Diário da Faixa Roxa

[Grappler]

Não acho que chaves de pés impeçam berimbolos e de la rivas.Lutadores profissionais estalam o pé mais não batem em americana.Note que esse é o pé direito.

Lembrando que isso não é flexibilidade natural.Isso é hipermobilidade causada por inúmeros traumas. No futuro isso pode causar lesões horríveis.

Impedir não impede, mas não é qualquer um que não bate em chaves de pé. 90% dos atletas de Jiu Jitsu batiam na chave de calcanhar que o Tonon encaixou no Miyao.

[RodrigoSilva]

Parabéns MH92! Bem vindo ao clube!

[Vicente]

Parabéns MH92!

Eu levei 2 anos e 5 meses pra pegar a azul. Estou com um ano e meio de azul, treinando forte, mas sou meio lerdo, quem sabe em 2017 eu chego lá

[Tony Fla]

Antigamente meu professor dizia que quem chegava na roxa seguia para a preta, ao menos na minha equipe era assim, mas os tempos mudaram...

Quando eu comecei no grappling em 2001 o mais graduados da equipe eram os roxas, eu olhava para eles como super heróis hahahaha eram a minha referência.

[-meph-]

Conversei com um faixa preta do Mário, que estava no seminário, e perguntei sobre o Meregali....tipo isso que você falou e que criou um certo mal estar aqui entre alguns. Ele disse que caras como o Meregali são nível de preta no que diz respeito a um rola de competição , ou seja: num sistema de regras e pontuação e coisa e tals.

Mas que ele é roxa e inferior a todo marrom, no sentido da arte jiu jitsu como um todo. E muito distante do preta neste aspecto. Lhe falta várias técnicas que o preta tem, lhe falta a experiencia, a capacidade de dar aula e lidar com pessoas ( alunos, colegas, etc )...ou seja, a arte no sentido mais completo que ela possa envolver.

Você tocou em um ponto bem importante, Cuca.

Não lembro em qual tópico foi discutido, mas uma vez fizeram um paralelo entre alunos competidores profissionais e amadores que geraram resultados bem interessantes.

O maior deles é que geralmente aquele aluno que treina 3 ou 5 vezes na semana, e demora seus 10, 15 anos para pegar a faixa preta se torna um professor melhor que aquele que pega a faixa preta em 5 anos. Por quê?

1º Caso - Competidor profissional:

O aluno competidor profissional geralmente treina 2 ou 3 vezes por dia, faz preparação, dieta, etc... O que acontece é que seu progresso acaba sendo naturalmente acelerado e sua passagem por cada faixa é muito mais curta do que a de um aluno "normal". O objetivo do treinador é explorar o seu jogo, pegar seus pontos fortes tornar ele um mestre no que se propõe. O que muitas vezes não dá tempo de explorar e cobrir todos os seus pontos fracos. Ex: Um exímio passador muitas vezes não é tão eficaz quando se vê obrigado a puxar para a guarda, e vice-versa.

2º Caso - Competidor amador / Não competidor

Este é aquela pessoa que não vai treinar mais do que 3 a 5 vezes por semana, tem um trabalho nos outros turnos e portanto não fará preparação física, até por que seu objetivo no esporte não é ser um campeão e sim como forma de lazer. Como resultado disso seu tempo de graduação acaba sendo aquele padrão de 10 à 15 anos para pegar a faixa preta. Ao contrário do profissional o aluno amador geralmente se preocupa em treinar todas as suas lacunas, obviamente não vai ter o mesmo desempenho de um profissional pois lhe falta justamente o que o separa de um profissional: a preparação física, porém sua técnica é impecável. Ele acaba se tornando um atleta mais completo pois ele tem tempo para praticar tudo, pois a maturação em cada faixa é bem maior. Quando o professor falta, geralmente é esse cara que puxa o treino, justamente por sua maturidade técnica.

É bem provável que o aluno do segundo caso leve um calor/atraso do aluno do primeiro caso. Mas a maturidade envolvida faz com que ele seja tecnicamente superior, fazendo com que seja superado pelo que separa ele do profissional, que é o preparo físico.

Acredito que este seja o motivo também de muitos faixas pretas que logo que chegam não fazem barulho entre os leões, mas depois com o tempo vão pegando a maturidade necessária para lutar contra os que já estão na elite há mais tempo.

[RZCJJ]

Meph , concordo com que falou, análise muito boa, única ressalva que faço é que em muitos dos casos ( arrisco a dizer até que na maioria) o atleta profissional mesmo ficando menor tempo em cada faixa acaba tendo um conhecimento técnico maior que o praticante por hobbie, visto que o profissional além da preparação fisica ( infinitamente melhor trabalhada), a preparação nutricional ( ajuda muito inclusive na parte técnica, pois proporciona melhor aproveitamento na aula técnica) e a parte psicologica ( o atleta pensa o "problema" jiu jitsu o tempo todo, enquanto o não profissional tem outros problemas profissionais a resolver no decorrer do dia)....Por isso que digo que é dificil comparar um cara que trabalha em atividades não esportivas, tem familia a sustentar e treina por hobbie, lazer e por amor ao esporte com o cara que vive profissionalmente do esporte, as horas de trabalho dele são ligadas ao esporte, os problemas dele estão relacionados ao esporte ( nova metodologia de treino, estudo de posições, alimentação, recuperação muscular e etc...), isso não quer dizer que o não profissional não mereça graduação , acho que é cada um na sua proposta...

[-meph-]

Meph , concordo com que falou, análise muito boa, única ressalva que faço é que em muitos dos casos ( arrisco a dizer até que na maioria) o atleta profissional mesmo ficando menor tempo em cada faixa acaba tendo um conhecimento técnico maior que o praticante por hobbie, visto que o profissional além da preparação fisica ( infinitamente melhor trabalhada), a preparação nutricional ( ajuda muito inclusive na parte técnica, pois proporciona melhor aproveitamento na aula técnica) e a parte psicologica ( o atleta pensa o "problema" jiu jitsu o tempo todo, enquanto o não profissional tem outros problemas profissionais a resolver no decorrer do dia)....Por isso que digo que é dificil comparar um cara que trabalha em atividades não esportivas, tem familia a sustentar e treina por hobbie, lazer e por amor ao esporte com o cara que vive profissionalmente do esporte, as horas de trabalho dele são ligadas ao esporte, os problemas dele estão relacionados ao esporte ( nova metodologia de treino, estudo de posições, alimentação, recuperação muscular e etc...), isso não quer dizer que o não profissional não mereça graduação , acho que é cada um na sua proposta...

Muito bom, RZCJJ. Realmente não tinha me ligado nesse ponto.

Então podemos colocar um asterisco no praticante não profissional. Caso o emprego dele ser totalmente fora do escopo esportivo.

Obrigado por responder!

[Alemartins]

Além do foco, do cara estar compenetrado 24/7 naquilo, tem a importância. O que está em jogo pra ele tem outro peso, outro fardo e por isso o treino muda. Acho que esses caras aprendem cedo a treinar de maneira produtiva com todo mundo, e aí as horas no tatame são mais bem aproveitadas.

[Alemartins]

Vamos falar de coisa boa, vamos falar de jorjiço: acredito que a galera da roxa já tem um jogo definido, certo?
Eu costumo jogar chamando de gancho, que é pra onde meu jogo se desenvolve, e por conta do meu jogo de guarda é mais comum eu finalizar por cima do que por baixo.

E a galera aqui, a quantas anda a evolução??

[passosfelipe]

Fala pessoal!

Nas faixas branca e azul, sempre usei muito nos treinos e competições a meia guarda esgrimada, para raspar ou ir para as costas.

Agora na roxa os adversários estão mais espertos e dificultam a entrada da esgrima ou giram para a meia guarda invertida quando consigo esgrimar...

Através destas novas dificuldades inclui no meu jogo, raspagens e pegadas de costas da deep half guard e da meia guarda invertida, além da guarda laçada que vem sendo minha principal posição agora.

Estou com 6 meses de roxa, me sentindo bem na faixa e conseguindo impor meu jogo.

Abs,

[Megatron]

Eu fiquei cerca de 12 anos na azul ahahhahah (entre idas e vindas no jiu jitsu por diversos fatores) estou a um pouco mais de um mês na roxa...

Em questão de jogo, sempre fui guardeiro, antes fazia full guard, era a opção de guardeiros old school, hj prefiro trabalhar na meia pra raspar ou pegar as costas, porem mesclo bem o jogo quando caio por cima.

Como um amigo disse ai atrás, tbm sou da época em que via -se os roxas como super herois da academia e a roxa pra mim sempre foi um divisor de aguas... onde a gente deixa de der iniciante e entra pro time dos mais graduados. Vou na vibe aproveitando pra aprender tudo que posso pra consolidar meu jogo "misto" se assim posso dizer...

Nunca gostei muito dessa parte de me limitar a jogar por baixo ou por cima.

[Zero gas Hero]

Peguei a faixa roxa em novembro, entao to no comecinho ainda.

Acho que agora tem mais responsabilidade. Estou analizando todo o meu jogo e tentando preencher os gaps (que sao muitos). Acho q faixa roxa ja tem ter um conhecimento minimo de quase td... tem que voltar pras guardas q vc nao curti/usa e aprende-las tb, jogar por cima e por baixo. Tem q tentar ser o mais completo possivel. Nao tem mais essa de focar so naquilo q vc sabe e funciona pra vc.

Ale , sobre o jogo, eu sou pena tb (58Kg). Acho que nao tem como termos um jogo. So rolo com cara com 10-20Kg mais, e nessa situacao nao tem como escolher onde a luta vai se desenrolar, impor o jogo. Eu tento trabalhar tudo, ter cartas na manga pra surpreender o adversario de qualquer posicao. Acho que ai esta minha vantagem, nas variacoes e varias opcoes de ataque. Claro que eu tenho minhas posicoes preferidas.... mas tem que ter mente aberta pra fazer tudo.

Atualmente to tentando trabalhar a guarda aberta. Tenho muita dificuldade de evitar a passagem quando o cara boi bandido vem com tudo, pulando de um lado pro outro.

E sobre os rolas, agora eh so guerra, puta merda. Tem treino que so marrons/pretas te chamam pro rolas em sequencia. Paulera total. Mas eh assim q eh baum .

[Alemartins]

Eu brigo em pé, se eu ver que não vou derrubar, chamo na chamada tradicional da aberta, só que em vez de pé no quadril e no bíceps, faço pé no quadril e gancho por dentro. uma das maos vai na calça e a outra na gola, pra tentar de prima colocar na X ou na oneleg, e aí já tá no jogo. Se ajoelhar, estico o braço, fujo quadril e sento pra fazer armdrag/collardrag, e por aí vai indo meu jogo.

[jitsunaja]

Cara eu peguei a roxa no pior cenário possível haha
Peguei a roxa faltando tipo 1 mês pra me mudar pra california, sendo que eu nem tava treinando tanto. Quando cheguei na Atos eu era o faixa roxa brasileiro que geral queria finalizar.. ai pronto haha
Acabei parando de treinar, mas voltei semana passada. To meio fora de ritmo, mas como eu sou novo as coisas voltam rápido, e o gás também.
Antes eu treinava 6x por semana, hoje em dia to treinando 3x. Não é muito, mas como terça e quinta é sem kimono eu acabo ficando desanimado. Só espero pegar mais gás pra conseguir entrar bem na turma de competição e treinar com eles pelo menos 2x na semana (e então voltar a treinar pelo menos 5x na semana). Mas vamos ver.

[Adriano Melo]

Vamos falar de coisa boa, vamos falar de jorjiço: acredito que a galera da roxa já tem um jogo definido, certo?
Eu costumo jogar chamando de gancho, que é pra onde meu jogo se desenvolve, e por conta do meu jogo de guarda é mais comum eu finalizar por cima do que por baixo.

E a galera aqui, a quantas anda a evolução??

Eu sempre tive aquele jogo de segurança de guarda fechada atacando braço com triângulo e armlock que vem lá da simplicidade da faixa branca. Com o tempo fui aperfeiçoando os botes da fechada mas fui proibido pelo mestre de fechar a guarda e dar armlock, aí tive que começar a abrir mais a guarda e usar a aranha. Já na roxa aperfeiçoei bastante o jogo da guarda aberta variando bastante entre guarda laçada/delariva/aranha, agora no fim da minha roxa (tive a graduação pra marrom miseravelmente adiada) estou adaptando o meu jogo pra leglock e chaves no pé.
Estou sempre estudando posições novas de guarda e treinando com o pessoal menos graduado mas ainda não "achei" nada que eu ache tão eficiente quanto o meu antigo arsenal, tenho medo de me tornar um lutador "de uma posição"...