Com quase 50 anos de idade e mais de 30 de carreira, entre lutador e treinador de kickboxing, Henri Hooft pode parecer sério demais, quase rude, se você conversa com ele em semana de luta, principalmente quando seus pupilos estão próximos de lutas tão importantes. É o caso de Vitor Belfort e Anthony Johnson, que neste sábado disputam cinturões no UFC 187, em Las Vegas.
Mas quem trabalha com ele garante: tem um sorriso fácil e um grande papo que ajudam a lapidar a trocação dos atletas da Blackzilians, um dos principais times de MMA do mundo na atualidade. Há quatro anos o holandês de quase 2m de altura leva a arte marcial que está no sangue de seu país a um outro nível na academia do sul do estado norte-americano da Flórida.
Para o Brasil, ele teve um importante papel: ele é o responsável direto por essa nova fase de Vitor Belfort que o levou à luta pelo título contra Chris Weidman. Ele fez com que o brasileiro passasse a usar mais os chutes. E foi dessa maneira que ele conseguiu seus três últimos nocautes.
“Ele já estava pronto para chutar, já tinha o chute em seu repertório, só precisava acreditar mais em si. Ele fazia isso o tempo todo [nos treinos], só tinha de usar mais nas lutas. Quando você treina com muito kickboxers, levando um monte de chute, você começa a chutar de volta. Apenas começamos a colocar mais sequências de chutes e socos, porque os socos sozinhos, do boxe, ele já tinha. Apenas melhoramos a transição do soco para o chute”, explicou.
Hooft tem uma mentalidade muito parecida com a de Vitor, um lado motivação muito forte e, até por isso, o trabalho dos dois casou tão fácil. A confiança e o trabalho duro, dia a dia, é a base para se chegar a uma conquista. Dessa maneira, ele fez com que o brasileiro usasse ainda mais os chutes no treinos. “Importante foi o trabalho no sparring, porque nesse treino, todo mundo chuta para cima dele e ele tem de tentar alguns chutes também. Como trazemos grandes lutadores de kickboxing para treinar conosco, sempre incentivo muitos chutes também.”
E qual é a previsão para que o brasileiro use esse tipo de golpe na disputa de cinturão neste sábado? “Acho que todas as armas serão importantes contra Chris Weidman. Acho que ele vai chutar muito porque isso se tornou uma referência em seu jogo. É algo que ele precisa usar, faz parte de seu arsenal neste momento.”
Quando Henri Hooft avalia seu próprio trabalho, ele volta a ficar sério e até relativiza a importância de ter Vitor Belfort como pupilo.
“Eu faço isso há 31 anos, estou nesse jogo há tanto tempo quanto ele, não no MMA, mas no kickboxing. Para mim, Vitor é apenas um bom lutador, mas claro que uma lenda no MMA. É um novo produto com que eu pude trabalhar. Mas trabalhar com ele é muito bom porque ele é tão profissional, quer sempre aprender mais. É um prazer trabalhar com alguém como ele. Ter 38 anos e disputar um cinturão é algo incrível, pouca gente pode fazer isso.”
Fonte: Blog na grade do MMA.
Henri Hooft explica como incrementou o jogo de belfort com c
- tupacwestside
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Re: Henri Hooft explica como incrementou o jogo de belfort c
Grande Henri Hooft, um monstro, já trabalhou com 4 dos lutadores que mais gostei de ver lutar, Peter Aerts, Rob Kaman, Ernesto Hoost e Remy Bonjasky... Certemente tem muito à acrescentar ao jogo do velho leão que sempre esta com a mente aberta à novos aprendizados.
Equipe THAI KING, São Caetano do Sul - SP
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