Glover Teixeira vai encerrar 2019 de forma positiva. O brasileiro subiu ao octógono três vezes neste ano e saiu vitorioso em todas as oportunidades. Em entrevista exclusiva ao Combate.com, ele contou o que fez para emplacar esta sequência positiva.
- Este ano foi um ano top demais pra mim no MMA. Lutei três vezes, foram três vitórias. Mudei algumas coisas no meu treinamento, estou treinando mais inteligente agora, com um acompanhamento do PI (Instituto de Performance do UFC). É difícil por conta da distância, mas estou sempre me comunicando com os caras, mandando umas perguntas. Estou fazendo um treino mais inteligente. Foi bom demais esse ano. O que mais posso esperar? Os camps foram difíceis, mas os resultados foram ótimos. Ano que vem estaremos aí 100%.
Desde 2012 no UFC, Glover vem acompanhando bem de perto a renovação de sua categoria. E, de olho nos novos nomes que estão despontando, o brasileiro já mira alguns possíveis oponentes que gostaria de enfrentar e entrar na rota pelo cinturão.
- Tem uma galera nova mesmo chegando no cinturão, mas estou super motivado, estou querendo lutar com alguns cabeças agora. Gostaria de uma revanche com o Corey Anderson ou lutar com o Jan Blachowicz, seria uma boa luta para mim. Gostaria de lutar com eles, e quem sabe no início do ano que vem não estou enfrentando esses caras? Vamos ver. Eu quero lutar com esses caras que estão na reta do cinturão também. Sou um cara que sempre lutei contra os tops. Os caras que perdi sempre lutaram pelo cinturão, porque era tipo uma disputa pela chance de lutar pelo cinturão. Eu perdi pro (Alexander) Gusafsson e pro Anthony Johnson e eles lutaram pelo cinturão. Depois ganhei três lutas contra caras duríssimos e agora tenho que pegar um cara de nome como o Corey Anderson ou o Blachowciz pra chegar na cara do gol de novo.
Uma tendência que vem ocorrendo no UFC é a de alguns lutadores mudarem de categoria. Luke Rockhold, Chris Weidman e Ronaldo Jacaré são exemplos recentes de alguns atletas da divisão dos médios que lutaram recentemente entre os meio-pesados, sem sucesso. Glover admite que já pensou em subir de peso, mas que isto não faz mais parte dos seus planos.
- Já passou pela minha cabeça lutar entre os pesos-pesados, mas agora estou fazendo um treino bom e não sofrendo muito pra perder peso. Eu corto o peso na moral. Tem uns caras subindo de peso e não está dando certo, eles estão tudo perdendo. É complicado. Tem uns caras que começam a perder na categoria deles e acham que vai mudar alguma coisa. Você tem é que mudar alguma coisa nos seus treinamentos, não é a categoria que vai mudar. Tem cara duro pra todo lado. No peso-pesado tem cara duro, no meio-pesado também, no médio também... Você tem é que mudar seu treinamento, não é mudando de categoria que você vai encontrar alguma coisa mais fácil.
E enquanto não tem data marcada para voltar ao octógono, o brasileiro tem outro compromisso pela frente. No dia 12 de dezembro, irá participar de um torneio de grappling por equipes em Las Vegas, o “Quintet Ultra”, que vai reunir representantes de quatro eventos: UFC, Pride, WEC e Strikeforce, e que já tem nomes conhecidos confirmados como Kazushi Sakuraba, Takanori Gomi, Anthony Johnson e Chad Mendes.
- É um campeonato de time que estão fazendo. É um campeonato entre o WEC, Strikeforce, Pride e UFC. A gente vai fazer esse campeonato aí com cinco pessoas em cada time, todos times vão lutar entre si, e os finalistas vão lutar pra ser campeão. Não tem pontos, só finalização, e o tempo acho que é de oito minutos. Se ninguém finalizar, os dois lutadores saem e entram outros dois. É um evento de grappling pra trazer uns caras aposentados, mas só quem já lutou ou luta em algum desses eventos.
Depois deste campeonato, Glover já sabe o que fará na sequência antes mesmo de voltar ao UFC.
- Vou pra Sobrália no final de dezembro. Por isso estou pensando em lutar em fevereiro ou março. Vou lá curtir umas duas ou três semanas com minha família. Vai ser demais!
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