
Jéssica ‘Bate-Estaca’ acompanhou de perto o UFC 207 – Diego Ribas
Com duas vitórias contundentes desde que desceu para a divisão peso-palha (52 kg) do UFC, Jéssica ‘Bate-Estaca’ Andrade já ocupa a quinta posição do ranking oficial do evento. E, beneficiada pelo domínio da campeã Joanna Jedrzejczyk, que obriga a organização a lhe oferecer novos desafios no octógono, a brasileira garante que está mais perto do que nunca do cinturão, a ponto de já ter recebido até mesmo a oferta para encarar a polonesa.
No entanto, a paranaense de 25 anos tretou de adiar a possibilidade e pedir por ao menos mais um confronto antes de poder ter a sonhada chance. Isso porquê, de acordo com o planejamento de sua equipe, ela poderia investir o dinheiro de mais uma vitória em intercâmbios para aprimorar suas deficiências antes de fazer um confronto de tamanha importância.
“O UFC ofereceu para gente duas hipóteses”, afirmou em conversa com a reportagem da Ag. Fight. “Quero muito lutar, preciso de mais uma luta pela parte financeira para poder fazer um bom camp para enfrentar a Joanna. Eles ofereceram: ‘Ou você luta ou espera e já vai direto pelo cinturão em abril’. Mas seria muito complicado fazer uma luta com a campeã sem ter uma boa estrutura. Tenho que estar bem preparada para fazer uma luta dessa. Quero fazer mais uma luta e depois mostrar para todo mundo que estou na categoria certa e que sou capaz de disputar um cinturão”.
Com as cartas abertas para a organização, Jessica pediu, através de seu empresário Tiago Okamura, uma luta no final de janeiro, o que lhe daria, em caso de vitória, tempo e dinheiro suficientes para planejar com calma uma disputa com Joanna em abril.
“A Joanna acabou de lutar, está se recuperando. Ach que ela quebrou o nariz. Acho que abril seria uma boa marca para lutar pelo cinturão se eu lutasse em janeiro. Seria ótimo”, afirmou antes de analisar a relação entre ela e a ‘ex-amiga’.
Por anos, tanto Jéssica quando Joanna trabalhavam com o mesmo empresário, o que garantia vínculo amistoso o suficiente para que, em certas ocasiões, elas treinassem juntas. Relação esta que desde a troca de equipe da polonesa mudou de figura.
“Quando entrei na categoria dela, no 52 kg, acho que fiz uma luta e ela já trocou de empresário e equipe. O vínculo que a gente tinha já não vinha muito bem. Ela por saber que eu ia mudar de categoria, por já treinado comigo e dizer que eu era muito forte, ficou meio que com o pé atrás. Não acho que foi por isso que ela trocou de empresário e equipe, hoje eu vejo ela como oponente. Mas repudio o que ela fez. Você não pode largar a equipe, eles são a nossa familia. Não importa o que ela fale, vou tratar com respeito. Mas na hora lá eu acho que vou querer matar ela e acabou [risos]”, finalizou.
Com 15 vitórias e apenas cinco derrotas como profissional de MMA, a baixinha de apenas 1,57m de altura costumava competir na mesma divisão de Amanda Nunes, com limite de até 61 kg. Com a reeducação alimentar, agora Jéssica baixou de peso e compete com limite de 52 kg, onde sobra no quesito força e não tem mais o incômodo de ser a menor das atletas e, portanto, sofrer com a envergadura das oponentes.
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