Jiu-Jitsu: um tributo aos guardeiros do UFC e MMA
Jiu-Jitsu: um tributo aos guardeiros do UFC e MMA
Conteúdo publicado originalmente nas páginas da GRACIEMAG
Craque com passagens pelo UFC e o Pride FC, Renzo Gracie uma vez disse: “O boxeador é como um leão: é o maior predador em terra, mas se jogá-lo no tanque de tubarão, ele é somente mais uma refeição”. É justamente com as costas no solo que o boxeador ou qualquer outro nocauteador que não é versado no Jiu-Jitsu se torna o leão indefeso no tanque de tubarões.
A guarda no MMA é uma invenção genuinamente brasileira, daquelas que nos enchem de orgulho tal qual a bossa nova e o avião (não me venha com papo de irmãos Wright). A família Gracie já utilizava a guarda há décadas nos desafios de vale-tudo, e coube ao bravo Royce apresentar sua eficácia ao mundo, naqueles primeiros eventos do UFC, nos anos 1990.
Quando os espectadores viram o pequeno Royce ser derrubado e ficar por baixo de oponentes descomunais como Kimo Leopoldo (UFC 3) e Dan Severn (UFC 4), a maioria pensou que o brasileiro estava perdido, que era questão de tempo até a luta acabar. Contudo, ao contrário dos praticantes de outras modalidades de luta, o faixa-preta brasileiro sabia muito bem onde estava.
Royce não se desesperava ao ser derrubado, pelo contrário, e ao ficar de costas no chão. Fechava a guarda, diminuindo a amplitude e a força dos golpes dos oponentes; aplicava caneladas que, se não machucavam significativamente, incomodavam e distraíam; e por fim usava seu quadril para se esquivar e ajustar sua posição, até o momento em que aplicava triângulos ou armlocks por baixo, finalizando os atônitos antagonistas – e até os narradores.
Para quem não conhecia o Jiu-Jitsu, aquilo de fato era uma mágica digna de Houdini. Como o Gracie teria vencido seu adversário de uma posição supostamente tão desfavorável? Me lembro de assistir, em 1994, ao UFC 4 em VHS, com narração original em inglês. Quando Royce encaixou um triângulo por baixo em Dan Severn, após ter ficado quase 15 minutos ininterruptos fazendo guarda, os narradores americanos não sabiam o que estava acontecendo. Levaram alguns instantes para perceberem que Severn havia dado os três tapinhas e que era possível usar a guarda para estrangular alguém com as pernas. Foi precisamente naquele momento que decidi aprender Jiu-Jitsu.
Não fui só eu, claro. Conhecer pelo menos as técnicas básicas de Jiu-Jitsu, e assim compreender a sutil complexidade e a ilusória simplicidade da guarda, passou a ser questão de vida ou morte no MMA. Com o estudo, wrestlers se aprimoraram e pareciam ter encontrado um antídoto para a guarda. Antídoto, não. Um antijogo tão feio quanto o infame “bicão” de zagueiro no futebol. Gigantes como o próprio Severn, Mark Coleman, Don Frye, Mark Kerr, entre outros, entenderam como distribuir seu peso para “amarrar” os guardeiros e castigá-los com o recurso do ground and pound.
Minotauro usou a guarda afiada para atacar Cro Cop no armlock. Foto: Susumu Nagao
Ainda assim, o esporte continuou a evoluir e os ases do Jiu-Jitsu conseguiram diversificar e buscar saídas. O curioso é que, justamente no peso pesado, onde os golpes são mais fortes e brutais como uma marretada, surgiram lutadores capazes de fazer a suave arte da guarda prevalecer. Antonio Rodrigo “Minotauro” Nogueira, no Japão, e Frank Mir, nos Estados Unidos, pesavam mais de 100kg cada e moviam-se por baixo com a leveza de bailarinos caminhando na lua.
Minotauro enfileirou os perigosos Gary Goodridge, Mark Coleman e Semmy Schiltz com triângulos de dentro da guarda, no contragolpe do ground and pound aplicado pelos adversários. O baiano também precisou e muito de sua guarda para sobreviver à blitz do ogro Bob Sapp, e graças a ela raspou e finalizou com um armlock histórico.
Enquanto isso, no UFC, Mir usava golpes muito bem encaixados da guarda para finalizar o brasileiro Roberto Traven, o notório Tank Abbot e o então campeão Tim Sylvia. Seu momento mais emblemático foi quando partiu de baixo para encaixar um belíssimo leglock e arruinar a estreia do monstro anabolizado do WWE Brock Lesnar, incendiando a torcida em volta do octagon.
Se vamos falar de grandes guardeiros e seus momentos antológicos, não podemos deixar de mencionar os irmãos Diaz. Para o leitor desavisado, Nick e Nate Diaz são muito mais do que os irmãos marrentos e polêmicos que tanto vemos na imprensa. Ambos são pupilos de Cesar Gracie e possuem guardas flexíveis, ágeis e mortais.
Entre as mais belas finalizações do esporte, temos a “gogoplata” aplicada por Nick Diaz contra Takanori Gomi, então bicho-papão do peso leve, no Pride 33. Rápido como um lince e flexível como um ginasta, Nick passou a perna sobre a omoplata do japonês assim que foi derrubado, pôs a canela sob o pescoço do desavisado Gomi e usou os braços para aplicar pressão e finalizar plasticamente. Mais uma vez a guarda no MMA apresentava recursos nunca antes vistos.
Uma guarda treinada pode conferir superioridade e confiança tão grandes que permitem, ainda, fazer como Nate Diaz fez contra Kurt Pellegrino. Quando Pellegrino, uma pedreira no chão, conseguiu aplicar uma bela queda, o mais novo dos irmão Diaz rapidamente percebeu um braço sobrando e ajustou um triângulo imediatamente após tocar o chão. O triângulo estava tão bem encaixado que Nate passou a provocar Pellegrino mostrando-lhe os dedos do meio e comemorando antes de dar o aperto final para conseguir a vitória por submissão.
Mas nem só os prodígios do Jiu-Jitsu se valem da guarda. Mesmo os melhores strikers precisam saber fazer bem esta posição, não só para evitarem ser destruídos por quem os derrubou, mas, algumas vezes, para surpreender e atacar; “Seja água, meu amigo”, conforme ensinava Bruce Lee.
Anderson Silva, conhecido como o mais genial nocauteador da história do esporte, precisou demonstrar que também é bom de guarda para salvar-se no confronto memorável contra Chael Sonnen no UFC 117, em 2010.
Sonnen derrubou Anderson e o castigou por cinco rounds, enquanto o brasileiro permaneceu tranquilo fazendo guarda, sem sofrer riscos de nocaute. Quando o falastrão já estava contando com a vitória por unanimidade, faltando pouco mais de dois minutos para acabar o combate, o brasileiro encaixou o impensável triângulo e finalizou, para delírio da torcida.
É uma pena, mas atualmente as regras do UFC prejudicam o bom desenvolvimento dessa sensacional posição. O público americano não compreende que a aparente inatividade de uma boa guarda é uma mera preparação para o bote fatal. Pontua-se desproporcionalmente as quedas de wrestling e os jurados não deixam a luta se desenvolver adequadamente no solo. Mesmo assim, guardeiros excepcionais com Fabricio Werdum e Demian Maia continuam transformando uma posição aparentemente desvantajosa em uma arma letal.
Ainda em 2010, Werdum jogou-se ao solo para atrair Fedor Emelianenko para sua guarda e finalizá-lo com um ataque duplo de triângulo e armlock, acabando com a invencibilidade de mais de uma década do russo. Já Demian se consolidou como a versão moderna de Royce Gracie, fazendo uso de um jogo quase puro de Jiu-Jitsu para se impor contra qualquer adversário – trocador, wrestler ou lutador de chão. Seus oponentes preferem pular de um precipício do que entrar na guarda do hábil faixa-preta paulista.
Portanto, caro leitor, não resta alternativa ao Jiu-Jitsu; enquanto o leão não aprender a fazer e se defender da guarda no MMA, ele vai continuar sendo uma apetitosa refeição para tubarões.
https://www.graciemag.com/2018/08/17/ji ... ufc-e-mma/
Craque com passagens pelo UFC e o Pride FC, Renzo Gracie uma vez disse: “O boxeador é como um leão: é o maior predador em terra, mas se jogá-lo no tanque de tubarão, ele é somente mais uma refeição”. É justamente com as costas no solo que o boxeador ou qualquer outro nocauteador que não é versado no Jiu-Jitsu se torna o leão indefeso no tanque de tubarões.
A guarda no MMA é uma invenção genuinamente brasileira, daquelas que nos enchem de orgulho tal qual a bossa nova e o avião (não me venha com papo de irmãos Wright). A família Gracie já utilizava a guarda há décadas nos desafios de vale-tudo, e coube ao bravo Royce apresentar sua eficácia ao mundo, naqueles primeiros eventos do UFC, nos anos 1990.
Quando os espectadores viram o pequeno Royce ser derrubado e ficar por baixo de oponentes descomunais como Kimo Leopoldo (UFC 3) e Dan Severn (UFC 4), a maioria pensou que o brasileiro estava perdido, que era questão de tempo até a luta acabar. Contudo, ao contrário dos praticantes de outras modalidades de luta, o faixa-preta brasileiro sabia muito bem onde estava.
Royce não se desesperava ao ser derrubado, pelo contrário, e ao ficar de costas no chão. Fechava a guarda, diminuindo a amplitude e a força dos golpes dos oponentes; aplicava caneladas que, se não machucavam significativamente, incomodavam e distraíam; e por fim usava seu quadril para se esquivar e ajustar sua posição, até o momento em que aplicava triângulos ou armlocks por baixo, finalizando os atônitos antagonistas – e até os narradores.
Para quem não conhecia o Jiu-Jitsu, aquilo de fato era uma mágica digna de Houdini. Como o Gracie teria vencido seu adversário de uma posição supostamente tão desfavorável? Me lembro de assistir, em 1994, ao UFC 4 em VHS, com narração original em inglês. Quando Royce encaixou um triângulo por baixo em Dan Severn, após ter ficado quase 15 minutos ininterruptos fazendo guarda, os narradores americanos não sabiam o que estava acontecendo. Levaram alguns instantes para perceberem que Severn havia dado os três tapinhas e que era possível usar a guarda para estrangular alguém com as pernas. Foi precisamente naquele momento que decidi aprender Jiu-Jitsu.
Não fui só eu, claro. Conhecer pelo menos as técnicas básicas de Jiu-Jitsu, e assim compreender a sutil complexidade e a ilusória simplicidade da guarda, passou a ser questão de vida ou morte no MMA. Com o estudo, wrestlers se aprimoraram e pareciam ter encontrado um antídoto para a guarda. Antídoto, não. Um antijogo tão feio quanto o infame “bicão” de zagueiro no futebol. Gigantes como o próprio Severn, Mark Coleman, Don Frye, Mark Kerr, entre outros, entenderam como distribuir seu peso para “amarrar” os guardeiros e castigá-los com o recurso do ground and pound.
Minotauro usou a guarda afiada para atacar Cro Cop no armlock. Foto: Susumu Nagao
Ainda assim, o esporte continuou a evoluir e os ases do Jiu-Jitsu conseguiram diversificar e buscar saídas. O curioso é que, justamente no peso pesado, onde os golpes são mais fortes e brutais como uma marretada, surgiram lutadores capazes de fazer a suave arte da guarda prevalecer. Antonio Rodrigo “Minotauro” Nogueira, no Japão, e Frank Mir, nos Estados Unidos, pesavam mais de 100kg cada e moviam-se por baixo com a leveza de bailarinos caminhando na lua.
Minotauro enfileirou os perigosos Gary Goodridge, Mark Coleman e Semmy Schiltz com triângulos de dentro da guarda, no contragolpe do ground and pound aplicado pelos adversários. O baiano também precisou e muito de sua guarda para sobreviver à blitz do ogro Bob Sapp, e graças a ela raspou e finalizou com um armlock histórico.
Enquanto isso, no UFC, Mir usava golpes muito bem encaixados da guarda para finalizar o brasileiro Roberto Traven, o notório Tank Abbot e o então campeão Tim Sylvia. Seu momento mais emblemático foi quando partiu de baixo para encaixar um belíssimo leglock e arruinar a estreia do monstro anabolizado do WWE Brock Lesnar, incendiando a torcida em volta do octagon.
Se vamos falar de grandes guardeiros e seus momentos antológicos, não podemos deixar de mencionar os irmãos Diaz. Para o leitor desavisado, Nick e Nate Diaz são muito mais do que os irmãos marrentos e polêmicos que tanto vemos na imprensa. Ambos são pupilos de Cesar Gracie e possuem guardas flexíveis, ágeis e mortais.
Entre as mais belas finalizações do esporte, temos a “gogoplata” aplicada por Nick Diaz contra Takanori Gomi, então bicho-papão do peso leve, no Pride 33. Rápido como um lince e flexível como um ginasta, Nick passou a perna sobre a omoplata do japonês assim que foi derrubado, pôs a canela sob o pescoço do desavisado Gomi e usou os braços para aplicar pressão e finalizar plasticamente. Mais uma vez a guarda no MMA apresentava recursos nunca antes vistos.
Uma guarda treinada pode conferir superioridade e confiança tão grandes que permitem, ainda, fazer como Nate Diaz fez contra Kurt Pellegrino. Quando Pellegrino, uma pedreira no chão, conseguiu aplicar uma bela queda, o mais novo dos irmão Diaz rapidamente percebeu um braço sobrando e ajustou um triângulo imediatamente após tocar o chão. O triângulo estava tão bem encaixado que Nate passou a provocar Pellegrino mostrando-lhe os dedos do meio e comemorando antes de dar o aperto final para conseguir a vitória por submissão.
Mas nem só os prodígios do Jiu-Jitsu se valem da guarda. Mesmo os melhores strikers precisam saber fazer bem esta posição, não só para evitarem ser destruídos por quem os derrubou, mas, algumas vezes, para surpreender e atacar; “Seja água, meu amigo”, conforme ensinava Bruce Lee.
Anderson Silva, conhecido como o mais genial nocauteador da história do esporte, precisou demonstrar que também é bom de guarda para salvar-se no confronto memorável contra Chael Sonnen no UFC 117, em 2010.
Sonnen derrubou Anderson e o castigou por cinco rounds, enquanto o brasileiro permaneceu tranquilo fazendo guarda, sem sofrer riscos de nocaute. Quando o falastrão já estava contando com a vitória por unanimidade, faltando pouco mais de dois minutos para acabar o combate, o brasileiro encaixou o impensável triângulo e finalizou, para delírio da torcida.
É uma pena, mas atualmente as regras do UFC prejudicam o bom desenvolvimento dessa sensacional posição. O público americano não compreende que a aparente inatividade de uma boa guarda é uma mera preparação para o bote fatal. Pontua-se desproporcionalmente as quedas de wrestling e os jurados não deixam a luta se desenvolver adequadamente no solo. Mesmo assim, guardeiros excepcionais com Fabricio Werdum e Demian Maia continuam transformando uma posição aparentemente desvantajosa em uma arma letal.
Ainda em 2010, Werdum jogou-se ao solo para atrair Fedor Emelianenko para sua guarda e finalizá-lo com um ataque duplo de triângulo e armlock, acabando com a invencibilidade de mais de uma década do russo. Já Demian se consolidou como a versão moderna de Royce Gracie, fazendo uso de um jogo quase puro de Jiu-Jitsu para se impor contra qualquer adversário – trocador, wrestler ou lutador de chão. Seus oponentes preferem pular de um precipício do que entrar na guarda do hábil faixa-preta paulista.
Portanto, caro leitor, não resta alternativa ao Jiu-Jitsu; enquanto o leão não aprender a fazer e se defender da guarda no MMA, ele vai continuar sendo uma apetitosa refeição para tubarões.
https://www.graciemag.com/2018/08/17/ji ... ufc-e-mma/
Re: Jiu-Jitsu: um tributo aos guardeiros do UFC e MMA
Hoje em dia com a ênfase no wrestling que visa MUITO jogar e controlar por cima sempre, é bem difícil de observar guardas efetivas (raspagens, proteção, finalização)no mma, eu gosto bastante de guardas agressivas como o Tony Ferguson, Rani , Pedro Munhoz, Petis, Condit...
_____________________________________________________________________________________________
Se as pessoas são boas só por temerem o castigo e almejarem uma recompensa, então realmente somos um grupo muito desprezível.
Albert Einstein
Once a man has seen society's black underbelly, he can never turn his back on it. Never pretend, like you do, that it doesn't exist.
Rorschach.
Se as pessoas são boas só por temerem o castigo e almejarem uma recompensa, então realmente somos um grupo muito desprezível.
Albert Einstein
Once a man has seen society's black underbelly, he can never turn his back on it. Never pretend, like you do, that it doesn't exist.
Rorschach.
Re: Jiu-Jitsu: um tributo aos guardeiros do UFC e MMA
O Mir e o Minotauro eram sinistros, uma explosão e força por baixo q e sinistro
- MãoDeMacaco
- Aprendiz
- Mensagens: 4498
- Registrado em: 23 Ago 2014 16:19
- Contato:
Re: Jiu-Jitsu: um tributo aos guardeiros do UFC e MMA
O triângulo do Silva no Sonnen foi animal também
Re: Jiu-Jitsu: um tributo aos guardeiros do UFC e MMA
Foi muito rápido pra altura da luta
Re: Jiu-Jitsu: um tributo aos guardeiros do UFC e MMA
Olha, eu sou fãzaço do AS.
Mas achei telegrafadaço o triângulo.
E o Sonnen que já tinha histórico de ser pego algumas vezes assim antes, porra, era pra estar mais esperto né.
Juro que tive uma sensação de que ele deixou o pescoço meio que de propósito ali por algum motivo depois vi que seria teoria da conspiração demais pensar assim.
15-40 anos: vc treina p ganhar atenção e aceitação dos outros
Depois: vc treina p manter os músculos e sanidade que ainda não o deixaram
Depois: vc treina p manter os músculos e sanidade que ainda não o deixaram
- Raul Nutti
- Mensagens: 5405
- Registrado em: 23 Nov 2014 20:44
- Contato:
Re: Jiu-Jitsu: um tributo aos guardeiros do UFC e MMA
Na época o Sonnen era campeão em ser pego em triângulo, tanto que ele mesmo ajusta a posição sentando e cruzando a perna por cima do AS (Coisa de faixa Branca mesmo)Masteron escreveu: ↑21 Ago 2018 10:33Olha, eu sou fãzaço do AS.
Mas achei telegrafadaço o triângulo.
E o Sonnen que já tinha histórico de ser pego algumas vezes assim antes, porra, era pra estar mais esperto né.
Juro que tive uma sensação de que ele deixou o pescoço meio que de propósito ali por algum motivo depois vi que seria teoria da conspiração demais pensar assim.
Se eu não me engano depois disso ele começou a treinar Jiu Jitsu,na luta que ele fez logo após os embates com o Silva, ele faz uma pegada de costas colocando os ganchos igualzinho a básica do JJ
Edit: "Se eu não me engano" 2x na mesma frase
"In wars, boy, fools kill other fools for foolish causes"
Re: Jiu-Jitsu: um tributo aos guardeiros do UFC e MMA
Pô mas naquela altura da luta os 2 já estavam mortosMasteron escreveu: ↑21 Ago 2018 10:33Olha, eu sou fãzaço do AS.
Mas achei telegrafadaço o triângulo.
E o Sonnen que já tinha histórico de ser pego algumas vezes assim antes, porra, era pra estar mais esperto né.
Juro que tive uma sensação de que ele deixou o pescoço meio que de propósito ali por algum motivo depois vi que seria teoria da conspiração demais pensar assim.
Mas concordo q o Sonnen deu mole
- MãoDeMacaco
- Aprendiz
- Mensagens: 4498
- Registrado em: 23 Ago 2014 16:19
- Contato:
Re: Jiu-Jitsu: um tributo aos guardeiros do UFC e MMA
Sonã entrou em um triângulo do Demian da montada, tudo bem que tava justo, mas foi no primeiro round, o Sonnen tava no gás e qualquer um que treine BJJ sabe que na mantada, se o oponente passar a perna por cima do seu braço e ele/você virar é entrar no triângulo. Ele tinha essa deficiência na época, mas apesar de tudo, o AS apanhou 5 rounds e encaixou um triângulo no final, foi do caralho, não lembro de outra luta tão 'Só o Jiu-Jitsu salva' quanto essa.
Re: Jiu-Jitsu: um tributo aos guardeiros do UFC e MMA
MãoDeMacaco escreveu: ↑21 Ago 2018 14:14Sonã entrou em um triângulo do Demian da montada, tudo bem que tava justo, mas foi no primeiro round, o Sonnen tava no gás e qualquer um que treine BJJ sabe que na mantada, se o oponente passar a perna por cima do seu braço e ele/você virar é entrar no triângulo. Ele tinha essa deficiência na época, mas apesar de tudo, o AS apanhou 5 rounds e encaixou um triângulo no final, foi do caralho, não lembro de outra luta tão 'Só o Jiu-Jitsu salva' quanto essa.
Essa luta realmente foi como vc falou, mas acho que Bob Sapp x Minotauro é a mais lembrada.
Bob Sapp x Minotauro é o puro conceito de só o JJ salva.
Sonnen bate igual uma moça, o Bob Sapp batia igual um cavalo, Minotauro tinha tido alguns flashdowns já, tava apanhando mais que mulher de malandro, mas conseguiu tirar uma finalização da cartola.
Fedor x Werdum também, acho que nem o Werdum acreditava que ia ganhar aquela luta. Se eu não me engano o próprio Werdum falou uma vez (em tom de zoação) que nem a mãe dele apostava nele kkkkkk.
"Não espere o futuro mudar sua vida, porque o futuro será a consequência do presente."
- MãoDeMacaco
- Aprendiz
- Mensagens: 4498
- Registrado em: 23 Ago 2014 16:19
- Contato:
Quem está online
Usuários navegando neste fórum: PainKiller e 101 visitantes