Modern Samurai escreveu: ↑14 Ago 2019 12:21
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Falar que a liberação acabará ou diminuirá com o tráfico e violência gerada por ele, é balela; caso contrário, teríamos casos positivos para estudo em várias partes do mundo; o que não acontece.
O nível de falta de senso da realidade de quem pensa que liberando o uso das drogas, acabaria/diminuiria à violência e crimes, como boa parte dos reflexo das mesmas, é risível e tragicômico. Denota toda a falta de senso de realidade da maioria esmagadora dos brasileiros.
Tem que se levar em conta O CONTEXTO BRASIL, que já possui um INSTALADO UM ESTADO PARALELO DO CRIME (PCC, CV e outros). E esse estado paralelo - eu costumo usar a expressão CORPORAÇÃO - é tão grande, organizado e de ramificações e influência infindas, quanto o Estado e burocracia nacional.
Tentar instalar uma política de descriminalização de drogas hoje, seria o mesmo que tentar aprovar uma reforma da previdência como está sendo feita no Brasil, sem antes, aprovar o pacote Anticrime (do jeitinho que o Moro fez); para no mínimo, limpar um número suficiente de políticos(e outros autores dessas corporações) com processos por corrupção que participaram da votação.
Fazer de conta que essas organizações não existem - como a mídia vinha fazendo todos esses tempos até recentemente
- é pedir para solidificar mais os poderes deles, ainda mais em um contexto de descriminalização das drogas.
Quem vocês acham que iriam comandar a porra toda?
A figura do Mathias aí que o Mestre Masteron colocou diz tudo. A personagem expõe em uma cena do primeiro filme, toda a realidade de quem luta ou faz militância pela descriminalização das drogas, ao debater sobre as mesmas.
Imagine o fim da descriminalização, o reflexo que isso poderia gerar em larguíssima escala; visto que o fim da descriminalização, não necessariamente, seria o fim do comércio e tráfico dessas drogas; pelo contrário: seria legitimação da porra toda!
Antes de pensar sobre liberação de qualquer droga que seja, seria necessário, antes, diminuir exponencialmente a influência dessas corporações criminosas no Brasil. E isso aí é uma problemática de incontáveis ramificações em setores da sociedade.
Para atacar e destruir as arestas dessas corporações, teria que se ter uma estratégia de ataque multiangular.
A problemática é tamanha que passa desde a necessidade de controle massivo das fronteiras do país (não apenas terrestres); investimento massivo na educação no ensino fundamental (isso é elementar, visto que o tráfico recruta 60% de sua mão de obra crianças, de 10 a 12 anos, por motivos óbvios); leis mais duras (passa pelo projeto anticrime) e presídios de segurança máxima para líderes dessas corporações, com acesso restrito, filmado e gravado (independente se for advogado ou mãe, foda-se).
Isso é o básico e não acabaria com essas corporações. Visto que, você não acaba com o crime, se você não acabar com A CULTURA DA CRIMINALIDADE. Isso aí leva anos. E acredito, que o máximo que se pode fazer, é reduzir a números não estuprantes, como temos no Brasil.
Enfim. Dito isto, estamos num mato sem cachorro no combate às drogas. Visto que os militares do nosso país, não possuem uma função estratégica de defesa nacional. Os militares no Brasil, desde o fim do império e nascimento da república, estiveram em ciclos diferentes, interessados na militarização da política.
E como bem vimos, isso não dá muito certo. Recomendo, para atestar esse meu argumento, a leitura desse livro:
Veja bem, não que os militares - não a maioria, óbvio - não sejam importantes no contexto da política atual em que vivemos. São sim. Infelizmente, eles são o salvaguarda de um possível golpe de estado que venha a ser dado pelo Congresso/STF (não vou me estender nesse assunto).
Eu, sinceramente espero, que o Brasil no futuro venha a fazer parte da OTAN. Porque isso ajudaria - em tese - os militares brasileiros a resgatarem o real propósito estratégico das forças militares frente à defesa da nação.
Eu, ao meu ver, acho que o Brasil, com o que vem sendo feito e desbravado pelo governo atual em poucos meses, vem se saindo muito bem (com toda a oposição, com todo o estado e burocracia, aparelhados).
O que ia falar na verdade, indo direto ao ponto, é que o combate as drogas - que é do que se trata o tópico - passa, por pressuposto, por uma política de conscientização (que é QUASE como a prevenção na saúde).
O exemplo da personagem do filme Tropa de Elite na imagem que o Masteron postou simplifica muito; ainda mais naquela exposição na cena do debate sobre o Focault; mostra claramente, que quem defende - a maioria esmagadora - a liberação das drogas, ignora o quanto, ao militar na implantação de uma política dessas, está, ao contrário, ajudando a eliminar o restante de forças imersas no combate ao crime organizado no país.
Enfim. Recomendo levar esse tópico para à AP.