalhar, caso quisesse fazer um patrimonio do tipo.

Eh foda! Desde que o Brasil foi descoberto, ele eh administrado por uma parcela infima e as propriedades nao mudam de mao.

Aquele mundo de gente pegando dois onibus, metro, fazendo baldiacao e ouvindo chefe falar no ouvido soh ta garantindo o sustento. Quem recebeu na epoca do Brasil colonia, sentou em cima e de cima nao sai nunca mais. O restante fica tirando leite de pedra pra sobreviver porcamente.
A vida não é palco, é trincheira!

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Re: 10 Fatos Sobre o Brasil que Você Aprendeu Errado na Escola

Mensagem por Paulo J. » 24 Set 2016 20:17

Tartaruga escreveu:"Ao proclamar sua independência de Portugal em 1822, o Brasil herdou uma tradição cívica pouco encorajadora. Em três sé-culos de colonização (1500-1822), os portugueses tinham construído um enorme país dotado de unidade territorial, lingüística, cultural e religiosa. Mas tinham também deixado uma população analfabeta, uma sociedade escravocrata, uma economia monocultora e latifundiária, um Estado absolutista. À época da independência, não havia cidadãos brasileiros, nem pátria brasileira."

FDPs passaram 3 seculos, 300 anos nessa porra e nao fizeram merda nenhuma. Pior! Distribuiram o Brasil pra quem era conveniente e ate hoje essa gente manda no Brasil.

Fui jantar na casa de um conhecido que tinha aulas particulares de jiu-jitsu comigo. Estava somente ele e a avo dele, cheguei em um apartamento antigo em um bairro nobre de Sao Paulo, 700 metros quadrados. A velha morava sozinha no lugar.

Fomos pra mesa, um monte de talher de prata que deviam ser mais velhos que minha avo, mas estavam em bom estado.

A velha chama a empregada com um sino. Olhei pro meu colega com a cara de "Que porra eh essa?". Depois ele meio sem graça, me disse que era mais facil conversar com a empregada, do que desacostumar a avo, que tinha feito isso a vida inteira.

Fomos pra sala de estar, um monte de fotos de terras, fazendas e propriedades.

Fiquei imaginando quando anos aquela empregada teria de trabalhar, caso quisesse fazer um patrimonio do tipo.

Eh foda! Desde que o Brasil foi descoberto, ele eh administrado por uma parcela infima e as propriedades nao mudam de mao.

Aquele mundo de gente pegando dois onibus, metro, fazendo baldiacao e ouvindo chefe falar no ouvido soh ta garantindo o sustento. Quem recebeu na epoca do Brasil colonia, sentou em cima e de cima nao sai nunca mais. O restante fica tirando leite de pedra pra sobreviver porcamente.

O segredo do Brasil é ser "sócio" do Estado(como os empreiteiros atualmente e antes deles os cafeicultores e antes ainda os donos de engenhos de açúcar e minas) ou enganar muita gente(Bispo Macedo, Silvio Santos, Familia Marinho, Renan).Se for querer ficar rico do jeito "americano", vai penar muito. Mas eu não julgaria a velhinha, pois ser metida a aristocrática não é o mesmo que ser uma exploradora malvada(os maiores monstros do século passado vieram das classes populares).
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Godfather
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Re: 10 Fatos Sobre o Brasil que Você Aprendeu Errado na Escola

Mensagem por Godfather » 25 Set 2016 12:37

Ensinaram errado Tb que o existiu golpe militar, que na verdade foi os militares tiraram do domínio dos comunistas que estavam infestando o congresso e causando terrorismo no Brasil, sem contar que nas escolas falam um terror dos militares os desqualificando, típico pensamento esquerda doutrinando as crianças em livros do mec, tentando mudar a verdade que os militares foram os heróis em no deixar o br na mão de assassinos comunistas esquerdopatas.

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Re: 10 Fatos Sobre o Brasil que Você Aprendeu Errado na Escola

Mensagem por armlock » 25 Set 2016 13:17

Tartaruga escreveu:"
A velha chama a empregada com um sino. Olhei pro meu colega com a cara de "Que porra eh essa?". Depois ele meio sem graça, me disse que era mais facil conversar com a empregada, do que desacostumar a avo, que tinha feito isso a vida inteira.

Sino para chamar empregada? Que primitivo! :bleh: :bleh:

Heh... a cultura de empregada no Brasil eh algo tao forte que o apartamento quando eu morava no Rio ja vinha com botões em cada cômodo, ligados a uma caixa nas dependências dos empregados. Se você apertasse um botão, a caixa tocava uma campainha, e um numero descia para dizer a empregada qual cômodo havia chamado. Na sala de jantar, o botão se encontrava no chão, aos pés de onde ficaria a cabeceira da mesa de jantar (aquelas mesas de 8/10 pessoas.Sob os pés do "dono da casa". Ao sair da area de empregados, ela puxava uma cordinha que "reset" a caixa. O apartamento devia ser do inicio do século 20.

Interessantemente, a casa onde moro aqui nos US, construída la por 1950/60, também tem um intercom em cada cômodo. Voce aperta um botão na parede e fala com outros cômodos sem precisar aumentar a voz...

Conlusao: Aparentemente no inicio do século passado devia ser muito mal visto/pouco elegante levantar a voz para chamar-se pessoas dentro de casa.

Não que eu reclame. Gosto de silencio.
Editado pela última vez por armlock em 25 Set 2016 13:34, em um total de 1 vez.
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