História do Grappling-Rivalidades, treinos a portas fechadas

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Re: História do Grappling-Rivalidades, treinos a portas fechadas

Mensagem por Hall » 03 Nov 2017 10:08

Mais uma retirada do blog do Leitão:

E agora?
Nos idos dos anos 60, todos os meses haviam eventos de Vale Tudo no Nordeste e, sem dúvida, eram sensacionais. Lá surgiram o lendário Ivan Gomes e Euclides Pereira (único que venceu na Bahia o maior lutador de todos os tempos, Carlson Gracie), além de Pinheirão, Hilário, Ciganinho e muitos outros.

Os combates não primavam pela técnica, mas o empenho era garantido. Qualquer tipo de “moleza” o publico se encarregava de castigar os lutadores. Primeiro vaiando e depois, acreditem, botavam os lutadores para correr...

Naquela época, desistir? Nem pensar! O “macho” jamais “bateria”.

Os participantes, ditos profissionais, antes de tudo eram vidrados por luta. Assim, os lutadores precisavam de um mecanismo que avisasse ao “córner” ou ao “segundo” para jogar a toalha em caso de emergência, só que quando acontecia, faziam aquele teatrinho, reclamando que não desistiu, que queria continuar etc.

Na época o plano era - sem o “sprawl” que qualquer lutador faz hoje - “baianar”, passar a guarda, montar e ...fim!

Bem, um dia um lutador sofreu uma queda e seu adversário se aproveitou e na montada iniciou o “massacre”. Antes que ele desse o tal sinal, talvez com os pés (não sei) o segundo achou que deveria proteger seu pupilo, interrompendo o massacre e a luta. Como não tinha uma toalha jogou em direção ao ringue um pano menos encorpado que encontrou. Só que o fez como se atirasse um disco e como ventava muito o pano abriu e demorou uns poucos segundos para cair no ringue. Exatamente nestes segundos o lutador que sofria o massacre reverteu a posição, caindo na guarda do outro e iniciando um ataque avassalador. Ao se deparar com o pano no ringue o juiz parou a luta e perguntou de quem era o pano.

E agora?

O tal segundo, vendo a confusão em que se meteu, sumiu, com medo do publico e especialmente do pupilo.

O final exato eu não soube no dia, mas o fato é que o espetáculo ficou suspenso por mais de uma hora com o publico impaciente querendo invadir o espaço reservado.

Alguns anos depois encontrei com o grande lutador pernambucano Ivan Gomes, hoje falecido, não resisti e perguntei, ele então me confirmou que os jurados saíram pela tangente e deram um honroso empate.

São dezenas de história e fatos interessantes, quase folclóricos que aconteceram nestes últimos quarenta anos e que precisam ser lembrados.

Quem tiver algum, por favor escreva para a coluna.

Agradeço antecipadamente.

Até a próxima,
Roberto Leitão

Mestre Roberto Leitão | 26/09/2008 - 13:37
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Re: História do Grappling-Rivalidades, treinos a portas fechadas

Mensagem por Hall » 03 Nov 2017 10:13

Essa aqui para os amigos velhinhos:

Estamos em liquidação
Alô GALERA!

Estamos em liquidação... Aproveitem a promoção que vai acabar...

É, meus prezados leitores, tenho que aceitar o fato, embora muito a contragosto... O fim do túnel se aproxima inexoravelmente...

Felizmente, minha meta que, já tinha sido alterada pela segunda vez, mais uma vez foi ultrapassada. Imaginei inicialmente que poderia “treinar” até uns 60 anos, ultrapassei a barreira e me dispus a ir até os 65; nova vitória e lá fui eu passando pelos 70...

Estou achando que não vou mais fazer metas, simplesmente “vou deixar a vida (luta) me levar“, parodiando o sambista Zeca Pagodinho.

Vale, entretanto, lembrar que, quando digo “treinar”, não é dar aula, mostrar posições, ou fazer um “rolinha light“, etc, que muitos veteranos idosos aficionados normalmente fazem, o que, aliás, é também muito bom.

O que estou me referindo é bem diferente. É ter condições normais de treinar duro, com qualquer um, com freqüência, como sempre fiz.

É assim que compreendo, e é assim que vou continuar tentando.

Fica também evidente que eu sempre me preparei para treinar forte até hoje. Se eu pudesse dar um conselho, diria para os amigos que, quanto mais cedo se começa a preparação para o “fim do túnel”, mais longe ele fica. O que é também muito bom.

Para isto, hoje priorizo sistematicamente a inteligência, mas não renego de forma nenhuma a força e o vigor. No treino duro, procuro me antecipar ao adversário, colocando minha experiência em analisar rapidamente as situações, para dirigir tudo que faço da melhor maneira possível, dentro das minhas condições que bem conheço. Sempre admito a “presunção da eficiência” do outro e me preparo para o mais difícil, para a pegada mais correta, mais eficiente.

Se nada acontecer, menos mal, vou seguindo.

Não sai de minha mente o que o Mestre Jigoro Kano, criador do Judô, (e o grande Santo Agostinho também!) dizia:

“Melhor do que aprender novas técnicas, é desenvolver nossa capacidade de análise e julgamento“

E é isto exatamente que eu procuro fazer e que recomendo.

Reconheço a cada instante a falência de meu vigor físico, mas evito com astucia as posições que poderiam me testar e, pior, comprovar para mim mesmo, com certa tristeza, o inevitável.

Como vocês sabem, nossa massa muscular depois dos 50 anos vai diminuindo pelo menos 1 a 2 % por ano. E eu, que não havia até então feito nada específico, hoje estou trabalhando fortemente para tentar suprir esta deficiência e minimizar os efeitos danosos, enfrentando quase todos os dias aquelas máquinas insensíveis e sem alma. O que me salva são os dedicados professores e fisioterapeutas da Academia Upper, no Flamengo, que estão sempre me incentivando e não me deixam esmorecer. Mas, na realidade, aquela atividade representa para alguém da minha idade, um razoável esforço, embora altamente compensador.

Quanto a tal “técnica”, que muitos dizem que tenho, e que todos almejam teoricamente ter, fico as vezes pensado nela, para surpresa de muitos: “como eu era pouco inteligente”... Na realidade eu vivia de “contrariar” os adversários. Eles tentavam, eu defendia e resistia, aproveitando meu vigor, minha explosão, etc. Até nosso ataque era “forçado”. Parecia que eu tinha um especial prazer procurando posições que o adversário defendesse, para forçar e de alguma forma bater a defesa dele...

Hoje, ao contrário, simplesmente não confronto, não me oponho, cedo o que posso, me adapto. Por vezes, quando em especiais condições me vejo obrigado a enfrentar diretamente, o faço utilizando a chamada ” troca de unidade motora”. Explicando: Se sou obrigado a me contrapor a força produzida pelo braço do companheiro mais forte, utilizo meus dois braços contra o dele ou então utilizo minhas pernas ou ainda meu lombar. Não abro mão disto em hipótese nenhuma .

Mais do que a Força, utilizo a Pressão, que, para quem não se lembra, é a Força dividida pela Área onde é aplicada. Se não consigo “supinar” meu adversário de mais de 100 kg que está eventualmente “atravessado” em mim lateralmente, consigo empurrá-lo para cima, fazendo uma pressão com um décimo da força que seria necessária para o tal “supino”, aplicada em apenas de 2 a 4 cm² da ponta de meu cotovelo nas costelas do “amigo”. Eu sei que tem muita gente que classifica esta ação como “grossura”, mas são os mesmos que quando elogiam um lutador dizem : “Fulano é casca grossa”. Bem, não entendo então...

Uma “compressão” aplicada com perícia (no lugar e no momento certo), tem sua eficiência, pois desmonta posições, obriga a quem sofre a fazer movimentos indesejados, provoca dor, cria espaços, desconcentra, etc.

É uma verdadeira “panacéia”, um remédio para todos os males, como diz o dicionário.

E o gás? Vocês devem estar perguntando... Não aceito ritmo ditado pelo adversário, eu procuro dar o meu próprio. Se ele quiser, pode correr, eu não. Me esforço menos, faço menos força , logo, me canso menos.

Outro pequeno “truque”: tiro muito proveito das técnicas que não aplico. Exatamente, que não aplico, mas faço com que o adversário pense que vou aplicar. E funciona, restringindo os movimentos dele ou induzindo que faça alguns outros que já espero e conheço. São pequenas vantagens que vão se somando.

Tudo isto depende fundamentalmente de nossa cabeça. A concentração é importante no começo, depois a análise já se torna automática.

Só me arrisco a fazer exatamente aquilo que funciona com aquele adversário, naquela circunstancia. A esta altura da vida, na luta, a “seletividade” é fundamental.

Não há “PF” (prato feito), a refeição é a “la Carte”, tudo sob encomenda, embora possa estar no nosso Cardápio.

Alem disto, tenho que eliminar 100% do efeito “surpresa” do adversário, matando qualquer ameaça no nascedouro, quando tudo fica mais fácil.

Para isto observo com meus olhos, e sinto com meu corpo, que trabalha como um todo, cada (quase imperceptível) movimento do oponente.

As vezes ele também procura me enganar, e eu, quando interessa, “finjo” que fui iludido, aproveitando também o relaxamento automático dele, quando imagina que levou uma certa vantagem.

A luta se torna assim um verdadeiro jogo de interesses, onde o mais sagaz leva a melhor.

Após qualquer treino, sistematicamente tento recordar o que aconteceu e analisar o que fiz de certo e de errado, encarando as situações indesejadas como uma pendência que precisa ser resolvida. O problema é que sempre preciso anotar, porque minha memória recente está cada vez ficando pior...

De vez em quando me vejo pensando... “ah! Se eu lutasse assim quando era jovem! Perdi o bonde... Não tive esta chance”. Já vocês podem sem dúvida tentar seguir uma linha parecida, usando as posturas que julgarem convenientes e com certeza vão se surpreender com os resultados em pouco tempo.

Só lembro que os americanos estão certíssimos quando dizem: “No pain, no gain“ (sem dor, não há ganho, vantagem).

Tudo é uma questão de muito esforço, trabalho e dedicação.

Esta é a lição maior.

Assim, antes que eu acabe, e não consiga mais passar na prática minhas idéias, convido aos mais dedicados que quiserem vir nos visitar aqui na nossa academia, no Centro de Treinamento da CBLA na Academia Delfim, rua Pereira de Siqueira, 45 Tijuca (Estação São Francisco Xavier do METRO) para um “treininho”, com direito a chaves de pé e tudo mais.

Antecipadamente, agradeço muito a oportunidade de trocar idéias com gente mais jovem e continuar aprendendo, pois Mestre é quem mais aprende.

Meu horário na Delfim é 2ª, 4ª e 6 ª de 8hs às 10hs.

Peço apenas a quem quiser vir que antes nos avise por e-mail para que façamos uma agenda. (rcleitao@yahoo.com)

Estaremos aguardando!

Bons treinos e grandes descobertas!
Roberto Leitão


ATENÇÂO, IMPORTANTE: Vários companheiros tem me perguntado se são meus os comentários em Fóruns na Internet sobre alguns lutadores, especialmente de MMA.
=== NÃO FUI EU QUE ESCREVI === Por favor, avisem aos interessados. Sou Leitão, mas sou de outro chiqueiro...

Só dois LEMBRETES:

A LUTA LIVRE é uma atividade de força e destreza, que busca através do desenvolvimento e aplicação de suas técnicas de domínio e submissão do oponente, transformar os instintos naturais de defesa pessoal num veículo de crescimento espiritual e físico.


“O homem para ser completo tem que estudar, trabalhar e lutar.”
Sócrates, 430 AC

Mestre Roberto Leitão | 04/08/2009 - 18:24
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Re: História do Grappling-Rivalidades, treinos a portas fechadas

Mensagem por Hall » 03 Nov 2017 10:18

Esse Blog do leitão é muito bom.

Postar mais uma:

Não sei se quero esquecer... ou se quero me lembrar!
Amigos do Portal do Vale Tudo,

É... Assim está difícil entender o que estou sentindo...
Vamos ver se esclareço:

Nos idos da década de 60 (não consigo me situar exatamente), estava eu ainda dando aula na Engenharia da PUC-RJ e ocupava a outra metade da minha vida com a Luta. Havia em Recife um grande programa quinzenal de Vale-Tudo onde lutava preferencialmente a turma do Norte/Nordeste. E de lá surgiram grandes lutadores como o Ivan Gomes, que depois eu trouxe para o Rio e de onde partiu para uma carreira internacional; o Euclides Pereira, o único lutador que venceu em Salvador o grande campeão Carlson Gracie (morava ultimamente em Brasília e eu perdi o contato); o Hilário; o gigante “Pinheirão do Ceará” e muitos outros.

Vez por outra vinham lutadores de outros centros para enfrentar a prata da casa. Assim, Ivan enfrentou Carlson (empate, não havia pontos naquele combate, embora Ivan estivesse um pouco melhor, pois sempre derrubava) e Juarez Ferreira, com quem fez uma luta duríssima.

Em várias oportunidades coube a mim levar lutadores do Rio, como o “Borrachinha”, um verdadeiro campeão de 54 kg; Zé Carlos Caetano, o rei da guilhotina daquela época; o Teles; o grande “Senador” que ainda vive nas Minas Gerais; Joacy Galvão, que lutou com Euclides e muitos outros.

Num dia daqueles em cima da hora faltou um lutador...

Quis o destino que ele fosse da categoria de 70-75 kg. O empresário, desesperado - este era o termo - tinha 15 minutos para arranjar um substituto, já que a luta reserva já tinha ocorrido. Estava eu cuidando do meu lutador, que por sinal não era meu aluno, eu apenas o estava acompanhando, quando ele entrou esbaforido e perguntou direto: “Ei você, não quer ganhar um troco? Porque você não luta com o fulano?
(um nome tipo Severino ou coisa parecida)”. Bem, naquela época eu pesava 64kg, se fosse uma luta de Judô, Jiu-jitsu, Luta Livre, Wrestling, Grappling, etc, acho que a resposta seria rápida, mas vale tudo? Minhas pernas tremeram, e começaram as perguntas: “Quem é o cara? Já lutou com quem? Treina onde? Quantos kg?”. Nessa altura eu queria até saber se ele tinha tomado vacina, se era católico praticante, torcedor do Náutico, se sabia dançar frevo, etc.

Enquanto houvesse perguntas sem respostas a dúvida continuava.

“Vou ou não vou?”

Me disseram então que ele era de uma academia local que eu visitava freqüentemente e dava um passeio até nos professores.

Aí eu cresci, “É, eu vou!”.

Me arranjaram um short - acho que tenho guardado até hoje, só que dava três de mim dentro - gentilmente cedido pelo lutador local “Bolão”, vocês podem imaginar... Era o único limpo.

Lá fui eu, estréia forçada.

Planejei: “Dou uma “baianada” (a avó do double-leg), passo a guarda e fim”. Será que tinham avisado ao tal Severino? O bicho seguramente não era nordestino, mais parecia um cigano forte. Já não gostei, e ainda por cima com o corpo brilhando.

Toca o gongo, lá fui eu. O cara quase levantou os braços como se estivesse me aguardando, e estava mesmo! Levei logo uma cotovelada e uma joelhada, e não consegui segurar. Mais uma tentativa e mais uma falha. Ele escorregava que nem quiabo. E tome soco, joelhada, etc.

Já com um olho fechado e o nariz sangrando, tive que me acalmar. Enrolei, enrolei e ele aguardava. O público vaiava e o juiz reclamava, “Combate! Luta!”. Afobado, tentei novamente, agora na cintura, e tome soco, joelhada e desta vez chutes também. Resultado: saí do ringue pelas cordas para me recuperar, já na intenção de não voltar. Enrolei novamente e felizmente acabou o round (5 de 4 minutos, se me lembro). No intervalo, quase em vias de desistir, olhei para baixo e vi o saudoso Waldemar Santana, o “Pantera Negra”, que venceu Helio Gracie numa luta memorável de mais de três horas, que estava junto do córner.

Me lembro das palavras dele: “Troca com ele garoto, mete a porrada!”.

Enquanto isto eu tentava convencer o meu segundo a jogar a toalha, mas ele não concordava.

Que situação.

Poderia estar dando minhas aulas de Mecânica tranquilamente lá na Gávea....

Bem, mas lá fui eu. Quem está na chuva é para se “queimar”, como falava o lendário Vicente Mateus, presidente do Corinthians.

O “bicho” me esperava de braços para o alto, novamente. “Deu certo, vou continuar”, deve ter pensado ele. Fingi que ia atacar as pernas e dei um soco direto no queixo dele, surpreendendo todo mundo. Quando eu penso, minha mão dói até hoje! Ele caiu e eu fui para cima, continuei batendo até o juiz me arrancar à força para terminar a luta. Quis agradecer ao Waldemar, mas ele tinha ido embora. Agradeci 10 anos depois no Rio de Janeiro, mas ele quase não se lembrava.

O meu amigo, o empresário Domingos Carrozini, que chegou um dia depois da luta, quando me viu no hotel perguntou espantado: “Leitão, o que houve? Você foi atropelado?”.

E a volta para casa? Olho roxo, beiço inchado, corte no supercílio com pontos, nariz também inchado, era o caos. Resultado: tive que adiar minha volta em uma semana, pois eu não poderia me apresentar daquele jeito. E na hora não teve como, tive que mentir e inventar outros motivos.

Aquela minha estréia ou despedida, não sei bem, foi terrível!

Lição: Entrou ali dentro, temos que respeitar!

É, agora vocês estão vendo como eu não sei se me esqueço ou se tenho vontade de me lembrar...

Até a próxima, um abraço para todos.
Roberto Leitão


PS: Um recado para os que me perguntam: nosso livro “Biomecânica da Luta” deve sair aqui no Brasil dentro de três meses.


Mestre Roberto Leitão | 26/09/2008 - 13:42
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Re: História do Grappling-Rivalidades, treinos a portas fechadas

Mensagem por Hall » 09 Nov 2017 09:46

Eu talvez tenha sido um dos professores que mais erraram no jiu jitsu desde que comecei a dar aulas aos 15 anos de idade, já errei em não entregar uma boa aula ao meu aluno por não entender o que ele precisava, já errei ao exagerar no aquecimento e exaurir meus alunos antes mesmo do treino começar, já errei em querer que as coisas fossem sempre do meu jeito (afinal eu era o professor) entre tantos outros, porém talvez o meu maior erro e que deve ter me custado centenas de alunos foi o corredor polonês.

Tudo começou como uma brincadeira em minha academia no Clube Federal onde comecei a dar aulas sozinho em 1988, (na academia de meu mestre não havia esse costume), logo não sei bem da onde eu tirei essa terrível idéia mas o fato é que a usei por muito tempo e ela se espalhou pelo jiu jitsu em uma velocidade assustadora, possivelmente outros professores como eu começaram por si próprios e talvez outros tantos eu de alguma forma tenha influenciado, a esses eu peço minhas sinceras desculpas, porém o fato é que esse ritual se tornou parte do ambiente das academias de jiu jitsu os alunos suportavam aquilo e até gostavam pois parecia um teste como aqueles que vemos em filmes de guerra onde os quartéis militares preparam seus soldados para enfrentar as dificuldades que estão por vir, os alunos se sentiam merecedores daquela nova faixa por terem suportado aquele espancamento que no fundo não tinha nenhum propósito.

O tempo passou e as academias de jiu-jítsu voltadas cada vez mais para a competição e priorizando sempre a participação de alunos casca-grossas não sentia nenhuma necessidade de mudar a festa de graduação afinal ser casca grossa era uma quase obrigação, e o que era um simples corredor para um cara acostumado a sofrer no treino de jiu jitsu para competição?

Um belo dia tive uma experiência que me fez repensar tudo a esse respeito, eu já vinha estudando e cada dia mais entendendo que estávamos nos afastando do que o jiu jitsu precisava em termos de oferecer o jiu jitsu para todos e não só apenas para a turma de competição, porém em uma festa de graduação tivemos a presença da mãe de um aluno que iria se graduar naquele dia, ela estava a principio toda orgulhosa provavelmente esperando uma glamurosa cerimônia (alias como deveria ser) quando de repente o “corredor” foi formado, gritos de Uh vai morrer eram entoados por todos os quase 100 alunos que estavam no tatame, e lá foi o garoto passar por aquela insanidade, a mãe ficou apavorada e disse ao pai que deveriam denunciar aquilo em uma delegacia! O pai estava dividido entre o orgulho de ver o filho vencer aquela situação e conquistar a tão sonhada faixa e o de acalmar a mãe, o filho foi graduado e sua felicidade fez com que a mãe desistisse de prestar queixa e aceitasse apenas parabenizar o filho, porém aquilo para mim foi a gota d’água e a comprovação de que algo muito errado estava acontecendo e que era preciso mudar.

Nunca mais permiti que houvesse isso em minha academia, pelo contrário agora o teste não é de resistência mas sim de técnica, os exames de faixa tomaram o lugar do corredor polonês e o resultado é indiscutivelmente melhor, meus alunos são submetidos a um teste justo e que os confronta com o que realmente interessa se minha escola esta conseguindo ensina-los um bom jiu-jítsu.

Essa mudança não aconteceu de forma isolada e por isso não posso atribuir o crescimento de minha academia somente a ela, já contei para vocês algumas mudanças que implementei em minha escola e que todas juntas produzem o resultado que tenho hoje mas uma certeza eu tenho, o Corredor Polonês deveria ser abolido de todas as escolas de jiu jitsu do mundo.

E a sua academia como funciona?

um forte abraço e até a proxima

Fabio Gurgel
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Re: História do Grappling-Rivalidades, treinos a portas fechadas

Mensagem por jiujitsufederal » 10 Nov 2017 16:45

Boa noite a todos . Acompanho o fórum desde os tempos de 2005 nos finados . Sou atleta faixa preta desde 2011 e me formei em educação física escrevendo um TCC a respeito da história das artes marciais . Pesquisei em diversas fontes e concordo que JIGORO KANO sistematizou o JUJUTSU a época e realmente criou um exército devido a sua organização e metodologia . O judo veio do jujutsu isso não há duvidas... e o jiujitsu veio do jujutsu também , apesar de alguns praticantes já praticavam o "judô" de jigorokano antes. Melhores treinos e melhor organização da época . A arte da guerra é o JUJUTSU ao meu ver . Me cadastrei para poder contribuir com minha visão e adorei o fato dos amigos estudiosos da história da arte também contribuirem aqui . Força e honra !

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Re: História do Grappling-Rivalidades, treinos a portas fechadas

Mensagem por Chet Baker » 10 Nov 2017 21:44

jiujitsufederal escreveu:
10 Nov 2017 16:45
Boa noite a todos . Acompanho o fórum desde os tempos de 2005 nos finados . Sou atleta faixa preta desde 2011 e me formei em educação física escrevendo um TCC a respeito da história das artes marciais . Pesquisei em diversas fontes e concordo que JIGORO KANO sistematizou o JUJUTSU a época e realmente criou um exército devido a sua organização e metodologia . O judo veio do jujutsu isso não há duvidas... e o jiujitsu veio do jujutsu também , apesar de alguns praticantes já praticavam o "judô" de jigorokano antes. Melhores treinos e melhor organização da época . A arte da guerra é o JUJUTSU ao meu ver . Me cadastrei para poder contribuir com minha visão e adorei o fato dos amigos estudiosos da história da arte também contribuirem aqui . Força e honra !
Deve ser muito interessante esse seu trabalho. Se quiser compartilhar aqui ou postar mais sobre o assunto, será muito bem vindo !!!
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Re: História do Grappling-Rivalidades, treinos a portas fechadas

Mensagem por jiujitsufederal » 11 Nov 2017 08:44

Basicamente pesquisei o começo de todas as artes marciais conteporâneas mais conhecidas porém sem se esquecer do pancration na grécia nos tempos antigos , e uma lutas tribais na africa também e etc. Já faz bastante tempo mas me recordo que havia relatos históricos que o surgimento da arte marcial seria na índia ,na ERA de Sidarta Gautama (buda)- na verdade um pouco antes..na epoca acredito que chamavam a arte marcial de Vajra mushti ), e depois foi se espalhando pro japão onde foi desenvolvido para guerra (jujutsu) e china , onde diversos estilos proliferaram (kung fu). Essa é a origem oriental segundo minhas pesquisas aqui . No japão pós guerra veio a sistematização do JUDÔ ..o que , como o camarada TONY FERRAZ disse , pode ser entendido também que se apropriou das técnica , sistematizou , criou um jogo imerso em eduação e chamou de JUDÔ. KaratÊ também veio com aspecto educacional pós guerra, taekwondo criada pelo um membro o exército koreano e foi baseado já em tecnica de karate japones na qual tiveram contato quando o japão invadiu a coréia e etc ...Mas a essência, acredito que seja, é tirar justamente o aspecto de LUTA e dar aspectos de jogo com regra e etc . Afinal de contas , ensinar JU JUTSU era crime de guerra e a maioria dos ex samurais tiveram que se virar em arrumar um emprego convencional e muitos viraram massagistas ,devido ao conhecimento do corpo,bebados marginais,ficavam perdidos sem ter o que fazer e como gastar a própria energia . Meu trabalho foi muito superficial comparado com a pesquisa de alguns forista aqui, por isso me cadastrei e me interessei, porém não li nada que contrarie o que ja vinha estudando . Na verdade sou um entusiasta da história das artes marciais e meu trabalho foi mais para me formar, porém me abriu grande interesse e fui formando opnião ao longo do tempo a respeito da história . O interessante é que as lutas vem desde sempre de forma natural acompanhando o desenvolvimento humano e onde existir pessoas haverá lutas e uma hora desenvolveram uma espécie de luta típica, e por incrível que pareça ainda tem movimentos novos sendo criado ou redescobertos no chão o tempo todo 50/50, berimbolos , guardas complexas de lapelas que são possíveis devido ao kimono...evolução! Acho muito interessante essa evolução natural do jiu-jitsu e fico imaginando se tem limites futuramente porque uma hora acredito que não existirá mais tantas opções de desenvolvimento ! Mas estamos aí em busca de mais fatos e histórias. Mt obrigado . Força e honra

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Re: História do Grappling-Rivalidades, treinos a portas fechadas

Mensagem por Chet Baker » 12 Nov 2017 19:43

Pois é, fazendo uma reflexão superficial sobre tudo o que você escreveu.
Parece que as técnicas nascem do desenvolvimento da arte marcial.
Por outro lado, esse desenvolvimento pode levar a uma sistematização e feição de jogo/esporte, o que ao mesmo tempo individualiza uma arte marcial, porém pode ser responsável pela perda de sua efetividade como luta.
Acho o jiu jitsu incrível, mas me preocupo um pouco com o excesso de regras, embora eu goste de competição.
Abraços
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Re: História do Grappling-Rivalidades, treinos a portas fechadas

Mensagem por RicardoBJJ » 13 Nov 2017 08:51

A evolução e os limites de qualquer modalidade tem como principais fatores, ao meu ver:
1- Criatividade do praticante;
2- Regras adotadas;
3- Equipamento utilizado.

O primeiro ponto, criatividade, é facilmente percebido ao logo do tempo em que, mesmo com as mesmas regras e equipamento sem alteração por um longo período, surge alguém que "pensa fora da caixa" e cria novos movimentos, usa "novas" armas para dominar o adversário, novos ataques etc. Com as regras e equipamentos atuais do Jiu Jitsu, isso parece não ter fim.

Quanto ao segundo ponto, regras adotadas, é facilmente provado ao acompanhar a imensa mudança de jogo e de técnicas usadas no Judô, com as frequentes e profundas alterações nas regras ao longo da última década. Por exemplo, quando as catadas de pernas eram permitidas, víamos muitas técnicas advindas de diversas modalidades de luta agarrada sendo aplicada nas lutas de Judô, principalmente técnicas de wrestling free style.

Já em relação ao equipamento utilizado, falo do uso do pano, do adversário e do próprio praticante. Vemos hoje muitas técnicas complexas de guarda usando a lapela do adversário, coisa que há 10 anos atrás não se via. Isso está diretamente atrelado aos outros dois pontos citados acima, mas sobretudo a permissividade da regra. Se um belo dia alguém achar que tais técnicas de uso de lapela do adversário estão sendo usadas mais para "amarrar" o jogo e resolver proibir ou limitar seu uso, isso freará o processo criativo e mudará o aspecto das lutas consideravelmente. Isso vale também para a renúncia ao jogo em pé que se vê nos dias de hoje, cada vez mais com lutas se iniciando com duplas chamadas de guarda. Particularmente, acho feio demais, no entanto, faz parte do esporte e se mexerem demais nesses aspectos, o Jiu Jitsu vai ficar muito parecido com o Judô.
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Re: História do Grappling-Rivalidades, treinos a portas fechadas

Mensagem por Hall » 15 Nov 2017 07:34

Sobre as regras. O bjjheroes escreveu, e a gente traduziu, um interessante artigo compilando resultados de campeonatos com diferentes regras para ver como terminavam as lutas e como as regras mudam o jiu jitsu. Vejam aqui

http://bjjforum.com.br/como-as-regras-m ... jiu-jitsu/
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Re: História do Grappling-Rivalidades, treinos a portas fechadas

Mensagem por RicardoBJJ » 16 Nov 2017 13:50

Hall escreveu:
15 Nov 2017 07:34
Sobre as regras. O bjjheroes escreveu, e a gente traduziu, um interessante artigo compilando resultados de campeonatos com diferentes regras para ver como terminavam as lutas e como as regras mudam o jiu jitsu. Vejam aqui

http://bjjforum.com.br/como-as-regras-m ... jiu-jitsu/
Estudo muito interessante, apesar do foco nas modalidades sem pano.
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Re: História do Grappling-Rivalidades, treinos a portas fechadas

Mensagem por Godfather » 20 Nov 2017 14:16

jiujitsufederal escreveu:
11 Nov 2017 08:44
e por incrível que pareça ainda tem movimentos novos sendo criado ou redescobertos no chão o tempo todo 50/50, berimbolos , guardas complexas de lapelas que são possíveis devido ao kimono...evolução! Acho muito interessante essa evolução natural do jiu-jitsu e fico imaginando se tem limites futuramente porque uma hora acredito que não existirá mais tantas opções de desenvolvimento !
Sempre penso nisso, será que ainda teremos novas técnicas a serem descobertas no BJJ?
Uma pessoa que se dedica arduamente, todos os dias 2x por dia, descanso só nos final de semana, que é dedicado e cuida da alimentação e insistente, com 6 anos consegue ir da faixa branca a faixa preta no jiujitsu.
Essa pessoa em 6 anos consegue praticamente aprender todos os movimentos e técnicas que um senhor que treina jiujitsu a 40 anos, por isso o nivelamente dos faixa preta em um campeonato adulto top por exemplo, os caras são muito bom e quando perdem é por vantagem ou poucos pontos.
O berimbolo por mais que foi criticado, foi uma técnica que vem surpreendendo ainda... Mesma coisa que aquela raspagem helicóptero que o Wallid tomou em 1998 e deixou todos espantados...
A questão é, como está daqui 20 anos o nosso jiujitsu? Será que existe espaço para aparecer mais estrangulamentos, emborcadas novas e técnicas?
Por isso essa arte é tão emocionante.
Não desfazendo do kungfu, karate e etc...
Mas o jiujitsu é uma simulação real de luta todos os dias que inicia o treino, por isso essa evolução da nossa arte jiujitsu em relação as outras que continuam com os mesmos protocolos de chutes e murros.
Jiujitsu é diferente, inovador e comprovadamente superior.

Andrey
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Re: História do Grappling-Rivalidades, treinos a portas fech

Mensagem por Andrey » 20 Dez 2017 14:49

:offtopic2:
ska4fun escreveu:
20 Dez 2014 17:44
Realmente não há como uma torção de joelho ser prejudicial. Que besteira uma torção no joelho, ora bolas... Porra de joelho, temos dois, afinal!

Não há como ver atraso pela descrição do Kimura, na melhor das hipóteses. Se houvesse algo nesse sentido, teria sido divulgado aos quatro cantos do Brasil. Vejo isso como uma despeita, pelo fato de Kimura ter passado no Hélio.

Achei massa a descrição do Kimura falando como ele usou do-jime (chave de rim) pra segurar o Waldemar. Dá pra ver como ele era top no newaza.
ska4fun escreveu:
20 Dez 2014 18:46
Pois é. Também não tem descrição do Kimura batendo, chutando, abafando, segurando na guarda fechada, fazendo o oponente sangrar... Nada disso consta no texto. Em relação à chave de rim, qual foi o problema? Agora eu fiquei curioso. Somente um judoca versado em newaza de alto nível conseguiria usar a técnica, a qual já era proibida na época.
Brother, “chave de rim” ou guarda fechada como você falou em outro post, é coisa de iniciante, tem nada com com ser top ou alto nível de newaza.

Andrey
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Re: História do Grappling-Rivalidades, treinos a portas fech

Mensagem por Andrey » 20 Dez 2017 14:54

VagabondMusashi escreveu:
12 Dez 2014 20:02
Se nao me engano, quem levou a galera toda pra luta olimpica, pro sambo e pro judo foi o Rolls.

Lendo a historia do Lawyer eu lembro de uma das academias em que treinei ( morei em muitos lugares e treinei por pouco tempo em muitos lugares), foi a Gracia Barra em Recife, academia do grande Ze Radiola, o que ja foi uma academia de fundo de quintal que formava campeoes mundiais ( e agora ta linda pacas)....

Olhe, o pouco tempo que eu treinei la, vi um jiu jitsu DE VERDADE sendo ensinado. A tradicao do pano dos alunos de Ze esta mais do que estabelecida,c om Braulio & Vitor, Otavio Sousa, Lucas Rocha etc.... mas alem disso eu vi la MUITA defesa pessoal e muita porradaria mesmo. Faz 10 anos ou mais, entao pode ate ter mudado nao sei....

Mas aprendi os basicos de defesa pessoal, tecnicas boas e realistas. E bati/apanhei pra burro, tanto em treino onde nego bota luva e pode te encher a porrada enquanto tu so pode usar jiu jitsu ( NECESSARIO, na minha opiniao, pra alguem que quer usar jiu na vida real) quanto umas aulas em que era briga de gangue mesmo, 5 contra 5, ou 10 contra 10, valendo tapao, quem fosse finalizado saia da briga... e o pau comia, o tapao rodava e quanto entrava um tapao bem dado o sangue subia e o pau cantava mas Ze tava sempre la com sua presenca tranquila e energia boa, pastorando o lance de maneira que, dado o sinal pra encerrar, era abraco de tudo quanto e lado, e sorrisos, e muita positividade


Apanhei bastante no pouco tempo em que treinei la, mas vi jiu jitsu de verdade ali, onde nao vi em nenhuma outra academia onde treinei e treinei bastante pelo mundo todo, nos EUA, em SP, e por toda a europa.



Em cada academia que treinei, com grandes professores, aprendi muita coisa bacana. Na Nova Uniao eles eram tao tecnicos e faziam tanta repeticao que ate hoje , mais de 10 anos depois e muitos anos sem treinar ( nunca sai da branca, mesmo com 6 anos de treino indo e voltando, e parei com o jiu ha anos em troca do boxe. me quiseram dar uma azul na europa mas rejeitei, pois sei que no brasil ela nao era nada), se alguem pega minha lapela na guarda eu imediatamente pego cruzado pra ir pra omoplata! ta gravado nos meus musculos como se fosse ontem..... mas foi na minha primeira semana de jiu jitsu laaa em 2003 :D

Outras academias conheci mta gente boa, vi metodologias, jogos diferentes, focos diferentes..... um jiu jitsu esportivo muito forte. Agora jiu jitsu mesmo de porrada e o pau comer e casca grossice mas com energia positiva e amizade, sem essa coisa de pitboy..... GBPE sem duvidas
Desculpa, mas você treinou em diversas academias no Brasil, na Europa, nos USA, mas ainda é fx branca?

E quiseram te dar a azul e negasse?

Ah, conta a piada do papagaio agora...

Andrey
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Re: História do Grappling-Rivalidades, treinos a portas fech

Mensagem por Andrey » 20 Dez 2017 14:55

ska4fun escreveu:
30 Dez 2014 14:40
Aprenda o básico... Depois discutimos.

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