Minotauro lança série “Viver para Lutar”, que será exibida no Combate
Enviado: 27 Mar 2017 15:16
Por Lucas Ferreira - Publicado às 08:00 de 27/03/17
Na pré-estreia de sua nova série “Viver para Lutar”, que irá ao ar no Canal Combate a partir de segunda, Rodrigo Minotauro falou com os jornalistas sobre a experiência da viagem que fez para a série, onde ele percorreu cinco países visitando templos e treinamentos de várias artes marciais, como o caratê e o judô no Japão e o taekwondo na Coreia do Sul.
A série, com seis episódios, traz a experiência de Minotauro na viagem que o lutador fez por cinco países: Japão, Coreia do Sul, Estados Unidos, Rússia e Tailândia. Em cada um desses países, Minotauro conheceu lendas do esporte e das artes marciais e teve a oportunidade de treinar com cada um dos maiores mestres das lutas. Ontem, na pré-estreia, foi apresentado o primeiro episódio, onde Minotauro conhece as origens do caratê e visita a ilha de Okinawa, local onde foi desenvolvida a arte marcial. O primeiro episódio irá ao ar no Canal Combate na segunda-feira, dia 24, às 20:00. Veja o que disse o lutador na coletiva:
- Minotauro, você conheceu diversos países nessa viagem. Qual dos países e das culturas te impressionou mais?
Minotauro: Então, eu gostei mais do Japão porque eu conheço a cultura japonesa, sou faixa preta de judô, vivi aquilo, mas nunca tinha treinado num centro de excelência como o da Tokai (universidade japonesa que é centro de excelência no judô) que é a maior equipe universitária, onde a gente filmou o campeonato universitário onde o resultado praticamente decide a convocação japonesa do esporte para as Olimpíadas de 2020. Então treinar com esses caras assim foi o ápice porque eu sonho em treinar num lugar como esse desde meus quatro anos de idade, eu conheci o maior mestre do caratê atual, que é o mestre Higa, décimo dan, vesti um quimono de caratê pela primeira vez, treinei com esse cara e assim, foi fantástico.. e depois eu sentei assim, durante o treino e conversando com o diretor da série eu falei que “se eu morresse hoje, eu morreria feliz, com a missão na vida feita”. É difícil até de escolher o melhor.
- Você acha que os países que você visitou tem uma relação diferente com as artes marciais?
Minotauro: Então, a gente falou sobre isso, sobre a relação do país com a luta. A Rússia é um país que foi invadido, o país em que morreu mais gente na 2ª Guerra Mundial, então é um país que precisou da luta, da arte marcial pra se defender. Então eles tem essa cultura da arte marcial, que o Brasil não tem, não tem uma arte marcial brasileira… A gente adaptou o judô, que eu acho que é a luta com o maior número de praticantes, porque a gente leva as crianças pra educar, mas não tem aquela arte marcial. O caratê, por exemplo, em Okinawa, a ilha no sul do Japão onde nós fomos, que é passagem entre a China, a Coreia e o Japão, então a ilha foi invadida diversas vezes e eles aprenderam a usar o caratê até pra se defender. Então tem esse lance da arte marcial, de usar primeiro pra se defender por necessidade, o Brasil não tem uma necessidade da arte marcial. A gente tem o Brazilian Jiu-Jitsu, que é uma cultura da gente treinar, o brasileiro gosta, mas a gente não tem isso no Brasil.
- O que você acha da possível luta entre Mayweather e McGregor?
Minotauro: O Mayweather é mais técnico. Ele cresceu no boxe, mas de qualquer maneira o McGregor é maior, ele é bem mais forte. Ele estaria no boxe duas categorias acima, então ele tem essa vantagem, do peso. Eu gosto dessa luta, é bem interessante, na modalidade do Mayweather, mas o McGregor não tem nada a perder, ele vai arriscar ali na modalidade do adversário e se ele ganhar vai ser ótimo pra divulgar a força do UFC. Se o Mayweather ganhar, vai ser por pontos, mas não seria uma surpresa pra mim o McGregor nocautear e levar.
- Qual sua opinião sobre a Liga das Lendas, que foi proposta pelo Vitor Belfort, pra trazer de volta os grandes nomes do UFC?
Minotauro: Não caberia ter regras diferentes, porque se tiver regras diferentes você muda o esporte. Não pode cotovelada? Mudou o esporte. Se atletas lutarem na mesma faixa etária de idade, nas mesmas condições, por que não? Acho que seria válido a mesma idade se tivesse o mesmo desempenho.
- Como que está sendo agora o seu trabalho como embaixador do UFC?
Minotauro: Excelente, eu gosto de trabalhar pelo esporte. Como eu falei, o cara tem o centro de treinamento dele e a gente tem que trabalhar pelo esporte. Eu gosto de fazer isso, e realmente eu faço isso há muitos anos, tentar divulgar, estar sempre em eventos apresentando o MMA, a gente faz isso, a gente conseguiu, a gente conseguiu levar a Glória Maria pro Pride em 2003, o Jornal O Globo, o Jornal Extra, a gente levou todo mundo por conta própria pro Japão e a gente conseguiu abrir, dar o pontapé pra imprensa brasileira olhar pro nosso esporte e pra mim é uma missão continuar a fazer isso.
- Qual foi a arte marcial que você sentiu mais dificuldade, seja pelo treinamento, seja pela luta?
Minotauro: Eu não chuto, eu senti dificuldade no taekwondo, porque eu tenho uma cirurgia no quadril. Mas tem uma parte de socos no taekwondo, de movimentação que eu consegui fazer. A luta olímpica (wrestling), o treinamento com o Coach Smith (da Oklahoma State University) foi o que eu menos treinei porque eu já tava machucado. Eu peguei pesado, a gente treinou aí três meses, treinando, malhando.
- Deu saudade do UFC?
Minotauro: Com certeza (risos). O UFC tá entregando nessa série um novo conceito, de olhar pra fora do octógono. O UFC fez 30 horas de capítulos de documentários, sobre arte marcial, olhando pro outro lado das coisas. Tem um documentário também que fala da conexão do fã com o campeão, que é uma conexão quase que religiosa. Você pega um fã do José Aldo lá em Manaus, um fã do McGregor que tá lá na Irlanda e ao mesmo tempo que ele tá lutando o fã tá lá torcendo por ele, essa energia que o fã passa pra gente é muito legal. Então a gente fala de fã, fala de arte marcial, então vão vir mais documentários. E vai vir um documentário muito interessante sobre o Jiu-Jitsu no MMA. A gente pegou o Bruno Malfacine e o Rodolfo Vieira, que são os dois maiores campeões do jiu-jitsu e tá trazendo pro MMA, pro começo, a gente filmou o Rodolfo Vieira e o Bruno treinando pra primeira luta e a carreira dele por dois anos a gente vai ficar filmando aí.
Fonte: http://torcedores.com/noticias/2017/03/ ... para-lutar
Na pré-estreia de sua nova série “Viver para Lutar”, que irá ao ar no Canal Combate a partir de segunda, Rodrigo Minotauro falou com os jornalistas sobre a experiência da viagem que fez para a série, onde ele percorreu cinco países visitando templos e treinamentos de várias artes marciais, como o caratê e o judô no Japão e o taekwondo na Coreia do Sul.
A série, com seis episódios, traz a experiência de Minotauro na viagem que o lutador fez por cinco países: Japão, Coreia do Sul, Estados Unidos, Rússia e Tailândia. Em cada um desses países, Minotauro conheceu lendas do esporte e das artes marciais e teve a oportunidade de treinar com cada um dos maiores mestres das lutas. Ontem, na pré-estreia, foi apresentado o primeiro episódio, onde Minotauro conhece as origens do caratê e visita a ilha de Okinawa, local onde foi desenvolvida a arte marcial. O primeiro episódio irá ao ar no Canal Combate na segunda-feira, dia 24, às 20:00. Veja o que disse o lutador na coletiva:
- Minotauro, você conheceu diversos países nessa viagem. Qual dos países e das culturas te impressionou mais?
Minotauro: Então, eu gostei mais do Japão porque eu conheço a cultura japonesa, sou faixa preta de judô, vivi aquilo, mas nunca tinha treinado num centro de excelência como o da Tokai (universidade japonesa que é centro de excelência no judô) que é a maior equipe universitária, onde a gente filmou o campeonato universitário onde o resultado praticamente decide a convocação japonesa do esporte para as Olimpíadas de 2020. Então treinar com esses caras assim foi o ápice porque eu sonho em treinar num lugar como esse desde meus quatro anos de idade, eu conheci o maior mestre do caratê atual, que é o mestre Higa, décimo dan, vesti um quimono de caratê pela primeira vez, treinei com esse cara e assim, foi fantástico.. e depois eu sentei assim, durante o treino e conversando com o diretor da série eu falei que “se eu morresse hoje, eu morreria feliz, com a missão na vida feita”. É difícil até de escolher o melhor.
- Você acha que os países que você visitou tem uma relação diferente com as artes marciais?
Minotauro: Então, a gente falou sobre isso, sobre a relação do país com a luta. A Rússia é um país que foi invadido, o país em que morreu mais gente na 2ª Guerra Mundial, então é um país que precisou da luta, da arte marcial pra se defender. Então eles tem essa cultura da arte marcial, que o Brasil não tem, não tem uma arte marcial brasileira… A gente adaptou o judô, que eu acho que é a luta com o maior número de praticantes, porque a gente leva as crianças pra educar, mas não tem aquela arte marcial. O caratê, por exemplo, em Okinawa, a ilha no sul do Japão onde nós fomos, que é passagem entre a China, a Coreia e o Japão, então a ilha foi invadida diversas vezes e eles aprenderam a usar o caratê até pra se defender. Então tem esse lance da arte marcial, de usar primeiro pra se defender por necessidade, o Brasil não tem uma necessidade da arte marcial. A gente tem o Brazilian Jiu-Jitsu, que é uma cultura da gente treinar, o brasileiro gosta, mas a gente não tem isso no Brasil.
- O que você acha da possível luta entre Mayweather e McGregor?
Minotauro: O Mayweather é mais técnico. Ele cresceu no boxe, mas de qualquer maneira o McGregor é maior, ele é bem mais forte. Ele estaria no boxe duas categorias acima, então ele tem essa vantagem, do peso. Eu gosto dessa luta, é bem interessante, na modalidade do Mayweather, mas o McGregor não tem nada a perder, ele vai arriscar ali na modalidade do adversário e se ele ganhar vai ser ótimo pra divulgar a força do UFC. Se o Mayweather ganhar, vai ser por pontos, mas não seria uma surpresa pra mim o McGregor nocautear e levar.
- Qual sua opinião sobre a Liga das Lendas, que foi proposta pelo Vitor Belfort, pra trazer de volta os grandes nomes do UFC?
Minotauro: Não caberia ter regras diferentes, porque se tiver regras diferentes você muda o esporte. Não pode cotovelada? Mudou o esporte. Se atletas lutarem na mesma faixa etária de idade, nas mesmas condições, por que não? Acho que seria válido a mesma idade se tivesse o mesmo desempenho.
- Como que está sendo agora o seu trabalho como embaixador do UFC?
Minotauro: Excelente, eu gosto de trabalhar pelo esporte. Como eu falei, o cara tem o centro de treinamento dele e a gente tem que trabalhar pelo esporte. Eu gosto de fazer isso, e realmente eu faço isso há muitos anos, tentar divulgar, estar sempre em eventos apresentando o MMA, a gente faz isso, a gente conseguiu, a gente conseguiu levar a Glória Maria pro Pride em 2003, o Jornal O Globo, o Jornal Extra, a gente levou todo mundo por conta própria pro Japão e a gente conseguiu abrir, dar o pontapé pra imprensa brasileira olhar pro nosso esporte e pra mim é uma missão continuar a fazer isso.
- Qual foi a arte marcial que você sentiu mais dificuldade, seja pelo treinamento, seja pela luta?
Minotauro: Eu não chuto, eu senti dificuldade no taekwondo, porque eu tenho uma cirurgia no quadril. Mas tem uma parte de socos no taekwondo, de movimentação que eu consegui fazer. A luta olímpica (wrestling), o treinamento com o Coach Smith (da Oklahoma State University) foi o que eu menos treinei porque eu já tava machucado. Eu peguei pesado, a gente treinou aí três meses, treinando, malhando.
- Deu saudade do UFC?
Minotauro: Com certeza (risos). O UFC tá entregando nessa série um novo conceito, de olhar pra fora do octógono. O UFC fez 30 horas de capítulos de documentários, sobre arte marcial, olhando pro outro lado das coisas. Tem um documentário também que fala da conexão do fã com o campeão, que é uma conexão quase que religiosa. Você pega um fã do José Aldo lá em Manaus, um fã do McGregor que tá lá na Irlanda e ao mesmo tempo que ele tá lutando o fã tá lá torcendo por ele, essa energia que o fã passa pra gente é muito legal. Então a gente fala de fã, fala de arte marcial, então vão vir mais documentários. E vai vir um documentário muito interessante sobre o Jiu-Jitsu no MMA. A gente pegou o Bruno Malfacine e o Rodolfo Vieira, que são os dois maiores campeões do jiu-jitsu e tá trazendo pro MMA, pro começo, a gente filmou o Rodolfo Vieira e o Bruno treinando pra primeira luta e a carreira dele por dois anos a gente vai ficar filmando aí.
Fonte: http://torcedores.com/noticias/2017/03/ ... para-lutar