Antes de estreia na PFL, Mutante revela que quase assinou com organização antes do TUF Brasil

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Dillan Grau
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Antes de estreia na PFL, Mutante revela que quase assinou com organização antes do TUF Brasil

Mensagem por Dillan Grau » 28 Abr 2021 17:04

Em 2012, brasileiro tinha contrato para assinar com o WSOF, atual Professional Fighters League, e escolheu participar do reality show. Quase dez anos depois, estreia na nova casa nesta quinta

Em 2012, Cezar Mutante esteve diante de dois caminhos, e escolheu um deles. Em 2021, o lutador brasileiro pega o caminho que abriu mão há quase dez anos. Não entendeu? Explico. Enquanto fazia tentava participar da primeira edição nacional do reality The Ultimate Fighter (TUF), Mutante tinha um contrato prestes a assinar com o World Series of Fighting (WSOF), hoje Professional Fighters League (PFL). Na ocasião, seguiu no TUF e depois entrou para o UFC. Agora, nesta quinta-feira, ele estreia na PFL e começa a parceria adiada por uma década com a companhia presidida pelo ex-lutador Ray Sefo.

Em conversa com o Combate, Cezar Mutante falou sobre a expectativa antes da estreia na temporada regular no meio-pesado (até 93kg), em que encara o americano Nick Roehrick na primeira rodada.

- Sempre tive um bom relacionamento com o Ray Sefo. Ele, inclusive, foi meu treinador no início da carreira, quando treinei na Xtreme Couture, foi meu córner por duas lutas. Antes de eu ir para o TUF, o Ray Sefo estava lançando o WSOF e eu estava com o contrato no meu e-mail para assinar com a organização, que seria esse formato que é o hoje, e depois eles fizeram da maneira regular. E aí acabou que decidi tentar o TUF, entrei e os caminhos se separaram. Mas a gente sempre manteve contato, e quando o meu contrato com o UFC foi chegando ao final, eu e meu manager começamos a ver novas oportunidades e opções, e a PFL foi a primeira. A gente contatou o Ray e ele ofereceu um bom contrato. Praticamente será a mesma coisa que eu recebia no UFC, e tenho a chance de receber os bônus do torneio. Não poderia ser melhor.

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Cezar Mutante estreia contra Nick Roehrick na temporada regular da PFL — Foto: Divulgação

Por falar em UFC, a história de Mutante na organização começou em 2012 com o título peso-médio (até 84kg) no reality, ao bater Serginho Moraes na final. Depois disso, bateu nomes como Thiago Marreta, Daniel Sarafian, Andrew Craig, Anthony Smith, Jack Hermansson e Nate Marquardt, além de derrota para Elias Theodorou, Ian Heinisch e Marvin Vettori. A luta com o italiano, em julho de 2019, foi a última do contrato e da passagem de Mutante pelo Ultimate.

- O UFC foi a casa onde fiz praticamente toda a minha carreira. Quando entrei no UFC, logo depois que ganhei o TUF, posso dizer que eu era praticamente um iniciante, tinha só seis luta profissionais. Construí toda a minha carreira dentro do UFC ao longo de oito anos, me testando contra os melhores (...). Foi uma foi uma trajetória legal, de grande aprendizado. Sou muito grato ao UFC pela oportunidade que eles me deram. Cumpri meu contato até o final, não houve uma rescisão. E aí, na sequência, decidi vir para a PFL. Acredito que é um evento muito promissor, com mais meritocracia. O MMA hoje está virando mais entretenimento do que esporte, e deveria ser mais esporte do que entretenimento. Acredito que quem ganha mais lutas tem que receber o direito de lutar pelo cinturão e de subir na carreira. E a PFL veio com essa proposta, é um evento onde eu não preciso fazer “trash talk”, tudo que tenho que fazer é ir lá lutar bem e avançar passo a passo no torneio.

Em 14 lutas no UFC, Mutante fez 13 delas no peso-médio (até 84kg), com apenas uma incursão no meio-médio (até 77kg), quando perdeu para Jorge Masvidal. Agora, na PFL, que não tem a categoria dos médios, o lutador paulista subiu de peso.

- Sempre tive um corte de peso grande. Apesar de fazer com certa facilidade, todo mundo tem que concordar que desidratar 10kg num dia e tentar recuperar no outro é, fisiologicamente, impossível se recuperar 100%. Era uma coisa que já estava pensando em fazer desde a época do UFC, acho que demorei um pouco para tomar essa decisão, mas tudo casou certinho para mim na PFL. Está sendo bom demais porque nunca tive uma “fight week” como estou tendo aqui. Estou comendo, bebendo, consigo treinar bem. Nessa época de semana da luta, o cara está com fome, com sede, bate a manopla e fica tonto... Estou me sentindo muito bem.

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Cezar Mutante acabou derrotado por Marvin Vettori em sua última luta no UFC, ainda em 2019 — Foto: Getty Images

Cezar Mutante, que há cinco anos faz parte da equipe MMA Masters na Flórida, e treina sob o comando de César Carneiro e Daniel Valverde, tem lembrado um pouco do TUF durante a quarentena feita na bolha da PFL, num hotel cassino em Atlantic City.

- Estou praticamente relembrando a época do reality show. Para entrar aqui você tem que fazer um teste, ficar em quarentena por dois dias no quarto, e depois deixam você sair do quarto. E aí, todos os dias até 13h tenho que fazer um teste de Covid. E só posso ficar nos limites da bolha. Aqui tenho a sala de treinamento, a área onde tem saco de pancada, a área de preparação física, e descendo mais um pouquinho já tem o octógono [na verdade, o cage da PFL é um decágono] onde vou lutar, que dá para dar um treino também. Então, é tudo concentrado num lugar só, você anda e vê a galera que você vai lutar, sempre cruzando com os caras (...). Depois de ter passado por aquela casa do TUF, essas coisas são bem tranquilas, como conviver com o oponente.

Sobre o sistema de disputa, com duas lutas na temporada regular e com apenas quatro classificados para as semifinais entre os dez lutadores da divisão, Mutante já tem a estratégia definida para seguir às finais.

- A gente já pensou e estudou toda a estratégia para a luta em si e para o torneio. Se observar, quem ganha a luta no primeiro round abre com seis pontos. É praticamente a pontuação de duas vitórias por decisão, praticamente te garante a entrada nos playoffs. Sair na frente nessa luta é muito importante. Então, a gente vai colocar um pouquinho mais de gasolina nessa largada, tentar vencer essa luta antes do terceiro round.



Mutante terá na categoria a companhia do atual campeão Emiliano Sordi, além de Chris Camozzi, Antônio Cara de Sapato, Tom Lawlor, Vinny Magalhães, Jordan Young, Dan Spohn, Marthin Hamlet Nielsen, e seu rival Nick Roehrick.

- Vai ser disputado! Os caras escolheram bem a galera, só tem casca grossa! Estou numa das melhores organizações do mundo, então não poderia esperar menos (...). (Nick Roehrick) é um cara que tem um cartel decente, só tem uma derrota na carreira, tem um bom jogo de wrestling, bom boxe, boa trocação. É um cara que tem uma movimentação um pouco mais lenta, então quero apostar muito na velocidade de entrada e saída, pontuar bastante e, eventualmente, conseguir um nocaute.

Entenda como funciona a PFL
O formato é inspirado nas grandes ligas esportivas americanas, nas quais o campeonato é dividido em temporada regular e playoffs. Na PFL, a temporada regular consiste em duas lutas para cada atleta, independentemente de seus resultados. O lutador só não cumprirá as duas lutas caso não bata o peso, seja pego em exame antidoping, ou receba uma suspensão médica após a primeira luta que o impeça de retornar ao cage a tempo da segunda rodada.

Cada luta vale pontos na classificação. Uma vitória conta três pontos e um empate vale um ponto. "No Contests" (lutas sem resultado) também valem um ponto. Vitórias por nocaute e finalização recebem bônus de acordo com o round em que acontecerem: no primeiro assalto, são três pontos de bônus; no segundo, dois pontos; e no terceiro, um ponto.

Ao final da temporada regular, os quatro melhores classificados de cada categoria passam aos playoffs e se enfrentam por uma vaga na grande decisão - os confrontos semifinais serão determinados pelos matchmakers (responsáveis pelo casamento de lutas) do evento.
Serviço da transmissão
O Combate transmite todo o card "PFL 2021 #2" a partir das 18h30 (de Brasília) na quinta-feira, dia 29. Você ainda pode assistir às duas primeiras lutas no SporTV 3 e no YouTube do canal Combate, além de todo o evento em Tempo Real no Combate.com.

PFL 2021 #2
29 de abril de 2021, em Atlantic City (EUA)
CARD PRINCIPAL (22h, horário de Brasília):
Peso-meio-médio: Rory MacDonald x Curtis Millender
Peso-meio-médio: Ray Cooper III x Jason Ponet
Peso-meio-médio: Gleison Tibau x João Zeferino
Peso-meio-pesado: Emiliano Sordi x Chris Camozzi
CARD PRELIMINAR (18h30, horário de Brasília):
Peso-meio-pesado: Antônio Cara de Sapato x Tom Lawlor
Peso-meio-pesado: Vinny Magalhães x Jordan Young
Peso-meio-pesado: Cezar Mutante x Nick Roehrick
Peso-meio-médio: Sadibou Sy x Nikolay Aleksakhin
Peso-meio-pesado: Dan Spohn x Marthin Hamlet Nielsen

https://globoesporte.globo.com/combate/ ... asil.ghtml
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