Pegetto escreveu: ↑25 Dez 2021 11:29
Então você é um tampinha com a mão pesada, mestre?
Não sou muito baixinho não (não tão alto também, não chego a ter 190 cm, apesar de não saber ao certo, não tiro medida de altura faz anos, só tenho uma régua que uso para medir meu membro - alguns foristas já viram, e ofereceram o reto como estojo para o meu instrumento), devo ser uma cabeça mais alta que o próprio Igor. Em compensação, P4P não bato TÃO forte (já nocauteei gente na minha faixa de peso e um pouco além, mas nunca alguém parecido com um prédio - tenho um monte de registros de luta meus em vídeo, tinha a intenção de criar um tópico sobre um pouco da minha mínima experiência e escrevi umas vinte páginas de texto, só que ficou autobiográfico demais e muito fora do que eu tinha planejado, que era um enfoque no meu interesse em técnica, ajustes e Artes Marciais como lifestyle; um dia talvez eu upe os vídeos e poste, ou mesmo dê continuidade à idéia de criar esse tópico, por ser ávido entusiasta, embora minha experiência não seja lá tão relevante, notável ou extensa o suficiente pra valer o comentário). Colocando em perspectiva, mesmo sendo relativamente grande para os padrões humanos normais, eu ainda sou miudinho comparado com aqueles gigantes gordões que o Igor praticamente matava. Absurdo demais, o que ele fazia era o equivalente a abater um kaijū com um ataque nuclear orbital.
Entrando em outra questão (meio chato, mas eu fico empolgado descrevendo minha perspectiva e como se relaciona ao assunto). Uns meses atrás eu estava conversando com um professor meu. A gente estava discutindo sobre como pode ser definida a natureza de um gênio. A conclusão de ambos foi que não se pode. Todos nós conhecemos alguém que é inteligente (ou muito inteligente, ou particularmente inteligente em um campo particular - tanto faz), mas isso recai somente no escopo de uso da máquina cerebral (não acho que o gênio se relacione com alguma forma de inteligência, embora possa refletir na inteligência e na inclinação para uma atividade específica, é mais uma forma de consciência - da mesma maneira que você pode traduzir uma estrela pela métrica da linguagem científica, o fenômeno em si é algo inteiramente independente das formas como pode ser interpretado; hehehe, existe um gap considerável entre a ciência e a natureza, porque o nosso entendimento de um elemento natural vem das maneiras pelas quais somos afetados e usos que podemos encontrar pra isso, o que por si só já denota a grandeza do fenômeno da consciência humana e a irrelevância do nosso próprio entendimento em uma ordem mais elevada, dado que não somos capazes, realmente, de rastrear a fonte desses elementos ou perceber sua finalidade real, somente tirar algum proveito do respingo que a consciência é capaz de produzir para estender o nosso curto tempo por aqui; por finalidade, me refiro aos meios como o Universo se organiza, e já foi comprovado que o Universo não é nenhum evento de caos aleatório, e tem um motor extremamente fino pelo qual se auto-regula), nada de muito demais considerando as possibilidades (na minha opinião não é diferente de ficar bom em alguma coisa por ação repetitiva, tu está simplesmente condicionando algo que foi feito pra assimilar uma experiência daquela maneira). O gênio real (termo um tanto banalizado, qualquer zé mané hoje em dia em qualquer campo é chamado de gênio, mesmo que, geralmente, esteja longe de descrever o artigo genuíno que raramente nos deparamos em vida - em uma escala bem menor, é como quando dizem que Deus é perfeito, o que é uma idéia absurda, a idéia de Deus não poderia ser enquadrada sob um parâmetro humano, porque isso o estaria retratando como um fenômeno inteligível, e portanto, existindo na condição de elemento quantificavel; eu sou ateu, então essa é a parte mais irrelevante desse texto desnecessário, mas nas escrituras sagradas, tanto na Bíblia quanto no Alcorão, Deus é descrito como esse ser inominável, eldritch-like, que não só não pode ser compreendido, quanto a sua própria dimensão é mensurada pela métrica em que somos incapazes de entender sua real dimensão e natureza, em igual medida) é simplesmente uma força da natureza, suas raízes e sua forma real desvanecem em mistério.
Sou bem chato mesmo, foi mal, kkkkk
Mas, concluindo. Qualquer um que assista o Igor lutando e se interesse por estudo de técnica vai tirar pouco proveito didático do que ele fazia, porque o que ele fazia não pode ser rastreado dentro dessa ordem de elementos que compõem e configuram o ato de lutar. Como o gênio (da forma que eu e meu Mestre definimos), é uma força da natureza em movimento. É por isso que, quando assisto ele lutar, eu consigo divisar o prazer de assistir uma luta (e todos os motivos que me fazem gostar tanto de lutar quanto de assistir) da satisfação de ver aqueles programas que mostram colisões em alta velocidade, ou eventos de escala muito destrutiva (como aquele vídeo do cara que filmou um furacão arrancando a casa dele do chão, de dentro da casa - não consegui encontrar, mas é um registro e tanto; me faz lembrar de outra discussão, em que falamos sobre como enquadramos esses eventos como destrutivos, quando a própria consciência produz meios de vivência que são produtivos para nós e de dano considerável e mesmo irreparável para a natureza, então talvez um evento destrutivo seja, afinal, somente incompreendido, hehe).