Assassino de leão toma no furico!

Assuntos gerais que não se enquadrem nos fóruns oficiais serão discutidos aqui.
Avatar do usuário
SKYWALKER
Mensagens: 11696
Registrado em: 01 Out 2014 18:25
Contato:

Re: Assassino de leão toma no furico!

Mensagem por SKYWALKER » 29 Jul 2015 14:54

Como punição já que ele gosta de caçar, tinha que botar ele numa cela com o tigre...

Imagem
Painho nos enganou..

Avatar do usuário
JackmAtAll
Admin
Admin
Mensagens: 27285
Registrado em: 20 Jan 2015 22:55
Contato:

Re: Assassino de leão toma no furico!

Mensagem por JackmAtAll » 29 Jul 2015 14:56

Pior que parece que esse fdp também já respondeu processo nos EUA por matar outro animal.

Grande de um FDP.
Tapirus terrestris

Avatar do usuário
Mr.Vicem
Mensagens: 1114
Registrado em: 24 Nov 2014 11:56
Contato:

Re: Assassino de leão toma no furico!

Mensagem por Mr.Vicem » 29 Jul 2015 15:06

Garfield escreveu: Faliram seu consultório, acho que já é o suficiente né...
Mas, peraí, não tem essa informação em canto nenhum. A única coisa que consta é que o consultório amanheceu fechado e daí pra concluir que o cidadão em questão faliu é um longo caminho.

Enfim, só quero manifestar que as consequências por este ato brutal não deveriam ficar restritas à internet, de modo que até repito a indagação de um nobre forista feita mais acima: "qual a punição formal desse zé buceta"?
Vi veri veniversum vivus vici

Avatar do usuário
MAU
Mensagens: 2592
Registrado em: 22 Jan 2015 15:04
Contato:

Re: Assassino de leão toma no furico!

Mensagem por MAU » 29 Jul 2015 15:09

Deveria pagar uma multa gigantesca, ser proibido de entrar na africa e trabalhar por uns 3 anos na recuperação de animais que sofreram maus tratos .
Somos uma geração sem peso nenhum na história.

Avatar do usuário
Jase Robertson
Mensagens: 4419
Registrado em: 16 Set 2014 07:39
Contato:

Re: Assassino de leão toma no furico!

Mensagem por Jase Robertson » 29 Jul 2015 15:10

sid_ escreveu:Não dá pra entender essa cultura de caça aos animais em extinção. Serio!

Já é foda as tribos africanas que tem em sua cultura 'caçadores de leão', agora um mané desses que vai em busca disso através de seu dinheiro é repugnante.


Isso não pode ser tolerado no mundo de hoje, que isso sirva para desencorajar quem busca esse tipo de diversão.
Me lembrei daquela menina Belga musa da Copa que perdeu os contratos que acabara de ganhar após verem fotos de suas caçadas.
sem querer botar lenha na fogueira,

mas isso em negrito é uma das coisas(se não a principal coisa) que ajuda na conservação desses animais,

o dinheiro revertido na conservação é muito grande, tudo taxado e revertido na causa, fora que em "linhas gerais" os caçadores geralmente são as pessoas mais empenhadas e conscientes na luta da conservação.

Avatar do usuário
Jase Robertson
Mensagens: 4419
Registrado em: 16 Set 2014 07:39
Contato:

Re: Assassino de leão toma no furico!

Mensagem por Jase Robertson » 29 Jul 2015 15:11

E outra coisa, podem até não gostar da caça, achar imoral, cruel e tudo mais, mas ela é uma dos sustentáculos da conservação animal hoje em dia no mundo.

Avatar do usuário
Jase Robertson
Mensagens: 4419
Registrado em: 16 Set 2014 07:39
Contato:

Re: Assassino de leão toma no furico!

Mensagem por Jase Robertson » 29 Jul 2015 15:12

pequeno texto da NET GEO que cai bem no assunto:

África: caça esportiva pode ajudar preservação

As caçadas esportivas podem desempenhar papel essencial na conservação da fauna africana, de acordo com número crescente de biólogos.

Por isso, alguns especialistas estão pedindo um programa que regulamente o setor de caça esportiva africano, para garantir os benefícios de conservação.

De acordo com um estudo recente, nos 23 países africanos que permitem caçadas esportivas, 18,5 mil turistas pagam mais de US$ 200 milhões ao ano para caçar leões, leopardos, elefantes, javalis, búfalos d¿água, impalas e rinocerontes.

As operações privadas de caça nesses países controlam mais de 1,4 milhão de quilômetros quadrados de território, segundo o estudo. Isso representa 22% mais terras do que as dos parques nacionais dessas nações.

À medida que cresce a demanda por terra, devido ao aumento acelerado da população humana, alguns conservacionistas estão argumentando que resultados mais efetivos poderiam ser obtidos por meio da cooperação com os caçadores e da regulamentação sensata desse setor econômico.

As caçadas esportivas podem ser sustentáveis, se administradas cuidadosamente, diz Peter Lindsey, um biólogo especialista em conservação na Universidade do Zimbábue, em Harare, que comandou o recente estudo.

¿A caça esportiva tem importância essencial para a conservação da fauna africana, ao criar incentivos financeiros à promoção e retenção de animais, e como forma de uso de terra em áreas vastas¿, diz.

Na próxima edição da revista especializada Conservation Biology, Lindsey e uma equipe internacional de colegas pedirão por um plano que reforce os benefícios da conservação no setor de caça esportiva, incluindo um programa de certificação que regulamente o setor de maneira mais severa.

"Para justificar a existência continuada de áreas (protegidas) no contexto de uma maior demanda por terra, a fauna tem de pagar pelo seu sustento e contribuir para a economia, e a caça esportiva oferece uma maneira importante de fazê-lo", afirma Lindsey.

A fim de receberem certificados sob o plano proposto pelo biólogo, as operações de caça teriam de provar seu compromisso para com o bem-estar dos animais, a administração cuidadosa das cotas de abate, objetivos de conservação em longo prazo e desenvolvimento das comunidades locais.

"Chegou a hora de o escrutínio científico propiciar o maior benefício possível à conservação, no setor de caça", disse Lindsey.

¿Deveria haver também maiores esforços do setor de caça para adotar auto-regulamentação e garantir que os profissionais inescrupulosos sejam afastados¿, acrescentou.

A caça esportiva tem má reputação nos países desenvolvidos, em parte devido às caçadas indiscriminadas dos antigos colonos europeus, observa Lindsey. A caça irresponsável resultou na extinção de espécies como o quagga (primo da zebra), e conduziu a declínios maciços na população de outros animais, entre os quais os elefantes e os rinocerontes negros.

Mas a caça esportiva também merece crédito por ter facilitado a recuperação de espécies, argumenta a equipe de Lindsey no estudo.

Os rinocerontes negros do sul da África evoluíram de uma população de apenas 50 animais um século atrás para mais de 11 mil, hoje, porque as caçadas deram a criadores um estímulo financeiro para preservar o animal, segundo os autores.

A caça esportiva também levou ao ressurgimento das populações de zebras montanhesas e wildebeests negros na África do Sul, ele afirmou.

Os caçadores tipicamente abatem apenas entre 2% e 5% dos machos das populações animais que tomam por alvo, a cada ano, acrescentou, o que exerce efeito insignificante sobre a saúde reprodutiva das populações.

Muitos grupos de defesa dos direitos dos animais se opõem ao abate de animais por esporte.

¿A idéia da caça esportiva como método de conservação é uma questão extremamente complicada e contenciosa, que gera visões antagônicas de parte de pessoas que alegam, todas, querer o melhor para os animais¿, diz Marc Bekoff, ecologista comportamental da Universidade do Colorado em Boulder e autor de The Emotional Lives of Animals.

Bekoff diz que embora o programa de certificação seja uma boa idéia, ele acha difícil acreditar que viesse a funcionar bem na prática, porque a burocracia necessária a essa regulamentação seria complexa.

¿É difícil acreditar que a situação chegou ao ponto em que matar é a melhor maneira de conservar¿, ele afirma. "É preciso haver alternativas mais humanas".

No final de fevereiro, a África do Sul anunciou um projeto de lei há muito aguardado contra a chamada "caça enlatada", prática que envolve matar os animais dentro de jaulas ou caçar animais que são libertados de uma jaula, sob efeito de tranqüilizantes, pouco antes de serem abatidos.

A proibição entrará em vigor em 1° de junho, sob uma lei que também proíbe caça com arco e flecha.

Tradução: Paulo Eduardo Migliacci ME

National Geographic

http://noticias.terra.com.br/revistas/i ... vacao.html

Avatar do usuário
Jase Robertson
Mensagens: 4419
Registrado em: 16 Set 2014 07:39
Contato:

Re: Assassino de leão toma no furico!

Mensagem por Jase Robertson » 29 Jul 2015 15:14

Na maioria dos casos onde a caça é legalizada os animais existem em maior numero e em muito menos risco de extinção.

O que geralmente não ocorre onde os países proíbem a caça.

Brazil Feelings.

General Moscardo
Mensagens: 1454
Registrado em: 18 Out 2014 15:11

Re: Assassino de leão toma no furico!

Mensagem por General Moscardo » 29 Jul 2015 15:16

Eu não sou completamente contra a caça, desde que seja de animais com superpopulação ou, ao menos, sem risco de extinção.

Esse caso aí foi muita sacanagem. Mataram exatamente um leão muito famoso e estrela do parque em questão.

O cara acabou com a própria vida fazendo isso.

Avatar do usuário
Holden
Aprendiz
Aprendiz
Mensagens: 2068
Registrado em: 09 Jul 2014 09:30
Contato:

Re: Assassino de leão toma no furico!

Mensagem por Holden » 29 Jul 2015 15:18

"Eu quero o melhor para os animais, por isso pago 30 mil dólares pra matar um que esteja ameaçado de extinção e colocar a cabeça dele na minha sala" oh the logic.
Imagem

"The fundamental cause of the trouble is that, in the modern world, the stupid are cocksure while the intelligent are full of doubt."


We're not here to take part, We're here to take over!

Avatar do usuário
Jase Robertson
Mensagens: 4419
Registrado em: 16 Set 2014 07:39
Contato:

Re: Assassino de leão toma no furico!

Mensagem por Jase Robertson » 29 Jul 2015 15:19

texto com vários pontos interessantes sobre o tema:

Os benefícios da caça na conservação da biodiversidade


Você não leu errado, não. É isso mesmo. Neste post vou mostrar à vocês, com base em vários artigos científicos, porque eu sou à favor da caça legalizada e bem estruturada e como ela ainda auxilia na conservação da biodiversidade.

Eu sou biólogo e meu objetivo como futuro pesquisador não é abraçar todos os animais e defendê-los, como muitos pensam sobre o biólogo conservacionista. Eu quero, assim como muitos outros pesquisadores fazem, provar que é possível conciliar atividades humanas com a preservação da biodiversidade. Uma das grandes atividades humanas realizadas desde nossos ancestrais e até hoje é muito comum em vários países, é a caça de animais selvagens.

Muitos podem julgam isso um fato cruel, desnecessário e horrível, tendo em vista que ninguém precisa caçar para sobreviver hoje em dia (exceto povos indígenas de regiões isoladas). Porém, a caça muitas vezes pode ser praticada como um esporte ou, ainda, é algo que pertence a diversas gerações e está fixa em muitas famílias, principalmente de moradores rurais. Não importa o tipo da caça, seja até mesmo para subsistência, ela ajuda na conservação das próprias espécies caçadas, desde que regulamentada e estudada, como ocorre em vários países da Europa, nos Estados Unidos e Canadá.

Imagem

Este post vai ser baseado no manual elaborado pela IUCN – (União Internacional para a Conservação da Natureza) com o título “IUCN SSC Princípios Orientadores em Troféus de Caça como uma ferramenta para a criação de incentivos à conservação” no qual, conforme o próprio título indica, vem relatar as atividades de caça e suas contribuições como ferramentas na conservação de espécies. A sigla SSC é corresponde à Comissão de Sobrevivência de Espécies (Species Survival Commission).

Este manual diz que há muito tempo a IUCN reconheceu que o uso sustentável e inteligente da vida selvagem pode contribuir para a conservação, pois, ele gera benefícios sociais e econômicos derivados do uso das espécies, o que acaba fornecendo incentivos para pessoas que se beneficiam da caça atuarem na conservação das espécies-alvo em seus habitats naturais.

No manual também constam informações sobre o Troféu de Caça. Esta modalidade de caça, segundo este documento, muitas vezes é uma atividade contenciosa com pessoas apoiando ou se opondo a ela em uma variedade de bases biológicas, econômicas, ideológicas ou culturais. Ainda assim, ela é uma forma de utilização dos animais selvagens que, quando bem gerida, pode ajudar na promoção dos objetivos de conservação, gerando receitas e incentivos econômicos para a gestão e conservação das espécies-alvo e seu habitat, bem como ainda apoia as comunidades locais em suas subsistências.

Imagem

No entanto, se mal administrada, pode deixar de gerar esses benefícios. Apesar de uma grande variedade de espécies (muitas das quais são comuns e seguras) serem caçadas como troféus, algumas espécies que são raras ou ameaçadas podem ser incluídas no troféu de caça, como parte de estratégias de conservação específicas, como por exemplo, o guepardo (Acinonyx jubatus), o rinoceronte preto na África do Sul e o antílope conhecido como “Straight-Horned Markhor” (Capra falconeri megaceros) no Vale Torghar do Paquistão, os quais são espécies listadas no Anexo I da CITES.

A CITES foi uma Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas da Fauna e da Flora Selvagens muito importante que auxiliou nos estudos para determinar quais espécies poderiam ser caçadas ou não como troféu.

Na Europa e América do norte e em diversos países em desenvolvimento, o troféu de caça ocorre tranquilamente pois o gerenciamento da vida selvagem é muito desenvolvido e todos os anos centenas de caçadores pagam boas quantias em dinheiro para ter tais oportunidades de caça. Essas caçadas geralmente envolvem um número pequeno de espécies, que são de grande valor, sendo baixos os valores de impacto sobre as mesmas.

Em vários casos o troféu de caça é um componente importante da conservação pois atua com base nas comunidades locais organizadas, fazendo com que a responsabilidade sobre a gestão dos recursos naturais e a conservação das espécies seja competência das comunidades ao invés de ser algo restrito aos órgãos ambientais do governo. Entendendo esse contexto entre as comunidades e a caça, podemos ter uma compreensão do seu potencial para beneficiar a conservação. Em muitos locais do mundo espécies vivem em áreas além das áreas protegidas, justamente porque há um controle rígido na caça, o que não as prejudica (como as várias espécies de cervídeos que são comumente encontradas em várias cidades dos EUA).

Imagem

Em outras áreas os animais convivem próximos de humanos e acabam até mesmo causando danos porque eles afetam de diversas formas os meios de subsistência no qual as populações dependem. Eles podem impor custos graves sobre a população local por meio de danos físicos, danos às colheitas e até mesmo competindo com o gado por pastagens. Nesses locais, muitos animais selvagens acabam sendo mortos e utilizados como alimento e também na fabricação de vestes com uso de suas peles, principalmente nas regiões mais frias. Porém, esse problema ocorre devido ao fato dos habitats naturais dos animais estarem degradados ou até mesmo perdidos muitas vezes por não haverem outros locais possíveis para produção de alimento nas comunidades.

É nesse momento que entra a atuação de ongs e instituições como a IUCN para conciliar a sobrevivência das espécies animais com a sobrevivência dos humanos, onde ambas podem partilhar de uma mesma área, mas com um devido manejo adequado, incentivando o apoio das populações para manterem a vida selvagem, investindo em estruturas e técnicas diferenciadas para melhor produção de alimentos, bem como investindo no monitoramento e pesquisas possibilitando a proteção do habitat. Assim, muitas vezes o troféu de caça gera muito mais lucro paras comunidades do que o valor da própria terra que usam para produzir e vender seus produtos, onde ainda ganham mais com a vinda de turistas.

Imagem

Porém, quando mal gerido, o troféu de caça pode ter impactos ecológicos negativos, incluindo alterações nas idades e nas proporções sexuais dos indivíduos, causando perturbações sociais, aumentando os efeitos genéticos deletérios e, em casos extremos, causando declínio da população. Pode ser difícil garantir que os benefícios da caça gerem maior lucro para as comunidades do que a exploração da terra e outros recursos naturais quando há perdas por caça irregular. Por exemplo, um caçador irregular pode levar uma espécie à extinção local simplesmente por matar apenas alguns indivíduos da população. Sabe porque? Se essa espécie caçada possui diferenças significativas na proporção de machos e fêmeas (um sexo é muito mais abundante na população do que o outro), e o caçador mata exatamente os indivíduos do sexo menos abundante, só restarão indivíduos de um sexo e a população local estará extinta, pois, não haverá mais reprodução. Esses casos acontecem muito em lugares onde a caça é ilegal. Se o caçador não conhecer muito bem a espécie caçada, ele vai prejudicá-la. Por isso, em lugares onde a caça é regulamentada, os caçadores sabem exatamente quais indivíduos podem ou não caçar. Nesse caso, o trabalho das ongs e pesquisadores conservacionistas é fundamental.

O troféu de caça pode servir como uma ferramenta de conservação quando:
1 – Tiver como premissa as avaliações adequadas de recursos e/ou monitoramento dos índices de caça, sobre a qual quotas específicas e planos de caça podem ser estabelecidos através de um processo colaborativo. Idealmente, esse processo devem (quando pertinente) incluir as comunidades locais e em conjunto com o conhecimento local/indígena.

Essas avaliações de recursos (exemplos podem incluir avistamentos ou índices de desempenho da população, tais como freqüências de observação, contagem de indivíduos) ou índices de caça (exemplos podem incluir tamanho, idade do animal, taxas de sucesso da caça e captura por esforço de caça) são objetivas, bem documentadas, e usadas melhor junto da ciência e tecnologia viáveis e apropriadas dadas as circunstâncias e os recursos disponíveis;

2 – Envolver o gerenciamento adaptativo de quotas de caça e planos de acordo com os resultados das avaliações de recursos e/ou monitoramento de índices, garantindo que as quotas sejam ajustadas de acordo com as mudanças na base de recursos (causadas por mudanças ecológicas, padrões climáticos, ou impactos antrópicos, incluindo a caça);

3 – É baseado em leis, regulamentos e quotas (de preferência estabelecida com a entrada local) que são transparentes e claras, e são periodicamente revisadas ​​e atualizadas;

4 – Monitora atividades de caça para verificar que as cotas e restrições de sexo/idade dos animais abatidos estão sendo atendidas;

5 – Produz documentação confiável e periódica da sua sustentabilidade biológica e benefícios de conservação (se isto não for já produzido pelos mecanismos de comunicação).

A intenção da SSC é que esses princípios possam servir para ajudar as autoridades responsáveis ​​pela política, direito e planejamento nacional e subnacional, gestores responsáveis ​​a nível local, e as comunidades locais, na concepção e implementação de programas de troféu de caça, onde a conservação da biodiversidade e a partilha equitativa dos recursos naturais são objetivos.

Imagem

Por exemplo, no Tajiquistão, um membro pesquisador da IUCN estava estudando o Leopardo-das-neves e conseguiu observar que a caça de troféus regulamentada e monitorada conforme todos os critérios citados acima, pôde contribuir para a conservação desta espécie. Porém a espécie em si não era caçada e sim as suas presas antílopes mais comuns (de forma irregular), por isso o elevado grau de ameaça do felino. Somente com a caça de troféu regulamentada para as espécies, principalmente as presas do leopardo das neves, é que seu status de conservação começou a mudar e a mortalidade deste animal por produtores de caprinos locais foi reduzida, tendo em vista que a oferta de alimento em seu habitat tinha aumentado por decorrência da caça regularizada e o felino não rondava mais as propriedades rurais em busca das criações.

Viu como não tem nada de estranho em legalizar a caça? Se fossem vocês biólogos nesse ambiente, iriam pensar a mesma coisa que os biólogos pensaram por lá? Iriam liberar a caça para várias espécies, incluindo as presas do felino? Creio que a maioria dos biólogos e futuros biólogos conservacionistas não pensariam assim, justamente porque desde quando entramos no curso, nós temos essa ideia de que devemos ser 100% contra qualquer atividade que envolva a exploração de fauna e flora silvestre.

Mas não é assim que deve ser. É por isso que existe o tão falado desenvolvimento sustentável, ou, a sustentabilidade. Se fosse assim, se a caça fosse totalmente prejudicial, porque nos Estados Unidos, Canadá e diversos outros países onde a caça é legalizada, estes animais abaixo são caçados tranquilamente e nunca houveram problemas com declínios populacionais?

Existem ainda dezenas de outras espécies caçadas de forma totalmente regulamentada e estudada. Eu olho este urso e tenho dó dele, mas ao mesmo tempo não sinto muita coisa, porque eu sei que as atividades de caça nesses países são criteriosamente estudadas há mais de 100 anos. Os pesquisadores conservacionistas se preocupam também, assim como nós, mas entre barrar totalmente a caça e ter milhares de caçadores ilegais sem gerar renda alguma e muito menos dar valor as espécies, é muito mais fácil regulamentar a caça, estudar as populações, acompanhar todas as temporadas de caça, e ainda ter valores econômicos envolvidos. Assim, as espécies-alvo em si se tornam valorizadas e as comunidades do entorno também.

Olhe como a caça contribui significativamente na economia dos EUA:

Imagem

Imagine quantas pessoas que possuem pequenas propriedades, ou comunidades de pescadores, entre outras, poderiam ter uma renda adequada oriunda da caça aqui no país. Obtendo renda, logicamente iriam investir no negócio, conservando os habitats naturais, assim como é feito nos EUA, um dos países que mais praticam a caça regulamentada e movimenta bilhões!

É simples entender os benefícios da caça, pois como eu já disse em vários outros posts, para conservarmos a biodiversidade, sempre devemos trabalhar visando o lucro das pessoas que abrigam animais em suas propriedades, como por exemplo os fazendeiros. Aumentando seus lucros, os proprietários rurais trabalhariam e investiriam na conservação da biodiversidade de suas propriedades, investiriam em clubes de caça profissional, em pousadas, hoteis, plantio de árvores, o que consequentemente geraria mais empregos, valorizaria os estados onde existissem pontos de caça, as cidades receberiam turistas de vários outros estados, etc. Aqui no Brasil, onde existem milhares de fazendas com mais de 10.000 hectares e outras muito maiores, a atividade de caça regulamentada poderia ser uma grande contribuição para a conservação dos habitats e inclusive um incentivo para que os proprietários rurais recuperassem suas áreas desmatadas.

É muito melhor investir na caça do que falar “não pode caçar” e não fiscalizar, como ocorre aqui.

Recomendo a leitura destes posts para entender mais sobre os benefícios da caça regulamentada na conservação da biodiversidade:

– Turismo de caça na Tanzânia (IUCN)
– CITES – Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas da Fauna e da Flora Selvagens (IUCN)
– Convenção de Nairobi
– Caça de Troféu
– Caça de Troféu (diversos artigos da IUCN)
– Caça de Troféu de Caprinos (IUCN)
– Caça de Troféu (Conservation Force)

Espero que tenham entendido a mensagem e que passem agora a ver como ser flexível e buscar entender o lado das pessoas que praticam a caça pode ser muito melhor, do que simplesmente ser contra a caça e tentar proteger todas as espécies deixando de lado estas pessoas que podem nos ajudar muito na conservação da biodiversidade. É lógico, cada ecossistema tem suas características e justamente por isso, para a caça ser implementada, muitos estudos devem ser feitos. Não podemos jamais aplicar os planos de caça de outros países aqui no Brasil. Se um dia quisermos liberar a caça de algumas espécies, muitos anos de estudos deverão ser feitos. Acredito que se começássemos hoje um estudo para implementar a caça no Brasil (um estudo de verdade, sério, detalhado e criterioso), a caça só iniciaria no mínimo daqui umas duas décadas.

MAIS LINKS E INFO NO ORIGINAL: http://www.euquerobiologia.com.br/2013/ ... ao-da.html

Avatar do usuário
Jase Robertson
Mensagens: 4419
Registrado em: 16 Set 2014 07:39
Contato:

Re: Assassino de leão toma no furico!

Mensagem por Jase Robertson » 29 Jul 2015 15:22

só lembrando que não estou defendendo o que o cara da noticia fez.

e mais uma coisa, como ele fez isso? ele estava em um safari com uma empresa apta para o serviço, ou estava entre amigos ou outros caçadores não legalizados?

Avatar do usuário
Jase Robertson
Mensagens: 4419
Registrado em: 16 Set 2014 07:39
Contato:

Re: Assassino de leão toma no furico!

Mensagem por Jase Robertson » 29 Jul 2015 15:25

Garfield escreveu:
A situação é outra, eu concordo que regular na maioria das vezes é melhor do que proibir por ser mais fácil de fiscalizar e abrir possibilidade de reverter uma arrecadação para um ben comum.

No caso da caça não é diferente, apesar de considerar uma prática extremamente covarde e coisa de frouxo de pinto pequeno.

Para mim homem quando quer se testar se testa com o próprio corpo, não com uma arma de longo alcance sem sofrer riscos.

Mas este caso é indefensável.
bom, já tinha respondido algo no post acima pra ninguém em especifico, mas seu post veio a calhar.

Avatar do usuário
Holden
Aprendiz
Aprendiz
Mensagens: 2068
Registrado em: 09 Jul 2014 09:30
Contato:

Re: Assassino de leão toma no furico!

Mensagem por Holden » 29 Jul 2015 15:29

Não importa o que digam, a lógica é simples, alguém que ame animais não vai matar um e tirar uma foto sorrindo do lado do cadáver, isso é doentio. Podem argumentar que a mercantilização da caça possa ajudar na preservação por arrecadar dinheiro dos caçadores, agora vir com esse papinho de que a "caça" em si é algo positivo e elevar o caçador ao status de defensor da natureza é ridículo.
Imagem

"The fundamental cause of the trouble is that, in the modern world, the stupid are cocksure while the intelligent are full of doubt."


We're not here to take part, We're here to take over!

sid_
Mensagens: 1316
Registrado em: 13 Out 2014 11:56
Contato:

Re: Assassino de leão toma no furico!

Mensagem por sid_ » 29 Jul 2015 15:31

Jase Robertson escreveu:pequeno texto da NET GEO que cai bem no assunto:

África: caça esportiva pode ajudar preservação


Mas é um preço altíssimo a se pagar pela manutenção das reservas. O proprio NatGeo tem inúmeras matérias e documentarios expondo as mazelas da caça.
Bem no começo foi até necessário, para chamar atenção e atrair turismo, mas os Parques estão cada vez mais restringindo essas áreas de caça, é ilegal em qualquer lugar bem estruturado.

Mas as caçadas ainda acontecem em grande escala, devido também a caçadores ilegais que vendem essas oportunidades.

Até entendo o ponto de vista desse texto, mas isso só funcionaria em um mundo perfeito.
Para isso começar , eles já deveriam começar proibindo Qualquer tipo de caça, principalmente dos animais em extinção, para se estruturar e assim poderem vender a caça.
A sentença de que se continuarem matando não haverá mais nada para caçar, deveria motivar os caçadores, mas na história da humanidade, essa pergunta não foi feita com nenhuma raça que o ser humano extinguiu.
Jackman escreveu:Pior que parece que esse fdp também já respondeu processo nos EUA por matar outro animal.

Grande de um FDP.
Vish a lista do cara era de responsa :

Imagem

Imagem

Imagem

Responder

Quem está online

Usuários navegando neste fórum: Nenhum usuário registrado e 363 visitantes