e ressalta volta às "origens" para conseguir finalização com uma chave de joelho

Número 15 do ranking do peso-galo do UFC, Iuri Marajó deve ganhar um lugar melhor na lista após a vitória deste último sábado diante de Luke Sanders, no UFC 209. Mas o triunfo por finalização, no segundo round, não o deixou satisfeito com o próprio desempenho. Apesar de pedir ao Ultimate uma vaga no card do UFC 212, no Rio de Janeiro, em junho, o lutador paraense ponderou que não estava em condições de pedir por adversários específicos.
- Quero voltar em junho. Prometi que ia pedir dois caras, mas, como não fiz uma luta boa, não mereço pedir ninguém. Mas quero muito lutar no Brasil no dia 3 de junho. Quero que o UFC me dê essa oportunidade, e quem sabe vem um desses dois caras. Vai ficar em off porque não estou merecendo pedir ninguém - disse o sincero Iuri Marajó.
No primeiro round, o brasileiro levou um sufoco de Sanders, que o derrubou e passou a golpear incessantemente por cima. Marajó contou que o irmão e também lutador Ildemar o orientou do córner a se movimentar para não deixar o árbitro interromper o combate.
- Estava sentindo essa pressão dele, deu uma pressão boa, pensei que o juiz fosse interromper a luta, mas graças a Deus não. Meu irmão ficava gritando para mim: "Não para, não para, movimenta". Ficava movimentando para o árbitro não parar a luta, e não parou (...). Sabia que ele vinha (para cima), ele é um cara de primeiro round, no segundo sabia que ia diminuir o ritmo, como diminuiu. E também diminuí, porque fiz bastante força com ele.
Ainda no primeiro round, uma joelhada ilegal de Sanders aplicada na cabeça de Marajó, quando este estava com três apoios no chão a 10s do intervalo, custou um ponto ao americano. O brasileiro não viu problema no fato.
- Sempre acontece isso na academia, levar uma joelhada, uma cotovelada ilegal, a gente já está acostumado a passar por isso. É acidente de trabalho, já estou acostumado. Sabia que o árbitro ia parar a luta ali e teria uns cinco minutos para me recuperar.
E foi no segundo round que Iuri Marajó virou a luta e conseguiu a finalização que o deu a vitória. Antes disso, ainda sofreu mais com golpes duros de Sanders, que o levou para o chão. Ali, orientado novamente pelo irmão, encontrou a saída na especialidade da casa, o jiu-jítsu. Ele aproveitou um descuido do adversário para encaixar uma chave de joelho e forçar o americano a bater, desistindo do combate.
- Treinei para chegar e acabar essa luta no primeiro round, treinei muito isso, e não usei nada do que treinei. Mas voltei às origens e fui buscar essa finalização (...). Ildemar ficava gritando um tempão para mim: "Gira, gira". E eu sabendo que era para girar no leg lock, esperei o “time” para girar no momento certo e com o golpe encaixado. Sabia que ia encaixar o golpe, esse é o meu ponto forte, o leg lock, meu e do meu irmão, e quando encaixa ninguém sai.
Aos 36 anos, Iuri Marajó emendou a segunda vitória seguida, depois de vencer Brad Pickett no UFC 204. Agora, o paraense é dono de um cartel com 35 vitórias e sete derrotas.
FONTE; http://sportv.globo.com/site/combate/no ... nomes.html