Fabrício Werdum terá a chance de unificar os cinturões dos pesos-pesados do UFC no próximo dia 13 de junho, quando medirá forças contra Cain Velasquez na Cidade do México. E, até lá, o brasileiro terá que driblar as provocações de Javier Mendez, treinador do adversário.
Fugindo do comportamento e respeito habitual, o técnico prometeu que seu pupilo aplicará uma verdadeira surra no brasileiro, o que levantou questões, inclusive para Werdum, sobre o motivo de tal surpreendente postura.
“Quando falei demais, eu perdi. Quando não estamos confiantes, falamos demais para nos afirmarmos. O treinador do Velasquez está meio que se afirmando. O mestre [Rafael] Cordeiro até disse que falar do seu próprio atleta tudo bem, mas falar do outro é falta de respeito. O Velasquez é um cara quieto, ele mostra dentro do octógono, fala pouco e mostra que é bom mesmo. Mas pode ser que o treinador não está confiante”, arriscou em análise própria durante conversa com a reportagem da Ag Fight.
Um dos motivos que poderiam ajudar a promover tal insegurança seria os cerca de 18 meses longe dos octógonos, período em que o campeão linear da divisão mais pesada do UFC lutou contra lesões e cirurgias, gerando uma falta de ritmo que, em tese, deve pesar contra em seu retorno.
“Acho que sim [atrapalha], mas um pouco, não muito. Ele tem muita experiência e luta wrestling, que tem um treinamento muito forte. Claro que o ritmo de luta pode afetar, mas não acredito que vá ser o fundamental. Acho que será uma pequena vantagem nesse ponto”, minimizou o gaúcho que vem embalado por cinco triunfos na organização.
Anotando em sequência vitórias contundentes sobre Mark Hunt, Travis Brownie, Rodrigo ‘Minotauro, Roy Nelson e Mike Russow, Werdum se acostumou a ser taxado como azarão nas bolsas de apostas antes das disputas. Cenário este que o próprio lutador tratou de explicar.
“Eu posso falar por mim. No começo, as minhas lutas não eram espetaculares, eu não tinha essa parte de pé que eu aprendi tudo com o mestre Cordeiro. Tive algumas derrotas e teve isso da galera não acreditar no meu potencial. Mas mostrei de novo, estou vindo de cinco vitórias desde que voltei ao UFC. Tive essa coisa de ver se queria ser profissional realmente, e eu decidi. Hoje, sou profissional e faço todas as coisas certas. No começo da carreira foi na porra louca, no instinto do maloqueiro. Eu lutava porque gostava, mas não era profissional. E acho que isso ficou um pouco na cabeça dos fãs’, finalizou.
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